Capítulo 7

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Mais à frente na noite, estou a suar por todos os cantos do meu corpo de tanto dançar com as outras e com a voz seca de tanto cantar (... gritar...). Por isso, decido que preciso de descansar um bocado.

Fujo para um canto da discoteca mais calmo e silencioso. É aí que encontro o Felix encostado à parede, sozinho. Quando me vê, sorri logo e faz-me sinal para me juntar a ele.

Estás a ver aquelas situações quando não sabes do que conversar, então inventas algo, que na verdade não tem nada de interessante, mas que é melhor do que um silêncio constrangedor? É exatamente isso que faço. Começo a falar de culinária.

- Tu sabes fazer brownies? Tens que mos deixar provar um dia! – diz entusiasmadamente o Felix.

- Isso já não sei. Embora eles sejam muito deliciosos, o aspeto sai sempre feio. Não sei porquê.

- É assim, a minha mãe tem uma receita de brownies que, quando faço, os rapazes parecem adorar. Queres que te mande? Assim, também podes comparar com a tua e ver qual é a diferença.

- Espera! Tu também cozinhas? OMG! Agora EU é que tenho que provar os teus. Cozinhados por TI!

- Ui! Estás a pôr muita pressão sobre mim. Não sou bom a cozinhar sobre stress.

- Para de te esquivares. Vais ter que fazer um dia para todos. Entendido?

- Combinado.

- Não sei porquê, não via nenhum de vocês a cozinhar. És o único que sabe ou os outros também são bons nisso?

- Nope! Sinceramente, o Lewis é fantástico e o Chris desenrasca-se bem. Mas o resto não sabe fazer nada! Normalmente, quando combinamos comer juntos no apartamento de alguém, o Lewis, com a ajuda do Chris, encarrega-se de fazer a comida e eu das sobremesas. Os outros, zero! Nada de nada! Uma cambada de preguiçosos.

- Mentira! Eu lavo a loiça, sempre! – entra o Sebastian na conversa.

- Isso é só porque perdes sempre no "pedra, papel, tesoura"!

- Sabes, Felix, sinto-me ofendido! Eu também sei partir ovos – tenta redimir-se.

- Partir ovos todos conseguem. Eu não sentiria tanto orgulhoso a dizer que isso é a única coisa que sei fazer – oh! Burn!

Tem piada ver um rapaz como o Sebastian, todo musculado, intimidante, a ser gozado pelo melhor amigo. Nunca diria que seria assim.

- Alguém quer algo para beber? Eu vou buscar – pergunto-lhes, já que noto na falta de líquido no copo dos dois rapazes.

A caminho do bar, ainda passo pelo resto do grupo e também lhes pergunto o que querem. Como é que vou conseguir levar as bebidas de todos? Nós somos mais de 10 pessoas! Ok. Vou ter que levar uma rodada de bebidas e depois voltar e levar as que restam.

Chego ao bar, a bufar (estou memso em má forma), pouso os meus cotovelos no balcão e quando, finalmente, consigo chamar a atenção do empregado, peço as bebidas para todos.

Enquanto espero, olho em redor, a absorver o ambiente. Até que reparo num homem uns anos mais velho que eu. Está a olhar para mim do outro lado do bar. Creep. Odeio a forma como me está a fixar, e o seu pequeno smirk. Not hot.

Mudo a direção dos meus olhos. Já estava a ter pele de galinha só de olhar para o gajo.

- Estás aqui sozinha? – fala alguém ao meu ouvido. E quando te digo que eu quase lhe dava uma chapada na cara ao virar me para essa pessoa, não estou a gozar. Pode não parecer, mas as minhas chapadas são fortes. Seria logo preciso chamar uma ambulância, no cap.

Sweet Love (portuguese version)Onde histórias criam vida. Descubra agora