Capítulo 25

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E acordei...

... joking! Ahahah! Again! Adoro fazer isto!

Embora a realidade esteja a parecer mesmo com um sonho.

Acho que finalmente morri. E, contrariamente ao que acreditava, acabei mesmo por ir ter ao céu.

O interior da minha barriga assemelha-se a uma guerra. Não te preocupes, só são as borboletas que se querem libertar, mas não conseguem. Devem ter acordado, ou melhor, sentido uns picos de energia devido ao contacto dos seus lábios com os meus (elas acordadas estão sempre que estou com ele).

Então é este o feeling de quando se leva com um raio elétrico na tola!

Eventualmente, tivemos que nos afastar, para, you know, recolher ar e organizar os pensamentos.

- Para que foi isso?

- O quê?

- Tu! Beijares-me!

- Tu beijaste-me primeiro!

- Isso não significa que também o tinhas que fazer!

- Não gostastes?

- Eu não disse isso.

- Não querias?

- Também não disse isso .... Sabes, quando uma pessoa tentar ir embora, deixa-a. Era o meu momento dramático. A minha saída abrupta seria perfeita. Como se fosse tudo uma cena de um filme, you know? Mas, não! Tu tinhas que ser um parolo e hmmmm.....

Volta a beijar-me!

Tira o meu telemóvel da minha mão, que eu andava a abanar de um lado para o outro, enquanto reclamava sem parar (é dos nervos, normalmente não falo assim tanto *side eye*), e mete-o no bolso de trás das minhas calças. Eu sei que ele só queria tocar-me no rabo. Porco (not complaining though). Estou a gozar. Ele não é desses (acho).

Volta a pôr as suas na minha cara, de modo a encontrar o melhor ângulo, descendo-as, a seguir, pelo meu corpo até chegar à minha cintura.

Já as minhas parecem ter vida própria, movendo-se do seu peito até ao seu cabelo, agarrando-o como se a minha vida dependesse disso, desajeitando-o completamente.

Acho que posso chegar à conclusão de que ele está a gostar, tendo em conta os sucessivos sons que lhe saem da boca e a forma como me puxa mais para si. Quando dou por mim, ele já nos tinha movido de maneira a que eu estivesse encostada à parede, à beira da porta.

Uma das minhas pernas enrola-se à sua cintura, enquanto o rapaz desiste da minha cara e começa a desenhar no meu pescoço com os seus lábios.

Eu há muito que que parei de tentar perceber o que se passa. Sinto-me como se estivesse a arder. Só o quero mais perto, o que se torna, de certa forma, num paradoxo, já que temos literalmente zero espaço entre nós.

- TERESA! SKY! Já lhes deram de comer?

O Sky para e encosta a cabeça e as suas mãos na parede, a prender-me entre elas, claramente frustrado com a interrupção.

Largo-lhe o cabelo e retiro a minha perna da sua cintura. Ficamos assim, parados, em silêncio, ainda sem nenhum espaço entre nós, a recuperar do que acabou de acontecer, tentar voltar a respirar normalmente, acalmar o coração.

- Teresa – o Sky quebra o silêncio.

Ainda bem que ele é o primeiro a falar. Não sei o que fazer ou como reagir. Definitivamente, isto foi algo que nenhum de nós tinha planeado acontecer, mas, mesmo assim, algo que os dois quisemos e gostamos. No entanto, ainda fico envergonhada. O que é suposto dizer depois disto?

- Hmmm?

- Quando é que estás a pensar aceitar a minha proposta? – pergunta-me com a voz grave e rouca. Um arrepio percorre-me o corpo.

Como eu não disse nada, o rapaz desencosta a cabeça da parede e olha para mim, notando na minha confusão.

- Eu sei que pediste para irmos com calma, mas, sinceramente, isso é tortura. Isto foi algo que se faz num relacionamento. Não! Tudo o que temos feito este tempo todo foi a agir como se namorássemos. A única coisa que falta é mesmo só o tornarmos oficial. É só tu dizeres que aceitas o meu pedido. Eu consigo ver que me queres tanto como eu te quero. Por isso, quando é que vais parar este sofrimento?

Ah! Era essa a proposta que ele estava a dizer! Ele tem razão. Por acaso, tenho estado a pensar em como me arrependo de não o ter aceitado logo. Mas, ao mesmo tempo, não me arrependo. Acredito que isto também foi necessário para eu conseguir perder um bocado daquele medo de me comprometer com ele e reforçou o quanto eu o adoro.

-Estou-te a pressionar, não estou? Sabes? Esquece que eu te disse algo. Espero que saibas que tens todo o tempo do mundo para te decidires. Eu não tenho problemas em esperar até te sentires confortável. Eu só estava a ....

Calo-o. Tu já deves estar a suspeitar de que forma. Agora que provei esta técnica uma primeira vez com ele, vou estar sempre a usá-la.

Ele é mesmo fofinho quando está nervoso e envergonhado. Não me importava de o ver sempre assim. Devia ter filmado isto.

- Ok.

- Ok?

- Eu quero ser a tua namorada! – Acho que já está na hora de andarmos para a frente. Ainda estou um bocado nervosa com isto tudo? Sim. No entanto, o mais importante é que vou estar com ele e isso compensa o risco.

Ele sorri como nunca o tinha antes visto a fazer e volta-me a atacar com mini beijos pela minha cara toda.

Infelizmente, acabamos por nos separar, tendo outras prioridades a realizar naquele momento, como dar de comer aos cães. Se demorássemos mais acredito completamente que a chefe nos ia assassinar.

Durante o resto da tarde continuamos a trabalhar. Ou melhor, eu continuei a trabalhar, enquanto o outro estava sempre a parar o que estava a fazer para me chatear. Ora gozava comigo, ora abraçava-me e beijava-me. Não me largava. Chato. Uma pessoa aqui a tentar focar-se e este sempre a desconcentrar-me.

No final, estou feliz! Quero aproveitar o máximo que puder com ele. Se for mesmo de Erasmus vou ficar um semestre inteiro sem o ver. Tenho de aproveitar da melhor maneira o tempo que nos resta.

Falando em Erasmus, estou nervosa. Os resultados saem amanhã. Não sei a que horas. Eu quero mesmo entrar com Ana. A experiência deve ser fantástica. Mas vai doer ter de ficar longe de casa por tanto tempo. 6 meses! É muito. Estou com medo. Vou ter que socializar com pessoas. E se elas não gostarem de mim?

Calma, Teresa. Preocupa-te com isso quando chegar a altura. Agora aproveita o momento.


Próximo capítulo...

Sweet Love (portuguese version)Onde histórias criam vida. Descubra agora