POV MON
Em um momento eu estava me direcionando ao quarto que agora era meu e de Sam e, como em um piscar de olhos eu me vi novamente no hospital. Não consegui compreender o que estava acontecendo até perceber que eu estava de frente ao meu corpo deitado naquela cama de hospital. No mesmo instante tentei voltar, mas toda vez que eu passava pela porta eu voltava para o mesmo cômodo em que meu corpo estava.
Não conseguia entender o que estava havendo. Eu não estava conseguindo voltar para a minha casa.
''será que é agora será que eu vou sumir para sempre? Ou será que eu vou acordar? ''
Estava tudo muito confuso na minha mente e o meu peito estava apertado pensando em Sam que com certeza já estava preocupada nesse momento, tentei me acalmar e não sabia nem explicar se realmente o que eu estava sentindo era meu coração acelerado dentro do peito mas era uma angústia muito grande, eu sabia que aquela sensação que eu estava tendo alguns dias tinha algum significado... como nada podia ser feito eu fiquei ali sentada ao lado da minha cama só escutamos os bipes dos aparelhos que ainda mantinham meu corpo vivo e desejando que aquela noite passasse o mais rápido possível para que no dia seguinte eu pudesse finalmente ver minha Sam.
''espero que ela não desista de mim agora. ''
Narradora
Assim como vem feito há meses, Mon passou a noite em claro, na verdade ela nem costumava dormir desde o acidente, mas sempre que deitava com Sam ela passava as noites com seus olhos fechados enquanto ouvia a respiração da sua amada.
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Os raios do Sol adentraram novamente no quarto o que fez a mais nova despertar de seus devaneios. Uma jovem enfermeira entrou no quarto, fez algumas anotações e checou os monitores. Mon se aproximou da mulher loira de estatura mediana somente para reconhecer que era sua amiga Heather, a enfermeira que sempre sumia quando Mon precisava dela, mas que quando estava perto era a mais concentrada e talentosa enfermeira que trabalhava naquele hospital. Em alguns momentos Mon lembrava-se de seu pai quando via Heather em ação.
A enfermeira fez um carinho fraternal na bochecha da jovem medica que permanecia dormindo serenamente, afastou-se pegando seu celular do jaleco, discou um número que Mon já conhecia e Mon se manteve próxima para ouvir o que a outra pessoa respondia do outro lado da linha.
-Então senhorita Broocks, como está a paciente? Já fez a checagem dos sinais?
-Sim doutor Kirk, os sinais estão estáveis como sempre, ela está pronta para transferência. Podemos agendar para a partir das 16 horas quando teremos mais internos de plantão?
-Negativo Heather, precisamos dar bom exemplo quanto a conduta do hospital quanto ao pagamento do plano para permanência no quarto privado. Além disso hoje à tarde os acionistas do Greys Sloan estarão aqui e quero impressionar para tentar mais verbas para o Nort West, creio que consigo convence-los a investir em nosso hospital também.
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Just like heaven
RomanceAinda sofrendo com a morte da esposa, a paisagista Samantha Chankimha se muda para um novo apartamento. Infelizmente, a inquilina anterior, a médica Kornkamon Armstrong , entrou em um coma após um terrível acidente de carro. O espírito dela começa a...