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𝐍𝐀𝐓𝐀𝐋
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"Mas o que houve?", perguntei a George, completamente pasma.

O ruivo fungou e agarrou o cobertor com mais força contra seu corpo trêmulo.

"George!", minha mãe apareceu atrás de nós, "O que aconteceu, querido?"

Ele suspirou e baixou os olhos para os sapatos.

"Antes de vir jantar aqui, Fred e eu deixamos uma pegadinha para o Ron pronta em casa, mas quando voltamos foi a mamãe quem encontrou. Era uma pegadinha inocente, eu juro! Mas ela já estava chateada, então ela simplesmente nos disse que não queria nos ver pelo resto da semana. Ela literalmente disse que era problema nosso descobrir onde ficaríamos."

"Oh, meu Deus", minha mãe respirou fundo, levando o polegar e o indicador até a ponta do nariz. "Perdoe-me, George, mas sua mãe é uma vadia."

"E onde está Fred?"

"Ele foi para a casa da namorada dele, ela me ofereceu para ficar lá também e eu realmente agradeço a ela e a amo muito, mas... Eu sempre me sinto mais confortável perto de você", ele murmurou, parecendo um pouco tímido, algo incomum nele, "Você me faz sentir seguro".

Meu coração encolheu com suas palavras. Ele se sentia seguro comigo, eu era seu espaço seguro.

Meu pobre Georgie.

"Entre, vamos", enrosquei o braço dele no meu e o fiz vir até a sala onde ficava a lareira, "Você não vai ficar aí, congelando".

"Espere aí, vou trazer um chocolate quente e algumas roupas secas", minha mãe subiu rapidamente, deixando nós dois sozinhos com o som do fogo crepitando e o vento assobiando contra a janela.

"Obrigado por me deixar ficar, Willow", ele sussurrou.

"Não há nada a agradecer, cara. Minha casa é sua casa, somos melhores amigos por um motivo", garanti enquanto estava sentada ao seu lado no chão, próximo à lareira.

"Ainda não entendo por que ela ficou tão zangada. Eu sei que ela não gosta de nossas pegadinhas, mas juro por Merlin que a única coisa que fizemos foi colocar uma pequena salamandra de fogo em seu pijama e era minúscula. Fizemos muito pior que isso e ela nunca reagiu assim."

"Não há desculpa para ela tratar vocês dois assim."

"Acho que teve a ver com o jantar de hoje. Ela está tão acostumada com as pessoas concordando com ela sobre sermos insuportáveis que ter sua mãe nos defendendo a deixou desconcertada."

Minha mãe voltou e deu a George um dos suéteres que ela havia feito para ele, uma calça jeans limpa que ele havia deixado aqui na última vez que ficou e meias quentes.

Ainda perto da lareira, ele apoiou a cabeça no meu colo, deixando-me brincar com os fios macios de seu cabelo ruivo que tinham a luz amarelada do fogo refletindo neles. A respiração de George estava calma e ele fechou os olhos enquanto eu começava a cantarolar baixinho a música que ainda tocava no gramofone da minha mãe.

"Vou deixar vocês dois sozinhos, ok?", minha mãe sussurrou, vindo em nossa direção com um sorriso saudável no rosto enquanto deixava um breve beijo na minha testa e outro na de George. "Não durmam muito tarde. Eu amo vocês, vocês dois."

Eu balancei a cabeça, dizendo a ela que a amava também e observando-a subir de volta para seu quarto. Meus olhos voltaram para George e não pude deixar de acariciar suavemente sua bochecha. Sua pele pálida refletia o fogo ganhando um tom dourado e mostrando as sardas escondidas que geralmente se misturavam com seu tom pálido normal, seus cílios quase tocavam a parte mais alta das maçãs do rosto, seu nariz perfeito com aquela linda protuberância se destacava com um certo toque real e toque aristocrático e seus lábios começavam a recuperar a cor rosada e viva depois de ficarem um pouco mais quentes.

TOUCH THE STARS | George Weasley - PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora