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𝐒𝐈𝐍𝐈𝐒𝐓𝐑𝐀
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"Alguma última palavra antes de eu te expulsar da torre, Willow?", Avery brincou, com seu olhar psicótico cheio de ódio e desprezo enquanto seus dedos ásperos e empoeirados cavavam minha garganta.

Tive que continuar jogando, tive que recompilar as forças que restavam no meu corpo para não ter medo da possibilidade de morrer em segundos.

"Na verdade, sim", eu zombei, colocando minhas mãos em seus pulsos para ter certeza de que se eu caísse, pelo menos ele viria comigo. "George, agora!"

E como se fosse um fantasma, sob o olhar espantado de Avery, George saiu das sombras com uma expressão séria e feroz no rosto e com precisão e determinação, encostou sua varinha na garganta de Avery, mas diferentemente do que esperávamos e planejado, depois de ser surpreendido por um breve segundo, ele começou a rir com um sorriso perverso no rosto.

Merda. Merda. Merda. Merda.

"Oh, você realmente pensou que eu era tão estúpido quanto Fluke, não é?", ele zombou, e em um piscar de segundos, outro de seus aliados saiu das sombras e colocou a varinha no pescoço de George, me fazendo suspirar e sentir o medo correndo em minhas veias.

Caramba, Merlin, por favor, não deixe George se machucar, por favor, por favor, por favor, não me importo com o que acontecer comigo, não me importo se minha hora chegou, só pelo amor de Deus, salve-o. Eu só peço que você o salve.

Estávamos em um dilema — se George atacasse, eu seria jogada para fora da torre e ele provavelmente acabaria amaldiçoado.

A respiração de George estava pesada enquanto sua cabeça estava ligeiramente inclinada para trás, com a mandíbula cerrada e os olhos ainda em Avery. Tentei fazê-lo olhar para mim, dizer-lhe para não fazer nada muito estúpido ou muito impulsivo, para manter a frivolidade, mas eu sabia que no momento em que ele visse o medo em meu rosto, ele perderia o controle.

"Louis", alguém falou, chamando Avery, mas ele não se virou, em vez disso meus olhos se moveram para a porta e senti meu coração cair no chão mais uma vez. "Olha quem encontramos aqui..."

O outro homem que entrou no local estava arrastando minha mãe agarrando seus cabelos e pressionando sua varinha contra sua garganta. Porra. Seus olhos encontraram os meus imediatamente e eu pude ver o medo se instalando em seu rosto quando ela viu como eu estava no piscar da morte. Ela tentou se libertar do aperto do homem, mas ele a segurou com ainda mais força.

"Ela estava espionando e prestes a amaldiçoar vocês dois", explicou o homem, olhando para minha mãe com ar zombeteiro, conversando com os outros dois Comensais da Morte.

"Por favor", minha mãe começou, murmurando com a voz trêmula, "Deixe meus filhos livres. Leve-me em vez disso, não me importo, mas deixe meus filhos irem... Eles são apenas crianças..."

"Solte minha mãe, seu filho da puta", sussurrei na cara de Avery e ele sorriu.

"Sinto muito, senhora Áine. Mas sua querida filha tem que sair do meu caminho de uma forma ou de outra", ele falou com uma calma na voz que parecia assustadora. A adrenalina no meu corpo era tanta, que, por um momento, eu só queria que aquilo acabasse de uma vez por todas. As consequências não pareciam importar. Mas atribuí isso ao desespero do momento. "E a julgar pelo quanto seu querido marido me irritou, eu poderia escolher a maneira mais vil de fazê-la pagar por isso."

Minha respiração ficou mais pesada e enquanto mantive os olhos em minha mãe, recusando-me a dar a Avery a chance de ver o medo em meus olhos, algo mudou no ambiente. E considerando os rostos dos outros, eles também notaram.

TOUCH THE STARS | George Weasley - PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora