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𝐇𝐎𝐑𝐂𝐑𝐔𝐗𝐄𝐒
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Depois de lançarmos um feitiço de limpeza, enquanto George arrumava o quarto, me atrevi a entrar sozinha no banheiro para tomar banho.

Quando comecei a preparar a água quente e a acender algumas velas, tentei me concentrar no som de George atrás da porta, na luz e no cheiro da minha casa. Tentei manter minha respiração sob controle e afastar qualquer pensamento que pudesse envolver Fluke.

Mas não funcionou. Mais uma vez, assim que o jato vindo do chuveiro começou a soar e reverberar por todo o quarto, as lembranças me atingiram como um caminhão e o ar pareceu ficar preso na minha garganta.

Eu me abracei, respirando profundamente.

"George", chamei-o. Eu precisava dele. Eu precisava que ele estivesse aqui comigo. "George!"

Fluke não vai aparecer, Willow. Fluke não vai te machucar, Fluke não está aqui.

Fluke não está aqui.

Ele não está aqui.

Ele está aqui.

"GEORGE!", eu explodi, tremendo e fechando os olhos, incapaz de abri-los porque estava com medo de que, se o fizesse, aquele bastardo estaria parado na minha frente.

A porta se abriu de repente e o ruivo apareceu apenas de cueca e me olhando bastante preocupado, respirando pesadamente como se tivesse atravessado a sala correndo para chegar até mim o mais rápido possível.

"O quê, amor? Você está bem?"

Funguei, contendo as lágrimas que ameaçavam sair dos meus olhos.

"Você pode ficar aqui comigo? Não posso ficar sozinha enquanto tomo banho..."

Ele estalou a língua e entrou, fechando a porta atrás de si e indo direto me abraçar, me mostrando sem palavras o quão protegida eu estava entre seus braços.

"Claro, amor. Tomaremos banho juntos, certo? Quer que eu coloque uma música?", George ofereceu, beijando minha testa enquanto pegava sua varinha para fazer o gramofone aparecer.

Tomamos banho entre risadas, cócegas, beijos, carícias e cantarolações para depois sair do banheiro, cair nas cobertas limpas e frescas e dormir nos braços um do outro.

Eu não poderia estar mais grata por ter George em minha vida.

Na manhã seguinte, George e eu acordamos por causa das batidas intensas na porta do nosso dormitório e da luz do sol entrando pelas minhas cortinas e pousando em nossos rostos.

"Porra, não consigo dormir nem por algumas horas", protestou George, com uma voz profunda e rouca enquanto me abraçava para me manter mais perto dele.

"Vamos, Georgie. Eles podem precisar de nós", me forcei a dizer, dando um tapinha na minha barriga com a mão de George.

"Não", ele protestou, "Perdi minha virgindade ontem, diga a eles para me deixarem dormir".

Eu ri e estava prestes a responder quando a voz de Theo foi ouvida do outro lado da porta.

"Escute, eu não quero interromper qualquer merda suja que vocês dois ainda estão fazendo, mas Remus e Sirius estão lá embaixo com uma sacola enorme e querem nos mostrar uma coisa, então é melhor vocês dois saírem daí antes que eu faça vocês saírem daí."

George fez um barulho de reclamação, mas nós dois acabamos nos levantando e nos vestindo com nossas roupas mais confortáveis.

Theo, é claro, não parou de bater até sairmos do dormitório.

TOUCH THE STARS | George Weasley - PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora