01ˑ➼ 𝐕𝐢𝐳𝐢𝐧𝐡𝐨 𝐌𝐚𝐥 𝐄𝐝𝐮𝐜𝐚𝐝𝐨

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ERA UMA segunda feira, dia em que Liam iria voltar a abrir o restaurante da família. Kang's restaurant é um dos mais famosos restaurantes de Seol e devido a morte de sua filha Sakura, o restaurante fechou por um período de dete meses. A família Kang não estava totalmente recuperada, mas Sina falava que todos precisavam seguir em frente. Ela iria voltar ao escritório advocacia e Liam iria abrir o restaurante novamente. Eles estavam precisando disso, queriam pensar em outras coisas a não ser a morte da filha e a profunda depressão de Taehyun.

── Bom dia! - Sina falou abrindo a porta do quarto de Taehyun, que abriu os olhos e continuou deitado.

O garoto não tinha expressão alguma. Nunca.

── Hoje seu pai vai abrir as portas do restaurante de novo. - Apesar de seu filho não falar, Sina conversava com ele do mesmo jeito, sabia que ele a ouvia e tinha esperança que Taehyun respondesse.

Sina abriu as cortinas, e o garoto colocou as mãos nos olhos, em seu pensamento só queira mandar a mão dele sair logo dalí. Ele queria ficar deitado e não queria sair nunca daquele quarto.

── Você vai junto! - Taehyun a olhou. ── Precisa sair de casa, você sabe que não bem. Ao menos que fique ao lado do caixa. - Suspirou e sentou na ponta da cama. ── Lembra quando você trabalhava de garçom? - Sorriu de lado.

Taehyun automaticamente se lembrou de sua irmã, eles eram iguais, tinham os mesmos olhos, a mesma aparência, o mesmo jeito. O mesmo tudo! Sentiu seus olhos encheram de lágrimas e não aguentou. Era sempre assim. Qualquer palavra sempre fazia ele se lembrar da irmã.

── Não chore, filho. - Sina foi até Taehyun, que chorava como se não houvesse fim. Na tentativa de um abraço da mãe, o moreno levantou correndo da cama e se trancou no banheiro.

Respirou fundo e passou água no rosto. Eu sou detestável. Eu deveria ter ido no seu lugar, Sakura. - Pensou.

Taehyun se culpava todos os dias pela morte de Sakura. Pensava que a culpa era dele por ter implorado para desviar do cachorro na curva. Ele ficou com o braço e a perna quebrada, levou alguns pontos na barriga e na nuca. Se recuperou algumas semanas depois. Mas Sakura estava sem cinto e foi jogada pra longe na tentariva de frear o carro.

── Sai do banheiro. - Sina falava quase desesperada batendo um pouco na porta.

Taehyun Suspirou e passou água no rosto, abriu a porta e sua mãe respirou aliviada.

── Tome um banho e coloque uma roupa, tá bom? Quero você lá embaixo o quanto antes. - O moreno ouviu e fechou a porta do banheiro de novo, se despiu e entrou pro chuveiro.

Ele não queria ir pra inauguração do restaurante, não estava pronto pra ver pessoas e sair de casa. Tudo que ele queria era ver sua irmã de novo. Quando colocou a roupa, respirou fundo e girou a maçaneta. Taehyun não queria sair daquele quarto, mas sabia que era preciso.

── Você está tão bonito. - Liam falou pra o filho, na esperança de ver um sorriso dele assim que o moreno desceu lentamente a escada, como antigamente.

Ele ouviu e sentou no sofá sentia o cheiro da comida, mas não estava afim de ir na cozinha.

── Vai na inauguração? - Ele perguntou e Taehyun seguiu olhando a TV desligada. ── Vou levar isso como um sim. - Liam desistiu de tentar falar com ele, aos poucos se irritava e então decidiu ir até a cozinha.

Ele não conseguia acostumar com o fato do menino não falar nada. Depois que os Kangs almoçaram, Taehyun deitou no sofá e apagou até chegar a noite. Enquanto ele dormia, seus pais conversavam na cozinha sobre o que fazer com ele.

── Devemos internar. - Sina falava com receio.

Ela não queria aquilo.

── Você acha? - Liam perguntou depois de pensar sobre aquilo.

── Eu não quero isso, mas parece que é a única alternativa. Já se passaram sete meses, psicólogo não adiantou. Eu quero o meu filho de volta. - Os olhos do homem se encontravam cheios de lágrimas, queria tudo menos aquilo pra seu filho

── Ele não fala, não quer comer. Você viu hoje? Não tocou na lasanha e ele amava lasanha.

── Todos nós sentimos falta da Sakura, mas acho que o Taehyun nunca irá superar. - Liam falou e respirou fundo pra segurar o choro. ── Mas quem sabe não internamos, deixamos mais alguns meses pra ver se ao menos ele dá um sorriso.

── Eu acho que não tão cedo isso vai acontecer.

── Precisamos levar em consideração que antes ele não saia da cama, agora sai do quarto, quase sendo puxado a força. Mas sai. - O homem disse receoso é depois da conversa, eles se abraçaram apertado.

Sina não segurou o choro, sentia saudade do velho Taehyun doce e sorridente ao lado da irmã que adorava provocar ele. Liam tentava ser forte, mas ao ver a esposa chorar, não aguentava. Após saírem da cozinha olhavam Taehyun no sofá e Sina sorriu de lado ao ver o rosto angelical de seu filho. Liam precisava resolver assuntos do salão. Em menos de duas horas ia inaugurar e ele precisava saber se estava tudo bem em seu devido lugar.

── Você quer ir comigo? Taehyun não aí acordar tão cedo. - Perguntou pegando as chaves do carro.

Liam apenas assentiu e eles foram até o restaurante.

Taehyun acordou com uma forte batida na porta de casa, mas ignorou e seguiu deitado. Colocou a mão no rosto e suspirou. Ele queria levantar, mas seu corpo não deixava.

── Tem alguém em casa? - Ouviu e respirou fundo antes de revirar os olhos e se levantar com toda calma do mundo. Não sentia vontade de abrir a porta, mas preferia evitar qualquer tipo de sermão vindo de seus pais.

Calçou o tênis de qualquer jeito. Abriu a porta revelando um garoto de sardas com um sorriso amigável. Em suas mãos, estavam uma enorme cesta de café da manhã.

── Olá. Tudo bem? Eu me chamo Choi Beomgyu. - Avistou o garoto de cabelos loiros, que possuía várias sardinhas em seu rosto enquanto falava junto de um grande sorriso.

O mesmo foi ignorado, pois Taehyun continuava com sua expressão séria, isso deixou Beomgyu desconfortável.

── Ãn... Eu moro aqui do lado agora. - O loiro apontou para a vizinha casa amarela, mas o moreno nem se quer se deu o trabalho de olhar, só queria fechar a porta na cara do garoto. ── E meus pais pediram para trazer essa cesta. Nós mudamos para esse bairro e eles querem um relacionamento amigável com a vizinhança. - Taehyun ignorou a cesta e fechou a porta na cara do menor, deixando Beomgyu extremamente confuso e irritado do outro lado.

Beomgyu respirou fundo e tentou deixar para lá a falta de educação do novo vizinho, segurou firme na cesta e foi em direção a sua casa.

𝗧𝗿𝘂𝘀𝘁 𝗠𝗲  › TaegyuOnde histórias criam vida. Descubra agora