Amor E Outras Dores (Lena Luthor/ You) (EM REVISÃO)

Darkseid.

 Hello , Ainda existe alguém por aqui?

Perdão pelo atraso;
Estou navegando, navegando na minha mente.

- Navigating, Twenty One Pilots.

Os dias se passaram e, conforme eu ia me sentindo mais forte fisicamente, eu também me aproximava cada vez mais da beira da loucura. O "ping" estava ainda mais forte e, agora de uma maneira bizarra - como diz a Lena - eu conseguia me comunicar cada vez mais com a caixa materna.

Como eu não estava confortável com a situação, eu decidi reunir todo o material de conhecimento que consegui encontrar do D.E.O. Levando em cautela qualquer tipo de informação que pudesse afetar Lena ou outra pessoa em minha volta. Entretanto, como se soubesse exatamente o que estava fazendo, o "ping" me soltou algumas coisas exclusivas e, quando menos esperei, me conectei com a caixa.

Eu não sabia o que fazer no início. A matéria ao meu redor pôde ser manipulada como eu bem entendesse, me senti muito mais forte e inteligente. De repente, eu tinha consciência, ou melhor. Tinha onisciência.

Eu podia sentir tudo ao meu redor. Cada átomo, cada célula, tudo. Enlouqueci.

Meus gritos aguçaram ainda mais meus sentidos e, por sorte, eu estava numa sala de treinamento isolada. Sinto Lena ao meu lado, desesperada, e nada do que ela tentava me ajudar. Era ensurdecedor saber de tudo em minha volta, saber cada passo que ia acontecer ainda, cada detalhe mudado numa história imaginada por mim.

Tudo o que faço é chorar em saber que muita gente ainda vai morrer e que não há muita coisa que eu possa fazer por isso. Foi aí que senti a presença dele. Minha caixa mãe conversando com a dele. Cyborgue me olha e se comunica suavemente por telepatia:

— Você está em curto, deixe-me controlá-la. - Eu não consigo responder e nem dizer como me sinto. Aos poucos, ele me controla como sabia que iria fazer e me sinto melhor de alguma forma.

Cyborg se posiciona ao meu lado e acopla um dispositivo na parte esquerda do crânio. Tudo ficou em silêncio no momento em que o dispositivo emitiu uma luz azul.

— Como fez isso? - pergunto perplexa.

— Eu trabalhei com a minha e consegui fazer uma maneira de separar nossas "mentes". Ela ainda tem efeito sobre mim, mas ainda tenho minha autonomia.

— Obrigada. - reconheço o gesto. — Prazer em conhecê-lo. - estendo a mão e a mão mecânica me aperta com precisão.

Ele era alto e grande. Não era nada natural, a meu ver. Acho que ele percebe e sorri tranquilo em minha direção.

— O prazer é todo meu. - ele olha para o lado e cumprimenta Lena. — Olá, Lena.

— Olá, Victor, bom lhe ver. - Ela sorri, passa um braço em minha cintura.

Lena me puxa para mais perto e avalia o dispositivo em minha cabeça.

— Podemos fazer um mais discreto. - diz ela e concordo em silêncio. — Oh, meu amor, eu queria que você parasse de sofrer. Me sinto uma inútil em não saber como tirar isso de você.

— Está tudo bem, linda. Eu estou mais conectada com ela agora, posso entender os benefícios. Acredito que preciso me adaptar um pouco. - Sorrio, tentando tranquilizá-la.

— Você não veio por mim. - olho para Cyborg e respiro fundo. Ele assente e aponta para Lena.

— Eu preciso dela no momento. Descobrimos um novo plano de Lex e preciso de ajuda. - ele fala e vejo Lena indecisa sobre me deixar ou não. — Ela pode participar também se você quiser.