08 ⋆ Lost?

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NÃO REVISADO

¡Não seja um leitor fantasma!

Boa leitura!

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Estava frio. Bem frio.

O dia de BoaMorte havia sido tranquilo, sem provocações de Havan ou qualquer coisa fora do comum, a não ser por alguns burburinhos sobre brigas no fim do dia. A garota também não havia visto Dana o dia inteiro, provavelmente a garota havia ido a cidade.

Agatha andava pelos corredores de sua escola, indo em direção as suas últimas aulas do dia: Biologia, geográfica e história. Por ser uma aula "extra", ela aconteceria mais tarde, por volta das 17:00.

Seus passos ecoavam em um tom baixo devido ao meio silêncio presente nos corredores pelo fato das aulas já terem acabado e aquele ser um corredor somente usado para classes. Quanto mais a garota andava, mais uma silhueta se tornava visível, era Havan.

A garota estava sentada no chão, com as costas apoiadas na parede e os joelhos recolhidos, sua mão tinha sangue, e alguns cortes eram presentes em seu rosto. A aula parou de importar. Que porra aconteceu?

- Flores? - A mais baixa pergunta, parando em pé de frente para a garota, em um tom baixo e preocupado.

- O que quer?

- O que aconteceu? Você tá bem? - Boa Morte se agacha, ficando mais na altura da garota, como se quisesse realmente entender o que tinha acontecido.

- Isso não é da sua conta. E por que você se importa? - Havan vira o rosto, ainda abraçando seus joelhos. Aghata não soube distinguir se era para ela não ver os cortes ou uma forma de resistência.

- É o seu sangue? - A ruiva apenas ignorou a última pergunta da mais velha. A resposta era tão nítida que chega a a ser patético.

- Não. Eu não sei.

- Me conta o que aconteceu, por favor. Eu quero te ajudar.

- Eu briguei com uns caras babacas do 2° ano, satisfeita? Era essa a porra da resposta que você queria? - Os olhos de Havan se marejam. A garota não queria falar sobre o ocorrido, seu dia havia sido horrível e ela não queria ter brigado pelo motivo pelo qual brigou: Aghata.

- Então foi você. - A garota disse sussurrando. - Havan, eu. Eu só. Cara, quer um abraço?

- Não. Não encosta em mim. Eu quero ser deixada em paz. - Havan se encolhe um pouco.

- Certo. - A mais baixa bufa, desistindo, e se levanta, arrumando sua mochila em suas costas e dando o primeiro passo pra seguir seu caminho, mas uma mão puxa seu pulso.

- Fica. Por favor.

Aghata morde o canto do lábio inferior e se senta do lado de Havan, olhando pra vista que as janelas sem vidro do corredor dava. Um silêncio havia tomado conta do lugar, ou talvez somente entre as duas, Aghata não sabia distinguir. Não era um silêncio desconfortável, mas também não era confortavel.

- Aghata? - Havan corta o silêncio.

- Sim? - A mais baixa responde sem se mover, continuando com a cabeça virada pra frente, olhando a neblina meio forte e as árvores sendo balançadas pelo vento, ao menos havia percebido que Havan não havia a chamado pelo sobrenome.

Qual foi, gata? - Havan FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora