17 ⋆ Sorry

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¡Não revisado!

11 dias.

O horário no celular marcava 2:34 da manhã, era sábado e Aghata conversava com Dana sobre Havan, enquanto trocava as cordas de sua guitarra.

- Eu fui escrota, Dana. Eu sou a errada da situação. - Aghata continuou.

- Então peça desculpas, ué. Não é difícil.

- Eu não vou. Eu me recuso.

- Sinceramente, Aghata. Qual seu problema? Eu te pergunto como amiga. Não tem como isso tudo estar acontecendo! Você sabe que é a errada, e não vai pedir desculpas por quê seu orgulho não deixa? Você só tá sendo burra.

- Eu sei mas.. - Dana a cortou.

- "Mas" é o caralho! Você sabe que Havan não vai ficar correndo atrás de você, quase duas semanas é tempo o suficiente pra perceber isso! Não seja burra, Aghata.

- Nossa, Dana. Da próxima vez me dá um tapa que é mais fácil.

- Falando sério. Ela deve estar acordada agora.

- Eu não vou lá. Não mesmo. E a Jules? Ela não vai estar dormindo lá?

- São 2:35 de um sábado, você realmente acha que ela vai estar lá?

- Dana, eu não vou.

2:40.

Agora, a garota estava deitada com as pernas para cima, apoiando-as na parede da cabeceira, até que resolveu conversar com uma certa pessoa, então abriu o WhatsApp e selecionou a conversa.

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Havvs!!

Flores
Posso ir no seu dormitório?

Pode sim

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Aghata se levantou de sua cama, sentindo a sua calça de pijama, estampada de forma fofa com imagens do homem aranha, arrastando no chão debaixo dos seus pés.

A mesma foi em direção ao banheiro e lavou o rosto, pegou um moletom preto liso, colocou e seguiu em direção ao dormitório da frente.

- Dana eu já volto. Eu acho.

[...]

3 batidas hesitantes deixadas na porta do 435. Aghata.

Havan abriu a porta devagar, revelando sua imagem completamente bagunçada.

Aghata odiava tudo nela. Odiava a forma como seus cabelos estavam bagunçados, como suas olheiras eram um pouco profundas, seus olhos cansados, a insônia que fazia Aghata ter certeza que ela estaria acordada, o sorriso de canto que ela sempre dava, suas mãos bonitas, seu olhar e os músculos de seu rosto quase imperceptíveis se movendo quando ela flertava. Ela amava isso.

- A gente pode... - Aghata hesitou. - ...conversar?

- Hm. Eu. Tá, entra. - Havan respondeu, demorando um pouco para raciocinar enquanto coçava a testa suavemente, para logo depois dar um espaço na porta para a garota entrar.

As duas pararam no meio do carpete felpudo, com Havan parada de braços cruzados, encarando a mais baixa.

- Eu... - Aghata começou. - Me desculpa. Eu fui escrota sem motivo algum.

- Aghata.

- Eu devia ter conversado com você. Devia ter falado sobre como eu me sentia sobre gostar de você, sobre como isso me fazia sentir errada. Sobre como eu odiava essa sensação e ao mesmo tempo ignorava ela, por que eu não consigo ignorar essa merda toda. Eu não devia ter te envolvido nas minhas merdas porque você não tem nada a ver com isso.

- Aghata.

- Eu quero te pedir desculpas. Desculpas por ter sido babaca e escrota com você quando você só estava preocupada, por que é... - Aghata foi cortada por um beijo, um beijo com desejo e lento, sem muita pressa ou necessidade. Infelizmente falta de ar chegou. - ... culpa minha.

- Cala a boca. Eu não quero te ouvir. Não quero ouvir sequer uma palavra sair da sua boca. Eu quero que você me escute.

Aghata concordou com a cabeça, olhando nos olhos de Havan, ainda paralisada no carpete.

- Para de se culpar, caralho. Qual seu problema, Aghata? Você parece absorver as merdas de todo mundo e age como se fosse problema seu, mas não é. - Aghata continuava muda.

Havan ainda segurava a nuca da ruiva a sua frente, olhando para seus olhos de forma um pouco sufocante para Aghata, o que ela não entendia era o sentimento de alívio que isso a fazia sentir.

- Vai se foder garota. Eu literalmente briguei por você e você realmente acha que eu ia desistir? Eu só não vou ficar me humilhando e correndo atrás de alguém. - O rosto de Aghata ficou confuso, muito confuso.

- Hm? Você brigou por mim?

- Óbvio, porra. Eles tavam falando merda sobre você. Mas a gente ainda se odiava, meio que foi no impulso, eu acho.

- Caralho, Havan.

- Enfim, eu sinceramente não sei por quê você se culpa tanto com esse assunto, sendo que nem eu reclamei ou falei algo com alguém. Sua cabeça tava cheia na hora e eu entendo perfeitamente, raiva existe e não podemos simplesmente ignorar; só aprende a separar as coisas. - Havan soltou as mãos da garota - Eu te desculpo.

Aghata se mexeu, abraçando a garota em sua frente tão forte que parecia que não ia soltar nunca. Suas mãos apertavam com força o casaco de lã que a garota usava, e sua cabeça afundava em seu pescoço.

- Obrigada, Hav.

- Sem problemas, Aggs.

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Word count: 807 palavras.

Eu quero Billie Eilish na cadeia, é isso que eu quero

Af gente essa Aghata é mto molenga, tipo, "ai eu nao vou" e 5 minutos dps ela tá lá

Qual foi, gata? - Havan FloresOnde histórias criam vida. Descubra agora