Bárbara Gouveia — ponto de vista
Rio de Janeiro, RJ+20 comentários para desbloquearem o
próximo capítulo (emojis não valem, nem números, pontos
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votar no capítulo)— E as compras? — perguntou mudando de assunto.
— Eu... parei para ajudar um homem baleado na hora da invasão, acabei esquecendo. — sorri fraco sabendo que a comida faria falta aqui em casa.
Apesar de meus pais serem pastores, nossa condição era precária, eu trabalhava todo dia da semana em uma lanchonete aqui no morro servindo mesas, meu pai contém uma doença grave, leucemia, então não consegue trabalhar pois está a todo memento na cama e dificilmente vai para a igreja pregar. E minha mãe é costureira nos tempos vagos.
O que mais nos afeta é as contas no final do mês, ter que pagar o aluguel do barraco para o dono do morro, e as compras, recebendo em troca, proteção.
Mas não é muita uma proteção, nós evangélicos somos descriminados no morro por acreditar em Deus, e isso é um absurdo.
E ainda tinha meu pequeno irmão Gustavo, tão ingênuo, nem sabe o que se passa ao seu redor, só aproveita o pouco que temos.
Muitas vezes nos falta comida, mas damos sempre um jeito, eu dou um jeito, com o meu dinheiro, e as vezes Carolina empresta para nós.
(..)
Revirei os olhos ao ver Bruno se aproximando de mim e Carol, que estávamos sentada no pátio da escola.
— Oi princesas. — não respondemos, ele também é da igreja, mas não engana ninguém, ele é mais desviado que Carol. — Vim chamar vocês para o baile no final de semana.
Carol voltou sua atenção para ele sorrindo de lado, mas o que se passava em sua cabeça era encontrar seu amado traficante.
Só de pensar isso já sinto meu estômago revirar.
— Nós vamos. — engoli em seco abrindo a boca para responder, mas fui interrompida. — Mas não pense que vamos com você, e sim sozinhas, sabemos nos virar. — ele sorriu se afastando.
— Você está louca? — a repreendi franzindo a sobrancelha.
— Não, e nós vamos. — sabendo o que eu ia dizer continuou. — Não aceito não como resposta, eu já te ajudei tanto não custa me recompensar, mas de uma forma diferente. — revirei os olhos me encostando na parede.
Que palhaçada.
(..)
— Só posso te dar trezentos esse mês Babi, a condição está precária aqui. — eu assenti indo guardar o bolo de dinheiro na minha mochila.
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A Amante [M]
FanfictionNenhuma mulher jamais se imaginou sendo amante de alguém, muito menos de um traficante perigoso como o Coringa. Bárbara se vê decidida a seguir os passos da igreja e não permitir que seus sentimentos e pensamentos perversos pelo homem que ama afetem...