Capítulo 24 - Filho

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Diana.

Era uma casa enorme, toda feita de madeira, toda aberta com janelas longas e de vidro.
- O seu cheiro vai se mistura com o das árvores, por isso mantenha a casa totalmente aberta.- Viktor me disse.
- Você fala como se isso já tivesse acontecido antes, como se você já fosse acostumado com isso.- Suspeito.
- Já aconteceu uma vez, mas com uma pessoa do meu passado.- Diz.
- Um amor? - Questiono.
- O nome dela era Karoline, ela era uma Golden como você e como você, eu me apaixonei por ela, a diferença é que ela também me amava, por isso eu sabia que a gravidez podia ocorrer com você, uma Golden não é uma humana normal.- Explica.
- E onde ela está? A Karoline? - Pergunto.
- Eu consegui manter os dois, ela e nosso filho mas foi um parto difícil, ela perdeu muito sangue e faleceu alguns dias depois de ter nosso menino.- Explica.
- E o seu filho? - Pergunto.
- Ele não sabe que eu sou o pai dele, ele é um vampiro incrível mas não sabe que tem sangue Golden nele, vampiros dificilmente sente o próprio sangue, enfim, eu dei ele a uma outra família de vampiros e cuidava dele de longe mas acabou que ele também ficou sozinho, a mãe traiu o pai com um Golden, depois eles não demoraram muito e vieram a falecer, ele herdou tudo da família adotiva dele e nem tem ideia que também é meu herdeiro, sinceramente? Nesse momento meu filho me odeia sem saber que sou o pai dele, se souber, então nunca vai me perdoar, eu tenho mais tempo de vida que qualquer vampiro e não quero viver o resto dos meus milênios carregando o ódio dele.- Afirma.
- Ele sabe que você é um vampiro de olhos violetas então? - Pergunto.
- Sim, ele sabe, também tirei o resto de família que ele tinha, um peso morto que era irmão adotivo e duas outras pessoas importantes para ele mas eu não tive escolha.- Viktor afirma, então me segurando pelo braço, me guia até meu quarto.

- É aqui que vai ficar, será administrada por um médico da minha confiança e a casa estará protegida, não teve sair, essa não é uma gestação normal, trarei sangue de vampiro nas refeições e um pouco do meu também por dia, a sua alimentação segue normal.- Diz.
- E você? - Questiono.
- Meu quarto é ao lado do seu e trabalharei daqui até seu bebê nascer.- Diz, depois segue caminhando para a porta.
- Espera..- Chamo e ele se vira para me encarar.
- Não tem medo que um vampiro de olhos brancos apareça? - Pergunto, curiosa.- É só um desses que pode te matar, não é? - Indago.
- Eu não tenho medo da morte, ela chega para todos, só desejo que quando a minha chegar, seja pelas mãos do meu filho e que eu tenha a chance de falar para ele que ele é meu herdeiro único.- Conclui.
- Quantos anos ele tem? Digo, seu filho? -Sussurro.
- 32.- Diz.- Eu tenho 52 mas minha imortalidade graças aos meus olhos me mantém bem.- Dá de ombros.
Ele segura no batente da porta e eu não evito a minha pergunta.
- É o Luan não é? Tudo aponta para ele.- Pergunto.
Ele fica em silêncio e quando seus olhos se voltam para mim, há lágrimas.
- É meu neto na sua barriga as acredite, não foi minha intenção me apaixonar por você e sei que mesmo casados você nunca me amará e principalmente, ele virá atrás de mim e terei que fazer o que eu fiz antes, pará-lo.- Conclui, em seguida ele abre a porta e sai.
Aquilo iria destruir o Luan.
O próprio pai é um psicopata que o abandonou, matou seu irmão adotivo James e levou a mim e o bebê.
Aquela verdade, eu deveria dizer a ele? Ainda tinha meu celular comigo.
Mas não é preciso, escuto tiros do lado de fora e olho pela janela, Luan seguiu nosso carro, estava fraco mas sua boca tinha sangue, ele bebeu para se curar.
- DIANA! DIANA! - Ele grita.

Luan.

Eu não vou aceitar isso, não vou aceitar que ela me deixe e se sacrifique por minha culpa, ela quer ter nosso bebê? Então eu a apoiarei, mesmo que isso lhe tire a vida e me mate como consequência de porque não vou conseguir viver se ela, eu farei isso, por ela.
Estou disposto a me curvar a ela, a implorar seu perdão.
Depois que ela de foi, eu tomei litros de sangue para me curar, não estava totalmente bem mas eu tinha alguma força e a usaria para trazer Diana de volta.
Foi difícil mas mandei que seguissem o carro, o cheiro dela realmente foi escondido pelas árvores mas meus seguranças são humanos e isso não interferiu.
Ao chegar na mansão, ela está rodeada por vampiros, olho para os meus seguranças, eu vim preparado, não trouxe armas comuns, humanas, eu trouxe maçaricos e gasolina.
- Queimem todos.- Ordeno, aquele era o jeito mais eficiente de matar um vampiro porque balas só os deixariam zonzos, mas o fogo? Ah meu bem, o fogo manda eles para o inferno com uma passagem só de ida.
Adentro a casa depois de matar alguns vampiros, procuro por Diana e a vejo na ponta das escadas.
- Luan.- Diz, mas não chego nem perto dela porque Viktor pula em cima de mim né fazendo rolar metade das escadas com ele me segurando .

Diana.

Ele dá um soco no rosto de Luan depois de rolarem as escadas.
- COMO OUSA MATAR MEUS VAMPIROS E ENTRAR NA MINHA CASA? - Viktor grita, os olhos dele ficam violetas e suas presas aparecem, os de Luan também mudam, ficam vermelhas e as presas também saem.
Como Viktor era tão seco daquela forma? Ele atacava o próprio filho sem nenhuma pena, seria capaz de matar o Luan, um psicopata agiria assim.
- EU VOU LEVAR ELA COMIGO.- Luan grita e então morde o pescoço de Viktor e se viram no chão, rolando, Luan tira algo do bolso e joga sobre Viktor, o cheiro ...gasolina.

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