Capítulo 13 - Pensamentos

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Diana.

Me remexo na cama a noite toda, meus pensamentos estão longe, estão em como achar alguém que proteja o Luan, porque eu mesma não quero colocar ele em problemas e sei que ele vai se arriscar por mim, sinceramente, desde que nós nos conhecemos, eu só tenho causado isso, problemas e por esse pensamento eu decido me levantar no meio da madrugada do quarto de hóspedes e colocar minhas roupas (porque estava de pijama) e acho que a melhor coisa nesse momento é sumir para que ninguém me ache, nem mesmo o Luan, assim ele estaria protegido de um vampiro que pode matar ele.
Trocada, Xingo mentalmente meus tênis que fazem barulho no assoalho do chão da casa, devagar caminho até a escada mas antes que eu desça o primeiro degrau escuto passos e a porta do quarto dele é aberta, ele me encara.
Estava usando um shorts, sem camisa e com o tornozelos enfaixado, curativo que eu mesma fiz.
– O que está fazendo? Para onde vai a essa hora, Diana? – Questiona, sonolento.
– Beber um copo de água.– Minto.
– De roupa de sair e tênis? Fora a bolsa no braço, não minta para mim, você ia sair de casa não é? É perigoso! – Diz, se aproximando mancando.
– Eu só acho melhor que eu não esteja aqui, se ninguém me achar, ninguém pode me ferir e nem "te" ferir.– Afirmo.
– Está disposta a pagar o preço? Iriamos ter que viver longe um do outro e eu acabei de te encontrar Golden, não vou mentir, dizer que não pensei nisso de você viver longe por um tempo mas eu não ia conseguir ficar longe, não te ver, não te tocar, não te sentir, é um preço alto demais, não acha? – Argumenta.
Meus olhos me entregam, eu também não queria viver longe dele, acabo cedendo e o abraço.
– Só quero te manter seguro.– Sussurro.
– Pensando em mim ao invés de você? Eu sou um vampiro e tenho força mi Amour, mas você é humana e eles querem seu sangue, tenho que te proteger.– Diz me apertando em seus braços.– Por isso o lugar mais seguro no momento é aqui em casa, mesmo que você fosse para outro país, todo mundo já sabe sobre o seu sangue e em todo lugar existem vampiros, você ficaria desprotegida longe de mim.– Me explica.
Seguro o ar, com raiva de mim mesma por ter esse sangue maldito, ele não é raro, ele é uma maldição.
– E se você me transformasse? Eu também teria forças para me proteger e quem tentasse me morder porque sei que o sangue não mudaria.– Afirmo.
– Eu nunca farei isso, tem noção do que acabou de dizer? – Seus olhos parecem frios.– Pediu que eu te transformasse no monstro que eu sou, beber sangue, machucar gente, viver as escondidas do mundo, eu jamais faria isso.– Ele parecia zangado.
– Foi só uma sugestão Luan.– Explico.
– Nunca mais me peça isso, agora vem, vamos dormir.– Afirma, me puxando pela mão, ele me leva para o seu quarto e dormimos com os corpos longe mas as mãos juntas.
– Pra ter certeza que você não vai tentar fugir novamente no meu da noite.– Explica.

(....)
Enquanto isso, do outro lado da cidade.

Viktor.

– James falhou em trazer a garota, senhor.– Meu segurança afirma, enquanto assino alguns papéis de humanos que estão sendo trazendo para alimentar meus funcionários, paguei uma pequena fortuna para que entrassem no país sem que ninguém soubesse, seria como se eles nunca tivessem existido, aqueles tolos sumiriam e não teria uma gota de sangue para contar história, depois de secos, era só queimar os ossos e pronto.
– Onde ele está? – Questiono, olhando folha por folha.
– No hospital, entrou em uma briga com o irmão adotivo.– Afirma.
– O tal vampiro que está protegendo ela porque se apaixonou? Que idiota, tem todo aquele sangue nas mãos e não faz nada, ele pode ser praticamente imortal e se nega.– Sussurro.
Eu tenho 46 anos mas graças aos meus olhos violetas que me fazem diferente dos outros vampiros, posso viver um pouco mais e aparento ser mais novo do que realmente sou.
– Sim, senhor, Luan, o médico.– Ele diz.

– Mate o James no hospital mesmo, faça parecer um acidente mas deixe uma marca nele, uma que só o tal Luan entenda, uma para que ele saiba quem foi o mandante e que estou próximo, depois venha me buscar e traga roupas mais comuns, vamos visitar essa Golden que anda tão famosa.– Digo.
– Mas ela está na casa do médico, não acho que vai sair dali tão cedo.– Aquele idiota afirma.
– Vamos ficar de tocaia na rua da mansão, ela terá que sair uma hora ou outra e eu quero dar uma olhada nessa belezinha, vamos ver se o sangue dema cheira tão bem quanto da última Golden que eu matei quando criança.– Concluo.
Sabe o que é engraçado em um Golden Blood? Eles são de uma beleza excepcional, como se fosse uma proteção já que são humanos, os vampiros antes de morder eles, pensam em se satisfazer sexualmente porque são muito atraentes, isso explica o Luan querer manter a garota ao seu lado, ela deve ser linda e eu estou bem curioso, talvez ao pegar ela eu me satisfaça com sexo enquanto mordo seu pescoço, só de pensar nisso, sinto muito tesão, tanto no pau, quanto nas presas.
– O senhor quer ver a foto? – O idiota parado na minha frente questiona.
– Não, sei que ela vai se destacar quando eu a vi, a última Golden se destacou e mesmo sendo uma criança, eu a matei com só uma mordida, essa não vai ser diferente.– Afirmo.– Agora vá ao hospital e faça o que eu disse, depois tragar as roupas, vou me aproximar sem que ela saiba quem eu sou.– Sorrio.
(...)
Aquelas roupa eram muito ridículas, bem diferente dos termos de grife que eu usava mas era por uma boa causa, não é? Usando jeans e camisa branca eu entro no carro.
– E o James? – Indago ao meu segurança que dirigia naquele momento.
– Está morto, Luan saiu a pouco da casa para dar baixa no corpo, a garota ficou lá dentro com os outros funcionários e seguranças.– Diz.
– Temos que fazer ela sair..– Digo.– Mande entregar flores no nome dela e que ela precise assinar o cartão.– Digo.
Ele concorda e eu sorrio, meu plano seria perfeito.

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