Capítulo 23 - Abandono

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Luan.

- Ajudar? Um psicopata não ajuda ninguém.- Constato.
- Sei que sou terrível, o pior dos vampiros mas ela...quero ela viva e você assinou a sentença de morte dela seu Desgraçado.- Ele aponta o dedo na minha cara.
- Do que está falando? - Indago.
- Sabe porque o cheiro dela duplicou? Porque "ELA" duplicou.- Afirma.
Olho para Diana que assim como eu, estava sem entender nada.
- ELA ESTÁ GRÁVIDA, IMBECIL.- Ele grita, nervoso.
- Isso é impossível, vampiros não engravidam humanos.- Argumento.
- Bem, não engravidam um humano "Comum", ela é comum pra você? Claro que não, ela é uma Golden Blood, idiota! - Afirma.
E realmente, não pensei nisso, Diana não eram uma humana normal.
- Isso não pode estar acontecendo.- Afirmo colocando as mãos no rosto.
- E agora? - Ela questiona olhando para mim.
- Tem que tirar essa coisa ou ele vai matar você, deve estar se alimentando do seu sangue nesse exato momento.- Viktor afirma.
- NÃO! NINGUÉM VAI TOCAR EM MIM.- Ela coloca as mãos na barriga.- LUAN EU PRECISO QUE VOCÊ ME APOIE.- Ela grita.
Meus olhos enchem de lágrimas.
- Se não fizermos nada, eu vou perder você e a gestação vai chamar tantos vampiros que vai ser difícil manter você ou ele a salvos, entenda Diana, não posso viver sem você.- Explico.
- Eu nunca, nunca vou te perdoar.- Ela diz, os olhos cheios de lágrimas.

Diana.

- Faça o que tem que ser feito.- Luan diz olhando para Viktor e depois sai do quarto.
- Vou apertar sua barriga para forçar essa coisa a sair, isso vai doer.- Afirma, trancando a porta.
Me encolho na cama puxando os lençóis.

Ele me deixou aqui, me deixou e deixou nosso bebê, eu não posso matar meu próprio filho, eu vou fazer o que tiver que fazer para manter ele a salvo.
- ESPERA! - Grito, no momento em que Viktor me segura pelos braços.
- Não há tempo, Diana.- Afirma.
- Eu tenho uma proposta para você.- Afirmo, ele parece interessado.- Você disse que estava apaixonado por mim, fora o meu sangue que é raro o do meu bebê também vai ser, certo? - Pergunto.
- Se ele chegar a nascer...- Diz.
- A minha proposta é: Mantenha eu e meu bebê vivos e bem e em troca eu me caso com você, farei o que me pedir, faço qualquer coisa.- Afirmo, conviccta que naquele momento, eu só tinha a mim mesma e aquela gestação dependia de mim.
Viktor parece pensar e então volta a me olhar.
- Temos um trato, minha Diana.- Ele diz, então aproxima seu rosto.- Vamos selar nossa acordo, minha noiva.- Sussurra, e então me beija, sinto um nojo tão grande mas não o impeço, é pelo meu filho, repito mentalmente.
Quando se afasta, ele se senta na ponta da cama e fica pensativo.
- Sangue humano é fraco demais para a criança, daremos a você sangue de vampiro e diariamente uma seringa com meus sangue, eu sou o mais forte dos vampiros, isso quer dizer que me sangue vai manter a criança forte e saudável, assim ele para de beber o seu, quando a você, manteremos com comida humana, vai ser uma gestação difícil, todos os vampiros vão querer te atacar, por isso temos que encobrir seu cheiro.- Ele diz.
- Óleo quente? - Indago.
- Mais que isso, vou te manter numa casa no meio da floresta, as árvore vão encobrir seu cheiro, são árvores de Ypê e cerejeira, o cheiro delas juntas é forte e também manterei muitas flores dentro da casa e seguranças ao redor, não vai correr risco de ser atacada por ele, primeiro que ao encobrir seu cheiro eles ficaram bem e segundo que sou o vampiro mais forte do mundo, eles tem medo de mim e não teriam chance, está disposta a tudo isso? - Pergunta.

- Quando quer ir? - Questiono.
- Agora mesmo.- Afirma.
- Ele não vai me deixar sair.- Me refiro ao Luan.
- Prepare duas coisas, eu cuido dele.- Viktor afirma.
- Por favor, não o mate, ele ainda é o pai do meu filho mesmo não querendo essa criança.- Digo.
O plano estava traçado, era tudo ou nada e enquanto arrumo minhas malas escuto as coisas serem quebradas na luta deles, Viktor me prometeu que não o mataria e quando saio do quarto levando comigo a minha mala, vejo Viktor de pé na ponta da escada que tinha o corrimão todo quebrado, ele sorri e eu vejo Luan caído no chão aos seus pés, estava muito ensanguentado.
- Não se preocupe, ele melhora ao tomar sangue, agora vamos, temos que começar logo o plano.- Viktor diz, esticando a mão para mim, eu a pego e quando dou o primeiro passo em direção a porta, sinto uma mão pegar meu tornozelo, era o Luan.
- Por favor, não...- Sussurra, ainda caído no chão, muito fraco, Luan era forte mas Viktor..
- Vai deixar nosso bebê nascer se eu ficar? - Pergunto e vejo o semblante dele, aquilo era um não.
- Viktor vai, vai manter a mim e o bebê a salvos, o que você não pode fazer, ele fará.- Digo séria.- Me esqueça.- Concluo, afasto meu tornozelo fazendo Luan soltar e sigo com Viktor para a saída, dali, passaria muito tempo até que visse Luan novamente.

Luan.

Eu queria morrer. Queria que nada disso tivesse acontecido, queria nunca a ter conhecido, eu me arrependo de tudo sobre nós dois.
- Senhor, eu te ajudo.- Maria diz se aproximando.
- Me deixa aqui no chão.- Afirmo.
- Mas senhor...- Diz.
- ME DEIXA AQUI, PORRA! - Grito alto, fazendo ela se assustar e sair praticamente correndo para a cozinha, meu corpo estava todo machucado e a lembrança de Diana né oferecendo seu sangue quando me machuquei na lanchonete antes.
- Morda, pode morder.- Ela me disse.
Deveria ter mordido, deveria ter sugado tudo.
Eu me odeio.

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