༒𝐈𝐌𝐏É𝐑𝐈𝐎༒ - ℜ𝔥𝔞𝔢𝔩𝔩𝔞 𝔗𝔞𝔯𝔤𝔞𝔯𝔶𝔢𝔫

Capítulo 【07】

_________________________________________________

༒Red Keep༒
☬106 d.c☬
_________________________________________________

Passos ecoam pelos corredores enquanto risadas engasgadas preenchem o ambiente. No meio desse cenário, Cogumelo, o bobo da corte, destaca-se com sua presença peculiar.

Com roupas coloridas que brilham à luz do dia, um chapéu extravagante adornado com sinos tilintantes e uma expressão sempre boba e zombeteira. Cogumelo leva consigo um cetro decorado, adicionando um toque de teatralidade às suas palhaçadas, enquanto seus passos rápidos e saltitantes o faz trombar em todos que cruzam seu caminho na Fortaleza Vermelha.

Com seu riso contagiante, diverte-se em meio às suas próprias piadas. No entanto, sua risada interrompe abruptamente quando ele percebe uma movimentação estranha, uma discussão abafada ecoando de uma sala afastada. Seu semblante brincalhão transforma-se em curiosidade, e ele para por um momento, aguçando os ouvidos para captar os murmúrios discordantes que escapam da sala distante, interrompendo temporariamente sua própria comédia para investigar sobre a possível fofoca.

Sua expressão curiosa é iluminada pelos sinos tilintantes de seu extravagante chapéu, enquanto seus olhos brilham com antecipação.

Não era novidade para ninguém na Fortaleza Vermelha que o bobo da corte adorava uma boa fofoca e causar intrigas. Seu sorriso malicioso era um indicativo claro de sua inclinação para os segredos e as tramas que circulavam no reino.

Entre as muitas personalidades na Fortaleza, não eram poucos aqueles que não iam com a cara do Cogumelo. Uma dessas desconfiadas era a rainha consorte Alicent Hightower, que nutria uma notável aversão ao bobo da corte.

A antipatia de Alicent por Cogumelo era alimentada por rumores difundidos por ele mesmo. O pequeno bobo, com sua língua afiada, espalhara murmúrios pelos corredores que não eram do agrado da rainha. Sussurros insinuando que suas atividades nos aposentos do velho rei Jaehaerys não se limitavam apenas à leitura.

Apesar da firmeza com que o Cogumelo afirmava os murmúrios sobre a rainha consorte, nunca foram de fato provados como reais. As acusações difundidas pelo bobo da corte pairavam no reino como sombras incertas, sem evidências concretas que as respaldassem.

Enquanto se aproximava da porta entreaberta, Cogumelo ajusta seu chapéu, acrescentando um toque teatral à sua aproximação, como se estivesse prestes a protagonizar o próximo ato de um drama palaciano.

Seus ouvidos captam cada palavra da discussão abafada, e seus olhos cintilam com a ideiade espalhar oque sairá dali para os sete reinos.

Os olhos do anão, antes brilhantes com a curiosidade inerente ao seu amor por fofocas, agora se arregalam como se tivesse descoberto algo verdadeiramente surpreendente e quase inacreditável. Sua expressão de espanto é palpável, e os sinos tilintantes em seu chapéu parecem ecoar o impacto da revelação.

Como mestre das intrigas palacianas, o Cogumelo, ao escutar sobre a conversa na sala afastada, parece ter tropeçado em um segredo que transcende suas expectativas habituais. Seu rosto reflete uma mistura de choque e excitação, enquanto ele processa a informação.

Com os olhos ainda refletindo o espanto da descoberta, recua silenciosamente da sala onde captou as últimas falas da intrigante conversa. Os sinos em seu chapéu tilintam suavemente, acompanhando seus passos cuidadosos mas ainda atrapalhados.

Enquanto se afasta, as vozes da discussão ainda ecoam em sua mente como um eco persistente, deixando-o imerso em pensamentos intrigantes.

O bobo da corte, sempre ágil em transformar informação em entretenimento, agora carrega consigo um segredo que poderia abalar as fundações da corte. Seu semblante, antes puro entretenimento, ganha uma complexidade sutil, pensando em quantas vidas aquela sua piada seria capaz de tirar, se caso ele a soltasse.