༒Essos 119 d.c༒
ℳinha mente estava turva, meu coração dilacerado. Enquanto as chamas consumiam a pira e o corpo de meu amado, eu me sentia vazia, perdida. Myrina segurava Baelor com ternura, enquanto eu me sentia incapaz de oferecer-lhe conforto. A presença silenciosa de Daario, Nymera e Arstan ao meu redor apenas acentuava a solidão que agora dominava meu ser.
Quando desci com Nyrastrys dos céus com Baelor em meus braços, e as lembranças de Rhaego assombravam minha mente, fui tomada por uma mistura avassaladora de emoções. Os gritos preocupados, os olhares de pena... tudo era demais para suportar. Caí ali mesmo, com Baelor em meus braços, enquanto as pedras ásperas arranhavam minha pele nua. Mas eu não me importava com isso. O que realmente doía era a ausência de Rakharo ao meu lado, incapaz de estar ali para conhecer nosso filho, para testemunhar nossa família se desfazendo diante de meus olhos.
Mesmo com a dor dilacerante, eu me recusei a desabar completamente. Segurei Baelor com firmeza, como se minha força pudesse protegê-lo do mundo cruel que nos cercava. Mas por dentro, eu estava desmoronando.
Enquanto as chamas se apagavam e a fumaça se dissipava, encarei o vazio à minha frente. Rakharo não estava ali para enxugar minhas lágrimas, para me confortar nos momentos de desespero. A solidão era uma ferida aberta em meu peito, uma dor que eu temia que jamais cicatrizasse.
Mas apesar de tudo, eu sabia que precisava ser forte. Por Baelor, por mim mesma, por tudo o que ainda estava por vir. Então, com uma determinação silenciosa, ergui-me do chão e encarei o futuro incerto que se estendia diante de mim.
Sem tirar os olhos do fogo, dirigi a palavra para Arstan, este que ainda entorpecido se atentou.
— Por favor, vá pegar o ovo em minha tenda e traga-o até aqui. — minha voz soou baixa, estilhaçada, quebrada.
— Sim, Khaleesi.
E assim ele foi. Não demorou para voltar, estendendo o ovo para mim. Sem olhar para trás, com o ovo em mãos, ousei me aproximar da pira que ardia mesmo de longe. Mas antes, Nymera me para.
— Tem certeza disso, Rhaella? — vejo o seu olhar intercalar entre mim e alguém atrás, se referia a Baelor. — Khal Rakharo não vai precisar do ovo nas terras da noite. Venda-o. — sugeriu — poderá voltar para as cidades livres e viver como uma mulher rica pelo resto da vida.
— Eu não o peguei do ninho de sua mãe para ser vendido. — neguei — Prometi a meu marido que este chocaria.
— Rhaella. — Ouvi outra voz e vi Arstan se aproximar. — Quando cheguei aqui, jurei para Rakharo que iria servi-la, obedecê-la. — suspirou — morrer se for preciso. Mas deixe ele ir, Khaleesi. Eu sei o que pretende, não faça isso!
— Eu preciso... você não me entende.
— Não me peça para ficar parado enquanto sobe naquela pira. — seus olhos reluziram em lágrimas. — Não vou vê-la queimar!
— É disso que tem medo? — olhei para ele e sorri. — Você viu, no céu.
O vi abrir a boca para reclamar, mas o interrompi, afastando-me até o início da pira. Quando cheguei lá, com o ovo em mãos, me virei para o khalasar que um dia foi de meu marido.
— Vocês serão meu Khalasar. — iniciei, olhando para a expressão de todos ali. — Estou vendo as faces de escravos, eu liberto vocês. Tirem as coleiras, vão se quiserem, ninguém vai impedir. Mas se quiserem ficar, devem ser como irmãs e irmãos. Como maridos e esposas. — aos poucos, pessoas iam se retirando, de três a cinco, de cinco a sete, mas não me importei. Olhei para frente e vi a bruxa ajoelhada, rindo de toda aquela gente indo embora ao ouvirem minhas falas. Não me importei. — Daario, amarre-a e jogue-a na pira. — Assim foi. A mulher foi amarrada em meio ao fogo — Eu sou Rhaella Stormborn, da casa Targaryen, do sangue da antiga Valíria, eu sou a Dragon's Daughter, eu juro a vocês que aqueles que os ferirem morreram gritando!
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༒𝐈𝐌𝐏É𝐑𝐈𝐎༒ - ℜ𝔥𝔞𝔢𝔩𝔩𝔞 𝔗𝔞𝔯𝔤𝔞𝔯𝔶𝔢𝔫
FantasyRhaella Targaryen, repelida por seu pai, Daemon Targaryen, abandona o Vale decidida a forjar seu próprio destino. Em Essos, ela embarca em uma jornada épica em busca de glória, determinada a honrar sua mãe, Rhea Royce, e os leais vassalos deixados p...