Capítulo 3 - Aproveitar o Tempo

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Eu não sonho com frequência, os maiores motivos para todas as vezes que sonhei na minha vida foram longas horas de sono ou ir para cama muito cansando

Eu agradeço por nascer não tendo uma mente que sonha com frequência nesse mundo, porque...

Todas as vezes que eu sonho, eu ouço o som do gatilho, e o barulho do disparo, a dor da minha queda ao cair do chão...

E depois da escuridão e desse momento de terror, pelo menos posso ver o rosto dos meus pais me ninando...

Edward refletia sobre isso, na vaga imagem que sua mente projetava nesse exato momento, um sonho de sua morte e de seu renascimento.

Com a visão embaçada, ele podia ver o rosto de sua mãe, que passava sua fragilidade e cansaço depois de lhe dar a luz momentos atrás, e o rosto do seu pai passavam a sua ternura enquanto sorria de um jeito bobo abraçando sua esposa...

Esse momento é quebrado com Edward acordando sacudido por uma doce e gentil figura familiar, literalmente familiar.

- Edy! Acorda! Eu pensei que você viria comigo hoje de novo! - Clair gritava sacudindo todo o corpo de seu irmão, que ainda estava sonolento.

O garoto resmungava enquanto tentava se cobrir com os lençóis e voltar a dormir, dizendo palavras impossíveis de se dicernir.

- Sim, eu tendi tudinho o que você disse, levanta loogo! - Ela dizia enquanto batia nas costas dele de maneira afoita.

- Ahg! Para, para! Eu não vou conseguir andar até o Centro de novo igual ontem!

- Eu faço isso todo dia e não fico cansada...

- Você tá em melhor forma do que eu... E sério, as vezes vocês parecem esquecer da minha idade...

- Isso é culpa sua por agir fora da sua idade! Pelo menos se levanta, já passou da hora do café e você ainda está cama! - Ela diz enquanto dá um último tapa da testa de Edward e se retira do quarto as pressas. - Eu fiquei esse tempo todo tentando te acordar pra vir comigo, se eu me atrasar e levar bronca eu juro que te... - Ela dizia enquanto se distanciava, Edward não conseguiu ouvir o resto da frase de sua irmã.

- Já passou da hora do café...? Ah, caramba... - Enquanto Edward resmunga, ele sente algo pular em sua cama.

Babando em seu rosto e rolando pelos lençóis, a última gota de sono de Edward havia sido arrancada pelas lambidas do seu cãozinho Caramelo.

Rapidamente se trocando e descendo as escadas para sua cozinha, pretendia buscar algo para comer e se voltar totalmente a leitura.

- Bom dia senhor Edward! - Cecily o recebe, lhe entregando um saquinho de pano já um pequeno lanche dentro.

Olhando para dentro do saquinho, haviam uma maçã, uma garrafa de água, uma garrafa menor de suco de maçã e um sanduíche.

- Muito obrigado, Cecily, onde está minha mãe?

- A senhora Agnes não está, ela precisou ir com seu pai organizar um evento próximo.

- A senhora Olga?

- Doente, eu vou estar aqui pra qualquer coisa que precisar.

  Da Morte para Um Mundo Rúnico (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora