Capítulo 0 - Necrópole

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Cansaço.

Me sindo cansado.

Como se fosse desmaiar a qualquer maneira.

Frio, tudo parece cada vez mais frio...

É a adrenalina, é porque minha temperatura está mais alta? Meu sangue está correndo pela ferida?!

Espera, Ferida...?

Ah, sim, o plano deu completamente errado, mas pelo menos...

Sim, ouvi o barulho de disparo, os outros estão bem?

E foi tão alto, eu quem fui baleado não fui...? Isso explica muita coisa, de repente a minha memória parece confusa, bati a cabeça com força após cair no chão?

Escuto uma voz distante gritar "Alex, Alex!", repetindo meu nome diversas vezes, mas não consigo entender o que ela está falando.

Outro barulho alto interrompe os chamados, outra dor, outro sangramento... Não consigo mais ouvir nada de novo.

Mesmo tendo a audição prejudicada, como se estivesse de fones de ouvidos com um chiado sendo tocado enquanto estou debaixo d'água, é inevitável de não ter ouvido o segundo disparo...

É uma pena morrer uma semana antes do anime do meu mangá favorito ser lançado!

Eu poderia morrer sem arrependimentos se esse dia fosse daqui há algumas semanas...

"Acorde!"

"Hei-i! Acordei!"

Huh?

Sinto... Minha cabeça doer?

Não... Não está doendo...

Abro meus olhos me dando de cara com um céu noturno estrelado, ou o que eu achava que eram estrelas...

Vários e vários riscos brilhantes cruzaram o céu que brilhava em um tom azul neon. Encarar demais estava me dando dor de cabeça, ou o que eu entendia como dor.

Me sento sobre o chão de madeira fria qual eu estava deitado, não sentia o frio, nem sentia que estava deitado. Que sensação esquisita é essa.

Olhando ao redor me vejo em uma sala sem paredes, como um piso flutuando sobre o espaço sideral, um céu super estrelado com uma linda nebulosa podendo ser vista. O salão era cheio de móveis como uma televisão, vários sofás chiques, uma vitrola. Tudo muito bonito, tudo muito vintage, e a minha frente aquilo que chamava mais atenção do que qualquer coisa naquela "sala".

"Já está melhor?"

Uma mulher dizia, bom, ela não estava abrindo a boca, era como se seus pensamentos entrassem no próprio cérebro como mensagens de voz. Ela usava um vestido de tecido fino que alternava entre cores cinza claro e cinza escuro que lembrava e muito as vestes de uma nobre da idade média. Sua pele era alva e seus cabelos longos e ondulados eram brancos como a nave, eles pareciam brilhar como se refletissem a luz branca vindas das estrelas nos céus. Ela usava uma máscara escura de corvo que tampava apenas a região superior de seu rosto, conseguisse ver por trás da máscara seus olhos profundo e negros como uma noite sem lua. Ela estava descalça, sentada em um dos luxuosos sofás, encarando o garoto com um sorriso doce.

"Vamos conversar um pouco...?"

Ela disse mais uma vez, com sua espécie de voz mental. O garoto tenta responder, mas nenhuma palavra sai de sua boca quando ele a abre. Então, a mulher levanta sua mão e estala os dedos.

  Da Morte para Um Mundo Rúnico (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora