Capítulo 4 - Igreja do Soberano

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- A Igreja do Soberano também lhe mandou uma carta, senhor Henry - Uma jovem moça de cabelos amarrados de cor pretos e olhos azuis, em torno dos vinte e três anos, vestindo um corsete acima de seu vestido longo.

À frente da moça estava Henry sentado em sua mesa de trabalho, organizando e assinando pilhas de documentos enquanto ouvia sua secretária. Ele larga a caneta e se debruça com as mãos no rosto pelo cansaço.

- Que trabalheira danada... Ah, a Igreja é?

- A Carta comunica um pedido de autorização para um discurso em praça pública, um repúdio sobre as atuais invasões de Grifonia sobre o Leste do Continente de Solaris e o escravismo que está ocorrendo na região.

- Eles terão total apoio.

- Há também uma carta da Guilda de Comerciantes da Capital, parece que um mercador que estava se dirigindo para o Vilarejo foi emboscado por ladrões no meio da estrada e teve sua carruagem roubada.

- Vou analisar o caso mais tarde, próximo, Aisha.

Antes que a jovem pudesse começar sua frase, batidas são ouvidas de trás da porta. A secretária correu até a porta e a abriu, era Guster, que entra fazendo reverência, ao lado dele, Aura, que faz uma reverência se curvando por inteiro.

- Oficial Aura, como anda? Ansiosa creio eu... - Henry diz, de uma forma risonha enquanto apoia os cotovelos sobre a mesa.

- Ela está apavorada com o evento do mês que vem - Guster responde por ela.

- Não a culpo, tanto planejamento antecipado de todos está me dando uma dor de cabeça... Bem, como Clair está? - Henry diz voltando para sua pilha de trabalhos.

- Ela é a melhor entre todos que já treinei, seu potencial é digno de uma herdeira - Guster diz como se estivesse orgulhoso de si mesmo, o que faz Aura arquear uma sobrancelha embaixo do capacete - Mas creio que o seu filho mais novo tenha um potencial ainda maior.

- Para espadas? - Henry diz surpreso, largando mais uma vez sua pilha de papéis.

- Suspeito que Clair esteja revisando suas aulas junto com ele, e em um duelo amistoso, ele conseguiu a vencer duas vezes sem nenhuma aula minha. - Guster decidiu ocultar suas outras idéias do que Edward possa ter feito, para quase igualar com Clair.

- Ele sempre foi um prodígio em tudo que se interessou em estudar... Em combate também? Hahah. - Memórias vinham mente de Henry, onde na idade de Edward, ele apenas conseguia balançar galhos fingindo ser um cavaleiro que estava lutando com um monstros, enquanto surrava uma árvore. - Assim como a irmã, ele será um cavaleiro incrível!

- Quando que eu finalmente vou poder usar magia... Hein...? - Edward reclama consigo mesmo, e logo segue para o estabelecimento do seu amigo elfo.

Ao entrar pela porta, Aricen levanta sua cabeça de trás do balcão no mesmo instante que ouviu o barulho da sineta balançar. O estabelecimento exibia uma grande placa escrito "fechado". Normalmente, bêbados que viraram a noite em bares e bordéis eram quem entraria assim querendo comprar bebida, Aricen já se levantou com um cara séria imaginando o usual, mas abriu o rosto sorrindo no momento que viu Edward.

- Se não é o Gênio Mirim! Sente-se, vou lhe preparar um maravilhoso chá - O ancião diz sorridente, se retirando para os fundos.

Edward ao invés de se sentar, colocou seus pertences em cima do balcão e continuou a arrumar a loja para a abertura enquanto o Elfo não estava. Normalmente Crystal estaria o ajudando, mas recentemente Edward não viu ela e nem teve notícias dela de Aricen, sabia apenas que ela estava "estudando com devoção".

  Da Morte para Um Mundo Rúnico (Em revisão)Onde histórias criam vida. Descubra agora