Carolina

Medo.

Dia 2

O medo nos tranforma, nos designa, nos da base pra crer. Do que tens medo? De que medo estamos falando..

Tenho medo de não chegar onde quero estar no final, tenho medo de que a chuva não venha, o sol não nasça e minha saudade continue.

Tenho medo de ter vontade de fumar e o cigarro acabar, tenho medo de ir à uma praça de tarde e não ter um amor pra dançar, tenho medo de recomeços...

Tenho medo de estar sozinho, do sentimento de vazio, daquelas vozes que muitos tem na cabeça...
Tenho medo de enlouquecer de exaustão e tristeza. Tenho medo de...

Medo é relativo, é um senso comum, sem medo sequer temos alma pra confortar. Medo também é cuidado, medo é o afeto que temos por cuidar de nós mesmos, tenho medo de não cuidar de mim o suficiente.

E se nós e o medo fôssemos amigos, em algum mundo paralelo onde os sentimentos deixam de ser algo númeno e passam a ser um fenômeno. E se existissem a personificação dos sentimentos com certeza eu gostaria de ser amiga do medo e perguntar de fato"do que é que você tem tanto medo?"

Acredito que ele me responderia: "Não se tem medo de fato, é mais como cuidado. É mais como me proteger do que não sei explicar, me proteger do que é novo e diferente."

Medo, eu te acolho como meu amigo, não serás esquecido, talvez superado, mas sempre na minha memória mais bela de que em meus sonhos você se fez humano para me confortar.

Tenho medo de não te ver mais, me visite a qualquer hora e te esperarei de olhos fechados, o frio na minha barriga agora é cuidado, tenho você pra me recordar.

• • •

Me sigam nas redes sociais (@iymanu__), não se esqueçam de votar e me contar o que estão achando da história! Beijos, Manu.