Poetas e o primeiro de janeiro.

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Dia 3

O que seriam poetas? O que seriam poemas? O que seria a arte de encontrar-se nas letras, se perder no meio de um verso ou cantarolar a melodia de uma estrofe a pouco desenvolvida.

Penso que não há nada mais belo que se aventurar em fazer poesia, ser poetisa, eternizada. Eternizar-se. Penso que, não há nada mais belo, nada mais íntimo, nada mais peculiar, dos sentimentos mais profundos, vomitados pela alma, o coração e a mente fundidos trazendo algo feito extase, algo que toca a quem sente, quem escuta.

Hoje me pergunto, o que seria de mim se não poeta? O que seriam dos mares, dos ares e da terra? o que seria do mundo se não houvesse alguem que os enxergasse, os transmitisse, os contemplasse. O que seria de mim se não poeta? O que seria de nós?

Ainda hoje pela manhã, quando a brisa fria do primeiro de janeiro chegou em minha pele foi que pensei nisso... O que seria de mim? Lina. Carolina. O que seria de mim, se não viver de arte? Se tudo que eu penso é poesia, se tudo que faço são desenhos, são musicas, são danças. Se tudo que transcrevo se torna uma melodia.

Ainda hoje escuto jazz, ainda hoje sento-me em frente ao computador, ainda hoje contemplo minha vida e o que esta por vir. E se eu virasse poeta? Tipo, de verdade? E se hoje começasse a escrever textos, e se hoje postasse minha primeira história, e se hoje eu pusesse pra fora toda a dor e amor em forma de poesia. E se eu escrevesse uma história, sobre Carolina... A poetisa, a artista, alguém comum, com traços comuns, roupas comuns, nome comum, mas alguém que fica na memoria, alguém pra recordar. Alguém que escreve, que pinta, que dança e aprende a tocar instrumentos, mas principalmente, alguém que sente a vida, que sente a terra, o ar e a água como algo pra contemplar. Alguém que não sabe o que quer ser ainda, que se descobre a cada momento, e a cada história do seu dia vai se tornando alguém em meio a tantos alguens, alguens que são lembrados.

Todos os poetas foram assim? viviam em constância de se descobrir? viviam em prol do descobrimento, desenvolvimento até um ponto em que a vergonha acaba e vem o tal do reconhecimento?

O jazz batuca em minha mente, tenho tanto a dizer, tanto pra ver e crer, ainda mais experimentar, quero sentir mais da brisa fresca do primeiro de janeiro que se inicia hoje, enquanto a criatividade não vem...

Até lá, me descubro poeta em meio a tantos outros em busca do mais importante. Nós mesmos.

- Carolina, só Lina.

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