Atrevido

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*Hey hey hey meus amores. Sumi por causa das festinhas de fim de ano mas voltei com cap fresquinho pra vcs que amo tanto. Bora lá?*


-Não vai rolar? O que ele quer dizer com isso?- questionei depois de longos minutos refletindo essa mensagem.

Eu estava extremamente dividida entre responder ou não. Eu queria saber o que ele quis dizer com aquilo, mas não queria falar besteira ou agir como uma idiota ou... peraí, ele tá me mandando mensagem? Por que motivo ele faria isso? E porquê pra mim? Ele não tem namorada? É, eu definitivamente tenho que responder.

“Devo ler sua mente ou vai me explicar?” tentei parecer despreocupada.

“Você e Nick. Não vai rolar”

AI MEU DEUS, meu coração acelerou com essa mensagem. Porquê ele estava falando isso? Será que ele me viu com o Nick hoje? Ele estava na casa e eu não percebi? Será que ele estava com... ciúmes? Não, Jessi, não viaja não.

“Não entendi” respondi.

“Eu te vi olhando praquele otário”

Ele tava na casa, e tava vendo a gente, como não percebemos?

“E por acaso estou proibida? Além do mais, não sei o que você viu, mas entendeu errado. Nick e eu somos apenas amigos” fala sério, por que motivo estou me justificando pra ele?

“Não entendi errado não, era assim que você me olhava. Você estava quase babando.”

Que rumo estava levando essa conversa?

“Para alguém que disse que não se lembrava muito de mim, está lembrando de detalhes bem específicos, em. Qual é? Tá com ciúmes?” fui direto ao assunto para arrancar o que de fato eu queria saber.

“Ciúmes de uma criança? Só estou te avisando, pra te poupar tempo.”

Burra, é claro que ele não estava com ciúmes de você, né? Se situa, Jessi. Mas ainda sim, o que ele quer dizer com me avisar?

“E por que Nick e eu não rolaria? Já rolou uma vez.”

“Porquê aquele mané é um mariquinha de merda e você tem todo esse jeitão de caminhoneira debochada e sádica, ele não vai aguentar.”

Ele me chamou de caminhoneira? CAMINHONEIRA? Eu não acredito nisso. Que filho da puta, é assim que se trata uma moça?

“Caminhoneira? Vai se foder, não é porquê eu não sou uma patricinha escrota igual aquela sua namoradinha que eu sou uma droga de uma caminhoneira, seu babaca.” nossa, que raiva daquele garoto.

“Tá vendo? É disso que tô falando.”

QUE FILHO DA MÃE.

“Vai pro caralho.”

Enviei a mensagem e desliguei o celular, que dia de merda foi esse? Eu não conseguia acreditar, hoje estava tudo certo pra dar errado, meu deus.
Eu precisava de uma boa noite de sono para ver se conseguia esquecer esse dia e tudo que aconteceu.

Me levantei e vesti meu pijama, me enfiei em baixo das cobertas pronta para apagar e esquecer esse dia infernal, mas pelo visto ainda não era hora de ele acabar pois quando estava sentindo meu corpo finalmente relaxar minha mãe abre a porta do meu quarto.

-Filha, é o Nick, ele disse que seu celular não está chamando e ele precisa falar alguma coisa sobre algum trabalho, sei lá.

Mas que droga, eu tinha esquecido completamente desse trabalho. Peguei o celular da minha mãe.

-Oi Nick.- atendi friamente, não de propósito.

“Você está legal?”

-Por que eu não estaria?- perguntei confusa.

“Você esqueceu seu caderno de literatura aqui, fui na casa do seu pai te entregar mas não tinha ninguém lá, tentei te ligar mas só dava caixa postal, fiquei preocupado”

Nossa, que falha.

-Ah, sim. Desculpe, Nick, eu menti pra você, eu não tinha que cuidar da minha irmã.- fui sincera.- a verdade é... que eu passei mal, sabe? Emergência de banheiro e só consigo usar em casa, fiquei com vergonha, por isso menti.- encobri uma mentira com outra mentira.

Ouvi a risadinha dele abafada. Ai Nick, o jeito que você ri das coisas que falo é tão fofo.

“Não precisava mentir, todo mundo precisa ir no banheiro... até as meninas bonitas.”

Eu me escorei no batente da porta e dei um sorrisinho bobo com o comentário dele. Fiquei alguns segundos assim até que dei por mim. Arregalei meus olhos e corri para a frente do espelho da minha penteadeira. Eu estava corada? Esta a corada enquanto falava com Nick Birch? Isso não podia estar acontecendo.

-Nick, eu tenho que desligar.- falei apressada.

“NÃO! ESPERA, JESSI” ouvi ele gritando quando afastei o celular do ouvido.

-Desculpe, tô toda ocupada aqui, não dá pra falar, tchal.

“NÃO, JESSI, A GENTE PRECISA FALAR SOBRE O NOSSO TRAB...” foi a última coisa que ouvi antes de desligar.

Seja lá qual for o assunto, eu não estou em condição de falar sobre.

Entreguei o celular pra minha mãe  e falei pra ela que se alguém ligasse ou perguntasse pra min era pra dizer que eu morri, depois me joguei na cama, me enrolei nas cobertas e fui finalmente em busca do meu merecido sono.


Por que não o Judd?Onde histórias criam vida. Descubra agora