[ wth: queriys ]
havia um guardanapo com a ponta suja de whisky, embaixo de seu copo quase vazio. havia um número desconhecido, junto de uma carinha com piscadela, as linhas tortas e vários sinais de borrão de borracha. sorrindo, inspirada a uma nova música, talvez?
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀─── well, now then, mardy bum
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀oh, I'm in trouble again
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀aren't I?
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀I thought as much
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀'cause you turned over there
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀pulling that silent disappointment face
⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀the one that I can't bear
Simon Ferrero de Camino é o dono de um - e o único - bar da região de Khuipmont, aos seus 52 anos de trabalho duro e um estresse além da conta.Cresceu em uma família modesta e comum em cidades de interior, muitos filhos e pouco dinheiro. Simon é o segundo mais velho de quatro filhos, o mais velho já falecido, o terceiro se encontrava na cidade grande e o quarto estava vivendo sua vida ainda na cidade pequena, já casado e com seus filhos.
Seu pai, Jonathan, também era barista, dono do bar que agora era seu, já sua mãe, Paola, era costureira e dona de casa, com quatro crianças e um homem que trabalha fora, mesmo que o bar fosse literalmente ao lado de sua moradia, ele ainda era bem ausente.
Entretanto, não tinha grandes lembranças assim com sua mãe, Simon era um filhinho de papai, desde sempre levou o título de ser o favorito do pai e que futuramente iria herdar tudo aquilo, já que o mais velho não era bem seu favorito e não apoiava muita coisa que ele fazia e suas atitudes, então acabou por botar todas suas expectativas e desejos em cima do moreno.
Com isso, desde muito novo esteve trabalhando com álcool, sendo até mesmo indiciado a beber aos seus quatorze, idade que Jonathan achava uma boa para beber, sempre dizendo que tinha até começado a antes disso, também passando a substituir seu pai ou servir como um ajudante no bar.
Como dito anteriormente, era muita boca para alimentar e pouco dinheiro na mesa, mesmo o bar sendo muito bem movimentado, mas obviamente nunca era o suficiente. Com isso, Simon precisou começar a trabalhar muito cedo, mais específico, aceitava pequenos empregos ou ajudar alguns fazendeiros nas redondezas, mesmo que fosse por um mísero de dinheiro. Nunca teve nem chance de ir para a escola, sua sorte de não ser analfabeto é que sua ex-esposa sempre se esforçou muito para o ensinar, não podendo contar com sua mãe ou com seu pai, também analfabetos e que cresceram cedo demais.
Paola obviamente não gostava nada disso e isso era sempre motivo de briga dentro de casa, Simon não se lembra de nada violento realmente, ao menos não a nível que levasse a espancamento, mas ver seus pais brigando em sua frente foi sempre algo que o afetou bastante, principalmente por saber que ele era o principal motivo de tudo aquilo ter começado.
Aos 26 anos, seu irmão mais velho chegou a falecer, algo que movimentou muito a cidade e comoveu muito a família que não estavam esperando que logo o mais velho iria ser o primeiro a ir embora tão cedo. Enquanto sua mãe não aceitava e buscava justiça pela negligência da polícia, seu pai se afundou ainda mais no trabalho em busca que isso o fizesse esquecer do acontecimento, mesmo já tão velho.
Bem, por mais que sua morte tivesse afetado muito a família e de certa forma a cidade também, Simon seguiu com sua vida, com isso se casando com uma mulher muito gentil, Elisa. Ambos eram um tipo de casal bonito e que muitos juravam que iria durar para sempre, Elisa foi muito boa para ele, o ajudando quando descobriu que era infertil e não poderia ter suas próprias crianças, quando seu pai adoeceu e precisou lidar com novos problemas no bar.
Ela era uma boa mulher, ele também era um bom homem e ambos formavamos um casal de inveja, isso até Elisa desejar ir morar na cidade grande, algo que Simon não estava nem um pouco de acordo.
Cresceu naquela cidade, tinha seus pais e seus irmãos mais novos, sem contar em seu negócio, ir para a cidade grande sem preparo ou expectativa alguma não estava em seus planos. Elisa sempre esteve ali quando precisou, mas nessa decisão ela estava firme, e não dispostos a entrarem num acordo de relacionamento a distância, ambos apenas decidiram que era melhor se separarem.
Com seus irmãos tomando rumo na vida e seus pais já tão velhinhos e ainda não superando a morte do filho mais velho, além de terem separado a casa em duas, onde a parte de baixo era onde eles moravam e a de cima era sua. O que antes era uma única casa grande com uma família igualmente grande e que apesar de suas brigas e divergências eram unidos e se amavam muito, passou a ser uma casa pequena e fria, com um barzinho a frente.
Em tamanha solidão, Simon decidiu adotar uma criança, agora então seu filho Landon, um menino que era um pouco mais velho que as outras do minúsculo orfanato que tinha em uma cidade próxima e um pouco maior do que Khuipmont, e vendo como era difícil crianças de sua idade serem adotadas, acabou por escolher ele. O começo foi difícil, claro, mas Landon era um bom menino e só precisava se acostumar com as mudanças.
Atualmente, Simon se encontra muito bem em seu bar e era até conhecido como tipo um terapeuta que tratava a base de álcool. Embora agora estivesse com os olhos focados unicamente na cantora de seu bar, que atraiu a atenção do barista.
"'Pra 'ocê é por conta da casa."
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𝖱𝖴𝖡𝖨𝖠
Fanfiction⠀⠀⠀⠀─── livro com ficha de oc, tanto com pares ⠀⠀⠀⠀quanto livres para quem quiser.