﹙não disponível / wth chieleso﹚ tea in the company of a ghost.
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⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀─── Sobre reviver o passado e buscar justamente aquilo que te prende em tudo que faz e deixou de fazer no passar do tempo. As vezes superar e perdoar é uma opção, outras vezes é necessário uma vingança e enfim se ver em paz, as vezes nem todos conseguem viver em paz com o peso de não terem sido vingados, pelo karma não ter atingido aqueles que merecem mais do que qualquer um. É isso que te faz alma penada ou você escolheu ser assim?
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Quando vivo tudo material parece incrível e algo que simplesmente não consegue viver sem, até certo ponto de fato é verdade e pode ser levado pelo literal do jeito mais cru possível. Se tem algo que os cristões e os fanáticos religiosos estão corretos é que nada disso vale depois que você morre, mas se tem algo que eles estão errados também é que não existe céu, nem inferno, nem nada.
Pelo menos não para CÍVICA SAWICKIque assim como muitos dos que bateram suas botinhas agora estavam presos na Terra seja lá o motivo, nunca pensou se aquilo era um tipo de limbo ou o inferno que todos diziam que ele iria quando morresse. Ele apenas existia, e isso parecia ser o suficiente por mais entediante que fosse.
Para alguém fofoqueiro poderia ser a melhor coisa claro, quando se é nada além de uma presença invisível que pode ir e vir tudo se torna muito fácil e interessante, poder invadir casas alheias perturbar o juízo de pessoas inocentes ou apenas sussurrar para dar sustos e confundir alguém pensando estar sendo chamado. Era algo de mal caráter, mas o que mais se pode fazer quando é um fantasma que não pode fazer mais nada?
É um tédio, Cívica nunca pensou que depois da morte fosse daquele jeito, sempre foi um jovem que não sabia parar quieto e sempre se metia em confusão graças a isso, seja na rua ou em casa mesmo, podia dizer que ele era um menino problema que com certeza não iria para o céu, ele só não esperava que ficaria preso na Terra, como um fantasma que ninguém podia o ver e outros fantasmas aparentemente não gostavam muito de fazer amizades fantasmagóricas.
Não se lembra muito da sua vida para falar a verdade, se estivesse em um tipo de purgatório que iria enfim para o céu ou o inferno depois de resolver o que tinha para resolver em vida, ele não saberia dizer exatamente o que era e talvez esse fosse o problema que não o deixava descansar.
Se lembrava apenas de vagos momentos, como o fato de ter uma família a ruínas, ter usado muitas drogas e muitas cores, muitas mesmo. Era de fato uma dádiva o que tinha acontecido, não lembrava nem mesmo de como tinha morrido ou quando morreu, sendo até mesmo um milagre que lembrasse do próprio nome. Isso sempre o fazia pensar quanto tempo passou e quando tudo aconteceu. Curioso, porém nunca o suficiente para ir atrás
Cívica sempre achou que depois da morte era isso, as pessoas não te viam mais e não podia fazer nada sobre isso além de esperar eternamente o seu corpo enfim se tornar puramente pó enquanto é comido pelas larvas e ver se assim conseguia desprender de sua alma e finalmente deixar de existir. Tudo era questão de paciência e esperar, até sem querer entrar em uma casa errada e perceber que talvez ele não fosse tão invisível assim.
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