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Under the Sky in Room 553 Discovered You and I › Yeongyu

Under the Sky in Room 553 Discovered You and I › Yeongyu

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── Chega mais!

── Você quer que eu caia direto para a morte? Olha só a distância! ── O mais novo respondeu com uma carranca decorando seu rosto. Isso lhe rendeu uma risada divertida e um olhar familiar.

Beomgyu aprendeu a decifrar o que aquele olhar significava com o passar do ano, e a próxima coisa que percebeu foi que havia admitido outra derrota, ele iria fazer exatamente o que Yeonjun pediu-lhe agora a pouco.

Beomgyu se apoiou com a ajuda dos braços e praticamente rastejou até próximo de onde estava o amigo, relutantemente sentou-se no galho da árvore ao lado de Yeonjun.

Eles estavam cerca de três metros acima do solo, cobertos pelas folhas grossas e densas do bordo. Beomgyu mal conseguia ver a grama abaixo deles, nem conseguia ver além do rubor das folhas de bordo. Para onde quer que olhasse, ele e Yeonjun estavam cobertos, escondidos do resto do parque e, portanto, do mundo.

"Apenas nós dois. Com nosso próprio e pequeno mundinho."

O simples pensamento fez o mais novo morder os lábios para evitar um sorriso. Porém, o menino mais velho sempre foi rápido em acompanhá-lo. Às vezes, Beomgyu se perguntava se ele era realmente tão fácil de ler.

E se Yeonjun ouvisse a pergunta, a resposta seria sim. E muito.

Um braço envolveu confortavelmente sua cintura, puxando-o firmemente contra o lado de Yeonjun. ── Em que está pensando, Bamgyu?

── Nada da sua importância ── Ele respondeu, desviando o olhar para outra direção.

Desta vez, Beomgyu estava desesperado para que Yeonjun mudasse o assunto da conversa. Ele prefere falar sobre suas vidas mundanas, as folhas de bordo, o clima, os sapatos sujos de Yeonjun, literalmente qualquer coisa que não seja seu pensamento.

"Como se diz para o melhor amigo que estava pensando em beijá-lo?"

Em vez disso, o que recebeu foi uma risada baixa e um beijo estalado na testa.

── Você percebe que está escrito em letras douradas no seu rosto e no céu toda vez que pensa em mim, certo?

Um soco fraco foi desferido em seu peito como um golpe de boxe de brincadeira. ── Fique quieto! Você só gosta de me atormentar e rir da minha cara!

Então, Yeonjun ergueu as sobrancelhas irritantemente e sorriu maliciosamente, emitindo um "hm" enquanto pressionava suas testas. Beomgyu só conseguiu soltar um gemido de derrota antes que o garoto mais velho lhe desse um beijo casto na ponta do nariz.

── Amanhã é nosso primeiro dia no ensino médio...

À menção disso, todo o corpo de Beomgyu se arrepiou e tremeu. ── Não estou ansioso por isso. Na verdade, estou implorando para amanhã não chegar. ── Ele murmurou, os lábios se curvando em um pequeno beicinho enquanto descansava a cabeça no ombro do outro; ao que Yeonjun respondeu apoiando a cabeça em cima da dele. A ação já era tão natural que nenhum deles questionou.

── Não temos todas as aulas juntos. Em algum momento você vai ter que fazer um novo amigo além de mim, sabe?

Beomgyu bufou antes que Yeonjun pudesse continuar seu discurso. ── Isso é muito estúpido. Por que eu precisaria de mais amigos se tenho você aqui comigo? Só você já é melhor que vários.── Seu nariz enrugou, demonstrando um descontentamento que Yeonjun achou completamente adorável. ── Enquanto eu tiver você, não precisarei de mais ninguém.

── Gyu, não é assim que funciona, seu bestinha amável! ── Yeonjun riu, bagunçando seu cabelo. ── Você não pode ficar comigo pelo resto da vida.

E isso fez Beomgyu se sentar, afastando-se de sua posição enrolada no mais velho. Ele olhou para o amigo com grande intensidade, e a forma como seu olhar se intensificou confundiu Yeonjun.

── E por que não posso? Enquanto eu e você estivermos juntinhos, não me importo se o mundo acabar hoje ou amanhã. Agora pare de tentar me fazer conversar com outras pessoas por aí. ── Ele cruzou os braços.

Por um breve momento, Yeonjun não respondeu. Seu comportamento infantil foi retribuído com um silêncio gritante,  os ouvidos de Beomgyu começaram a arder e sua mente ficou a milhão.

"Eu fui chato demais dessa vez? Yeonjun Hyung estava interessado em fazer novos amigos? Mas então, ele me deixaria de lado, não?"

Só então, dois braços – que estavam começando a ficar levemente definidos – envolveram sua cintura, puxando-o para trás com uma força muito mais pesada – ou desesperada – que o puxão anterior. O nariz de Yeonjun estava enterrado na curva de seu pescoço, e Beomgyu podia senti-lo inspirar profundamente; absorvendo seu aroma. Ele deixou o garoto abraçá-lo e não se mexeu. Adorava o contato dele. Nenhum deles falou.

Se ele tivesse piscado, concentrado em outra coisa ou deixado sua mente vagar por outro lugar, ele estaria completamente perdido; a sensação do lábio de Yeonjun pairando logo acima da pele do seu pescoço, pressionando um fantasma de um beijo tão suave que era quase como se nunca tivesse acontecido. Mas ele estava prestando atenção e, infelizmente para seu pobre e confuso coração, não perdeu isso por nada no mundo.

── Serei sempre seu ── as palavras foram sussurradas contra sua pele, como se ele as estivesse tatuando para sempre em corpo, mente e alma. O jovem suspirou e recostou-se em seu abraço. ── E ninguém pode me roubar de você, nem visse versa. Nunca. ── uma pausa foi necessária, como se precisasse pensar muito bem antes de falar ── Juntos até o fim do mundo. Para sempre.

── Estaremos juntos amanhã?

── Sempre.

Beomgyu sorriu, ele não poderia e nem queria pedir por mais nada.

Estava realizado.

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