❝ ── 𝐕ocê já ouviu falar da tradição dos corações de origami no hospital?
Pegando o coração, a garota animada acenou com a cabeça.
── Sim! Minha mãe me contou que quando alguém sai do hospital para o céu, todos nós dobramos um coração de papel ass...
Under the Sky in Room 553 Discovered You and I›Yeongyu
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Chegou mais uma tranquila manhã de domingo no refeitório do hospital, sem intercorrências como sempre.
Um jovem que segurava uma tabela médica em uma das mãos voltava ao pátio depois de terminar uma rodada de check-ups no próprio escritório. Não haviam muitas pessoas lá dentro exceto algumas crianças terminando o café da manhã e alguns idosos sob cuidados.
E abruptamente, uma mãozinha apertando a bainha de o casaco de enfermeiro fez Soobin parar no meio do caminho.
Ao sentir o puxão, ele rapidamente se virou ficando cara a cara com o sujeito dono da mão, era uma menina pequena, bem jovem e excessivamente pálida. Soobin fez uma nota mental para perguntar o nome dela e conversar um pouco com sua nutricionista outra hora.
O cabelo dela era escuro como a noite, sedoso como os fios de uma boneca nova. Ela mantinha os olhos bem redondos arregalados enquanto olhava diretamente para ele – quase alarmante de grandes em proporção comparados ao resto dos seus pequenos detalhes faciais. Ela vestia um vestidinho branco simples, estranhamente ambíguo. Mas, novamente, era apenas uma bata infantil do hospital. A menina segurava um Ursinho Pooh de pelúcia com a mão livre, o agarrando possessivamente contra o peito.
O enfermeio sentia um desconforto no punho, e foi só nesse momento que Soobin percebeu que havia algo mais espreitando entre os dedinhos da menina.
── Olá, pequena ── ele deu a ela um sorriso caloroso, agachando-se rapidamente para poder ficar na altura dos olhinhos infantis. Foi rapidamente recompensado com um sorriso tímido em troca. ── Como posso te ajudar?
── Senhor Enfermeiro ── a garota murmurou baixinho, seus olhos agora tinham uma pitada de curiosidade. Soobin franziu os olhos. ── Eu... eu encontrei algo.
── Sério? E você gostaria de me mostrar? ── Ele perguntou fixando os olhos na mão da bebê esperando que ela abrisse. E assim ela fez.
Porém, o que estava na palma na mão dela fez com que sua expressão mudasse.
Apertado no meio de sua pequena mão estava um coração de papel amassado. Bem dobrado, mas com os cantos desgastados. Não era um objeto estranho para ele, tanto seu instinto quanto sua razão lhe diziam que sabia muito bem de onde vinha esse coração.
── Hum, onde encontrou isso? ── Ele tentou manter um sorriso no rosto, abrindo a mão para segurar a da garotinha.
Ela se moveu, colocando seu peso entre os pés; relutante em responder – como uma criança com medo de ser repreendida por fazer algo que não deveria. ── Não há problema em me contar, eu prometo. ── Ele acrescentou mostrando o dedinho para lhe dar mais segurança, algo que tinha certeza de que ela precisava.
