❝ ── 𝐕ocê já ouviu falar da tradição dos corações de origami no hospital?
Pegando o coração, a garota animada acenou com a cabeça.
── Sim! Minha mãe me contou que quando alguém sai do hospital para o céu, todos nós dobramos um coração de papel ass...
Under the Sky in Room 553 Discovered You and I › Yeongyu
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──Ele podenos ouvir, certo?
Soobin assentiu, empurrando a porta para deixá-lo entrar. Por alguma razão, o coração de Yeonjun estava batendo rapidamente, o som parecia uma martelada forte e constante em seus ouvidos enquanto seus nervos se contorciam no peito.
Assim que a porta se abriu, a primeira coisa que Yeonjun fez foi estremecer.
O quarto lá dentro era muito claro, muito branco e muito simples para ter acolhido o menino que um dia floresceu com tantas cores. No entanto, lá estava ele, enfiado em uma cama com o dobro do seu tamanho, o branco puro de seu roupão e lençol quase o engolindo.
Lá tinha Choi Beomgyu, seu melhor amigo.
Seu melhor amigo, agora inconsciente e preso a vários soros intravenosos, com batimentos cardíacos monitorados por aparelhos de suporte vital e uma máscara de oxigênio ainda cobrindo metade do rosto.
Ver Beomgyu assim pela primeira vez quebrou permanentemente algo dentro de Yeonjun, porém, ele não conseguiu identificar o que era. Ou talvez sim, mas preferiu não pensar nisso agora; porque a única coisa em que ele conseguia se concentrar era em como ele parecia horrível, aparentemente acorrentado à cama do hospital, como se fosse ficar permanentemente amarrado.
Vendo que Yeonjun não deu um passo além da porta, Soobin fez sinal para que ele se aproximasse com um empurrão de cabeça. O tempo passou agonizantemente lento quando ele finalmente foi até a cama de Beomgyu, sentando-se na cadeira ao lado dela.
Quando Soobin fechou a porta, o silêncio era tão pesado que deixou sua cabeça tonta.
── Ei, Gyu. É o Hyung. ── Ele tentou dizer, depois de alguns segundos. A rouquidão em sua voz era uma indicação clara do quanto ele havia chorado.
Ele pensou que não queria que Beomgyu percebesse, então limpou a garganta e tentou novamente. ── Estou aqui ── Parou abruptamente nesse ponto, não confiando em dizer uma palavra a mais sem quebrar sua fachada dura.
Yeonjun não sabia por que estava esperando por uma resposta quando tinha plena consciência de que não haveria nenhuma. Talvez ele ainda não estivesse acostumado com o fato de que todos os seus comentários sarcásticos não seriam recebidos com uma resposta espirituosa do mais novo.
O nó no peito voltou, as palavras presas no fundo da garganta. Foi por causa da dor? Tristeza? Culpa? Ele não queria descobrir.
