•ᵗʰᵉ ᵉʸᵉˢ ᵃʳᵉ ᵗʰᵉ ʷᶦⁿᵈᵒʷ ᵗᵒ ᵗʰᵉ ˢᵒᵘˡ•

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[...]
"Você sabe que eu não posso
Me mostrar para você, me doar para você, não posso te mostrar minha fraqueza.
Então eu coloco um máscara
para te encontrar, mas eu ainda
Quero você..."
[...]

P.o.v Carolyna Borges

- Tudo bem, vamos. - A ruiva fala esperando eu ir na frente.

Então me virei paras Amanda, a garota nos olhava esperando algo vindo de mim. Apenas fui até ela beijando seu rosto de forma terna, sorri para ela e sussurrei um tchau breve.

Segui para o lado de Priscila e fomos para fora do estabelecido, Boate/Club, não sei ao certo. O álcool no meu corpo estava em uma quantidade significativa para me deixar fora dos meus raciocínios corretos sobre tudo, já Priscila observava tudo ao redor incluindo o fato de que eu as vezes tropecei nas pessoas algumas vezes durante nossa trajetória até o carro da ruiva.

- Eu não entendo...

Então como se as palavras estivessem presas a mim a um milênio, cortei nosso silêncio fazendo a ruiva me olhar de maneira surpresa, talvez porque eu quebrei um silêncio de quase uma hora, já estávamos no carro e saindo do local frequentado por nós a minutos atrás. Mas pela primeira vez da parte dela, não escuto nada como resposta e me atrevo a olhá-la, entenda eu estava literalmente jogada no banco da frente junto a Priscila, a mulher apenas dirigia e eu estava a um bom tempo encostada na janela do carro vendo o mundo passar pelos meus olhos mas ele estava mais embaçado que o normal, porém, por que ela não me responde ?

- Por que sempre gostou de me...

Eu não sabia, mas o álcool me deu uma livre e aberta vontade de questionar o comportamento da mais velha Durante nossa adolescência e infância. Eu realmente quero saber por que ela fazia da minha vida e meus dias um inferno, desde que eu a vi pela primeira vez nunca foi ódio... foi, céus não posso pensar nisso. Mas eu quero a sua resposta, mas como acordá-la? Por que me odiou? Por que me fez me sentir um lixo des que pisou nessa cidade? Tantas formas, mas como adultas agora não posso me mostrar chateada por algo assim, ou posso ?

- Sempre gostei de que, Borges?

Então o som da sua voz chegou de forma rouca até meus ouvidos, por que aquela voz tem que ser assim? A quantidade de bebida que tomei não está me deixando pensar de forma normal.

- Você me odeia?

Então de forma rápida, direta e discreta em relação a minhas emoções, minha indagação fez o rosto da mulher se apagar de forma estranha, Senti o carro parando e olhei vendo que estávamos parada no farol vermelho, a ruiva me olha de forma calma mas vi ali un sentimento triste em seus olhos, nunca cheguei a reparar neles e agora tudo neles estava me deixando paralisada.

- Eu não te odeio e você? Me odeia? - Priscila Sorria fraco e seus olhos não saia dos meus.

- Acho que sim - Foi rápido demais, mas pareceu que as palavras saíram de forma lenta de meus lábios. Acho ? Como assim eu apenas acho que a odeio?

- Entendo... Talvez eu não lhe culpe por isso.

Ela se virou de volta para frente, olhou para o sinal e acelerou com o carro o fazendo sair dali rápido. Será que eu fui rude? Ela não deve se sentir mal por isso, entre nós isso não era para ser uma novidade ou surpresa, porém, por quê que eu estou me importando agora ? Merda, tenho que chegar em casa.

O tempo no carro parecia não passar, sinceramente? Aquilo parecia uma tortura para meu corpo, eu queria estar longe dela o mais rápido que eu conseguisse e não estava acontecendo. Mas ainda sim insisti em a ver dirigindo, seu rosto estava apagado e sua expressão era vazia, desde quando ela é alguém tão vazio? Talvez desde sempre e eu apenas parei para ver isso agora.

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