°I ᴄᴀɴ ʙᴇ ʏᴏᴜʀ sᴀᴠɪᴏʀ°

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[...]
"Me enche de confiança
Para dizer o que está
no meu peito.
Derrama minhas palavras e me
derruba até que não haja mais nada.
Mas se eu tropeçar ? E se eu cair?
Então eu serei o monstro?"
[...]

P.o.v Carolyna Borges

O que passou na minha cabeça?

A noite em que Priscila e eu tivemos uma interação estranha me deixou com a mente a mil, já tinha se passado duas semanas e não estavamos agindo com diferença, apenas estávamos sendo mais civilizadas e educadas do que de costume, nada parecia estar certo na minha mente mas eu tenho plena certeza de tudo que fiz, disse e ouvi naquele noite, e ainda sim minha mente me diz para ter muito cuidado.

Que merda, eu terei que realmente dar uma chance a ruiva, talvez eu possa fingir, não sei.

- Vamos comer ? Já está tarde e não jantamos ainda, o plantão de hoje está exaustivo.

Hoje o plantão nosso era a noite, entramos as seis e só vamos embora às sete da manhã do dia seguinte. Estava eu e a Kau indo para comermos algo e então eu vi as irmãs Caliari discutindo.

- Eu estou pouco me fudendo para o que os pais deles querem, ele irá morrer Caroline! - Priscila esbravejava com a menor, a Doutora tinha sua mãos massageando o canto da sua cabeça, demonstrando sua irritação com Priscila. - Eu vou fazer aquela cirurgia nem que seja para ganhar um processo de merda.

A mais alta gritou e pisou firme dando iniciativa de sair do corredor mas sua irmã a puxa pelo braço com uma grande força, fazendo a ruiva encará-la.

Aquilo vai dar um grande problema.

- Entenda bem Caliari! - A mais baixa solta o braço de Priscila e aponta o dedo no rosto da mesma. - Você não manda aqui! Você não tem o direito e nem autorização de ninguém, nem de seus superiores para realizar uma cirurgia como aquela, me ouviu bem ?!

Priscila parecia soltar chamas pelos ouvidos e nariz, não estava aceitando bem as ordens da irmã e pelo visto odiou a forma que a mesma falou consigo. Mas para quem não conhece a Caliari mais nova, não sabe como que aquilo foi necessário para que ela não faça nada que vá se arrepender futuramente. A mesma nada disse e ficou encarando a irmã de forma mortal.

- Você está fora do caso Dra. Caliari, arrumarem outra interna para acompanhamento o Theo.

Aquilo foi o suficiente para Priscila dar um sorriso de fúria e sair dali, a maior veio pisando forte em minha direção e passou por mim com ódio em seu semblante junto de seus olhos cobertos por água.

- Isso foi intenso... - Kauana fala descrente da briga que acabou de ver.

Eu sabia que algo naquele caso abalou a ruiva sentimentalmente, algo que todos nos somos pedidos para não fazer qua do temos um caso complicado com poucas chances de sucesso na cirurgia ou a possibilidade dela. Olhei para a irmã da Caliari e vi a mesma vindo até nossa direção me fazendo suspirar com aquilo.

- Borges, você está agora com o Caso do menino Theo. Ele está com um possível tumor no estômago e estamos analisando uma forma de evitar cirurgia porque os pais não estão de acordo - Meu choque foi grande, Caroline estava me dando um caso que eu não era muito minha praia e pior, o caso era da Caliari babaca. Céus isso vai dar briga. - Agora, pegue a fixa dele com a Priscila e depois veja soluções boas para o garoto. Depois nos falamos.

A mulher saiu sem esperar nenhuma resposta da minha parte. Me virei para Kauana que apenas levantou as mãos para o alto e seguiu o caminho junto de mim até o refeitório. Comemos alguns lanches e salada com o tempo que ainda restava para nós, assim que saímos dali vi Priscila entrando na salinha de descanso.

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