Gentleman (Taiju Shiba)

XXIX - Bem vindo

🔴Avisos
🔴Palavras de baixo calão, xingamentos
🔴 Agressão física
🔴 Estrangulamento
🔴Sangue
🔴 Não revisado

Ainda tá leve...
Boa leitura 🌷

Armas com silenciadores, balaclavas, dispositivo para alarmes. Ao abrir o portão os seis homens – disponibilizados pela Bonten – adentraram na residência de Hiro Hitoshi. Contando com Taiju, são sete.

A operação de resgate durou cerca de vinte minutos. Entretanto, para o Shiba parecia ter durado muito mais tempo. Eles invadiram a casa, sem ter nenhuma intervenção dos vigias do condomínio, eles foram comprados, por isso fizeram vista grossa. Quanto aos seguranças contratados por Hiro, bem, homens comuns não deveriam interagir com integrantes de  gangues, embora fossem treinados provavelmente não tinham a experiência de combate que Taiju tinha na época de gangue, tão pouco a capacidade para matar como os homens enviados por Kokonoi.

Após entrarem tudo aconteceu muito rápido. Mas ao mesmo tempo em câmera lenta aos olhos do ex-líder da Black Dragons. A adrenalina de invadir aquela casa bem vigiada manteve cada célula do Shiba ativa, desde a invasão, a curta troca de tiros, foi tudo muito rápido do lado de fora, porém, dentro da casa a busca para encontrar Nome e sua mãe estava ocorrendo tão lenta. Elas não estavam nos quartos do andar superior, muito menos nas salas abaixo. Taiju estranhou a ausência de pessoas dentro da casa, nem mesmo a governanta se encontrava lá dentro, tudo tão silencioso e mórbido que o fez suar frio acreditando que poderiam ter retirado elas da casa antes deles chegarem.

Não existia Sótão, só restava procurar pelo porão, se é que existia.

Ele sentiu um vazio crescer a cada segundo que passava e não lhe encontravam em canto nenhum.

Os homens começaram a procurar por passagens no chão, em cada cômodo. Uma busca minuciosa, eles estavam acostumados com certas situações, fosse para esconder armas ou pessoas, eles conheciam o famoso “quarto seguro”. Não era tão complicado.

— Encontrei! — Um deles gritou na cozinha.

Para Taiju foi um alívio ouvir isso. O de cabelos azuis correu para o local onde haviam localizado um possível porão.

Antes de chegar ouviu alguns disparos, o coração do Shiba acelerou bem como seus passos. Em um instante ele se encontrava na escada, como algo instintivo, sequer checou se era seguro, apenas desceu para lhe encontrar. Por um momento assustador Taiju acreditou que era Nome, seu coração quase parou ao lhe imaginar sendo alvo de algum dos tiros.

— SOLTA! — a mulher loira se debatia sendo presa contra o chão. Um dos homens disponibilizados pela Bonten havia levado um tiro, de raspão, mas aparentava sangrar. O homem não demonstrava desespero, parecia tão acostumados, estava calmo, no máximo uma careta pelo incomodo ou franzir de sobrancelha, não dava para dizer ao certo por causa da balaclava.

O fato era que Nome não levou o tiro. Taiju sentiu o alívio por isso, ao menos não estaria correndo risco de vida...

Entretanto, ao acender a luz – o local ainda permanecia um  no escuro – ele se deparou com a sua imagem que lhe deu um embrulho no estômago. Uma sensação de estar sendo destruído por dentro, medo lhe corroía por inteiro. Os roxos, marcas visíveis demais grandes hematomas, Taiju ficou pálido ignorou a governanta imobilizada e até mesmo sua mãe que mais parecia um móvel paralisada com toda a ação.

— Nome! — chamou desesperado, parecia inconsciente, um pouco fria, até mesmo sua pulsação estava fraca. Embora estivesse respirando, parecia mais morta do que viva.