XXVII - Monstro

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🔴 AVISOS
🔴Agressão física (tortura?), violência doméstica
🔴Palavras de baixo calão, xingamentos
🔴 Não revisado

Feliz Ano Novo


— Porra! — Hiro a empurrou assim que adentraram na casa dele. Nome cambaleou devido a força exercida contra sua costa — EU TE MANDEI FAZER APENAS UMA COISA! APENAS UMA ÚNICA MERDA! SERÁ QUE VOCÊ É TÃO INÚTIL QUE NÃO CONSEGUE SEQUER OBEDECER UMA REGRA SIMPLES?! — ele gritava pelos quatros campos. — TÃO ESTÚPIDA QUANTO O SEU AMANTE DE MERDA!

Emília ouviu a chegada de vocês, a mestiça veio correndo para receber seu dono, afinal, é assim que o Hitoshi a vê, bem como vê tudo o que toca.

— Hiro-sama–

— CALA BOCA EMÍLIA! NÃO QUERO OUVIR NENHUMA PALAVRA SUA HOJE. — até mesmo com a sua preciosa irmã e amante ele estava gritando, sendo tão alto o grau de sua raiva — VAI PARA O SEU QUARTO E SE TRANQUE. — ordenou furioso os olhos se assemelhando a de um animal infectado por raiva.

A governanta olhou para Hiro, depois para Nome, a mulher parecia estar paralisada, era evidente seu estado perturbado, ela estava entrando em uma crise.

— Mas... — Emília tentou protestar. Porém...

— SAI PORRA!

Encolhendo-se diante da fúria de Hiro a mulher saiu apressada. Poucas vezes o viu daquele jeito transtornado. Na verdade, somente quando foram obrigados a se separar, com ódio ele havia quebrado tudo e quase matou um dos empregados da casa na época.

— E você, — ele caminhou até a esposa, puxou seu cabelo com aspereza, machucando e fazendo couro cabeludo arder, alguns fios saíram no processo causando um leve sangramento ali. — que puta você é! Não tem vergonha na cara de ficar se esfregando com seu amante naquele banheiro imundo. — as palavras dele saíam carregadas de raiva, além de soltar gotículas nojentas de saliva enquanto falava.

Nome desesperada segurou o pulso do Hitoshi, seus olhos ardendo e o peito dolorido por uma pressão assustadora causada pelas batidas aceleradas do seu coração. O ar era insuficiente.

Me... solta... — choramingou num fio de voz empurrando a mão agressora. — tá doendo...

— Soltar? — ele sorriu aproximando o rosto do seu — Está doendo? Hahaha vou fazer ficar pior vadia.

O homem lhe jogou com força desmedida contra uma mesinha de vidro no centro da sala. A mesa quebrou lhe machucando.

AI!... NÃO, NÃO... NÃO PARA... POR FAVOR... Nome gritou desesperada sentindo uma forte dor em seu quadril. Se arrastou para sair de cima dos cacos de vidro. Nesse ato alguns mais adentraram sua pele furando como muitas agulhas. Enquanto ela choramingava e tentava escapar, Hiro lentamente retirava o blazer do terno e arregaçava a manga branca da camisa até o cotovelo. Seu vestido verde já se encontrava manchado de sangue e ele apreciava a cena com muito prazer. — Socorro... Alguém...

— Ninguém vai vir te ajudar, querida. — Hiro sorriu caminhando até você. — Desista.

NÃO. NÃO CHEGA PERTO. SAI. SEU MONSTRO. — ela gritava desesperada. Mas de fato ninguém viria lhe ajudar. Ninguém mesmo. Emília estava em seu quarto tampando os ouvidos e ignorando seus gritos, os homens lá fora eram pagos para não permitir a entrada de ninguém, não para impedir as ações de seu marido.

— Monstro? Você nunca viu um monstro, meu bem. — sorriu sádico.

No desespero, você pegou um vaso mediano próximo ao sofá, era bonito de cerâmica mediterrânea, muito caro. Jogou em Hiro com toda a sua força, procurando mantê-lo longe, o vaso sequer o acertou e ainda por cima espatifou próximo a ele.

Gentleman (Taiju Shiba)Onde histórias criam vida. Descubra agora