Sinopse: Não sendo capaz de se aproximar de seu grande amor, Win Erokami só viu como alternativa a de vestir uma máscara, fingindo ser gay. Ele acreditava que seria capaz de finalmente estar do lado da pessoa que ele tanto amava em segredo. Depois d...
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Capítulo 100% Hot! Leia se estiver pronto.
Antes de continuar a falar sobre o dia mais sortudo da minha vida, eu precisava lembrar do tempo em que eu não tinha amigos. Quando era apenas eu, as vozes distantes do meu avô, e minhas irmãs me incomodando todo dia.
Lembro-me do dia em que não comi nada, absolutamente nada, pois ainda estava preso em minha caixa de solidão. Não me permitia sair, muito menos que alguém entrasse. Eu estava depressivo, e sentia que seria para sempre. E nesse dia eu apenas olhava para o teto, do mesmo quarto em que futuramente teria diversos momentos prazerosos. Nesse quarto eu não tinha a necessidade de trancar a porta, pois a minha caixa pessoal já estava com cadeado.
― Win Erokami! Vamos sair dessa cama agora! ― gritou Ísis Erokami, que era a minha irmã loira, de lábios sedutores e de olhos hipnotizantes. Ela era com certeza a mulher mais linda que já nasceu na família Erokami ― Você não comeu nada de manhã, e já é de tarde!
― Não vou permitir que morra de fome. Eu trouxe a sua comida... ― disse Elisangela Erokami, a minha outra irmã mais velha. Essa era menor que Ísis um pouco. Suas coxas grossas e seus lábios carnudos convidativos, essas eram as suas armas para encantar os homens de Paris, e ela sempre conseguia o que queria. Ela esteve malhando bastante para transformar sua gordura em armas convenientes para o seu charme ― Se disser não, eu irei bater em você!
― Calma Elisangela, ele não está bem... ― comentou Ísis, enquanto caminhava em direção a minha cama. Eu permanecia deitado, olhando para o teto, apenas focado em não fazer nada. Não tinha mais objetivos. Eles morreram quando a minha mãe partiu.
― Se pegar leve, ele vai continuar assim, igual ontem, antes de ontem, antes de antes de ontem e por mais dias consecutivos. Só comeu algo, pois estava quase enlouquecendo de fome, e ainda foi com a ajuda de um estranho na rua... ― disse rapidamente, enquanto colocava a bandeja em cima da minha cama. Era com certeza uma comida deliciosa, que me faria ter bastante energia, mas eu não queria ― Estou cansada disso!
― Elisangela... Não chora ― Ísis tentava confortar sua irmã, enquanto a sentava ao lado dela na cama. Eu não sentia culpa, não sentia nada. Só queria conseguir desaparecer, sem que minha loucura por sobrevivência me atrapalhasse.
― Ficarei sozinho... É em vão ― disse, enquanto piscava para o teto.
― Sua mãe não queria isso! Você não teve culpa se coisas acabaram desse jeito... ― choramingou Elisangela, enquanto tentava limpar suas lágrimas. Ísis a abraçava de lado.
― Se eu tivesse sido um bom filho, não teria falhado em salvá-la. Se eu tivesse trabalhado, teria ajudado com as contas de casa e com a comida. Ela não teria morrido de câncer de intestino... ― engoli em seco, enquanto colocava a minha mão direita sobre minha testa. Estava quase chorando, enquanto mordia os meus lábios em arrependimento ― Se eu tivesse tido conhecimento suficiente em nutrição, teria ajudado ela a evitar certos alimentos. Ela teria sido salva. Eu sou um fracasso...
