Capítulo 41 - A Minha Família.

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Depois que despertei, fui para o meu quarto

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Depois que despertei, fui para o meu quarto. Eu precisava tomar um banho urgente, e agora me encontrava de baixo do chuveiro. Eu já havia chorado bastante, as lágrimas eram facilmente camufladas pela água que descia intensamente pela minha pele. Não conseguia esquecer, e eu queria sentir essa dor para que servisse de punição pelo deslize que eu cometi. Eu não fui capaz de protegê-lo, de evitar as consequências de seu vício sendo alimentado novamente. Precisava sentir a dor em meu coração, para jamais esquecer sobre o dia que eu coloquei tudo a perder.

― Eu perdi o meu velho... A minha família... O que eu farei agora? ― meus sussurros não alcançavam ninguém, mas eu queria que fossem capazes. Sentia a necessidade de sofrer, de chorar, de lamentar, de odiar a mim mesmo, de ficar sozinho. Tudo isso em minha mente ao mesmo tempo, enquanto segurava a toalha branca com as minhas duas mãos, pensando se eu deveria sair do banheiro, ou ficar mais um pouco.

― Não tem como voltar atrás. Não dá para corrigir... Eu sou um inútil mesmo, no fim das contas eu não passo de um homem sem vergonha e que acha que pode resolver tudo ― eu esmurrei a parede do banheiro com a minha mão direita, enquanto mordia os lábios em nervosismo total. Meu rosto trêmulo sofria muito, e não demorou para que voltasse a dor de cabeça infernal. A minha alma estava fraca, embora o meu corpo físico estivesse totalmente saudável ― Ahhhhhhhhhh!!!

Meu grito deve ter sido escutado pelo lado de fora do quarto, foi muito alto. Se elas ouviram ou não, não me importava. A minha dor era essa, não ia segurar em meu interior.

Depois de alguns minutos, já estando totalmente seco, deixei o banheiro e vesti um simples calção moletom de cor verde escuro, que tinha um cordão branco ajustável na frente. Fiquei sem camisa, e deitado em minha grande cama, olhando para a parede escura do meu quarto escuro.

― Estou voltando a ter aquele olhar... Eu sei, mesmo sem me olhar no espelho. Não posso perder minhas forças! ― fiquei sentado na cama, me levantando de uma vez. Bati contra o meu rosto com as minhas duas mãos e balancei a cabeça de um lado para o outro, procurando voltar para a realidade ― Se eu cair, eu irei congelar novamente. Não posso preocupar as minhas companheiras.

― Win!! ― gritou Daneiva pelo lado de fora do quarto. Ela bateu algumas vezes contra a porta, mas eu não sabia o que deveria fazer.

― Daneiva? Eu deveria permitir a entrada dela?... Droga, eu não sei se estou bem o suficiente para encarar um diálogo com uma delas ― me questionei, enquanto olhava para a porta. Baguncei os cabelos em agonia e tomei a minha decisão em seguida. Fui em direção a porta, não podia ignorá-la. Não queria fazer o mesmo que fiz com as minhas irmãs.

― Oi... ― minha voz era baixa e um pouco fraca. Ela notou a minha falta de entusiasmo e pediu para entrar. Ela estava com um olhar de preocupação notável, não tinha sorriso em seu rosto. Acredito que todas já saibam sobre a morte do meu avô, pois Aisha Kumari trabalhava inicialmente para ele, e foi a primeira pessoa a me receber em casa.

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