ᴀᴘᴏᴄᴀʟʏᴘsᴇ|ɢᴏᴊᴏ sᴀᴛᴏʀᴜ

𝕿𝖜𝖔

Tw: Luto.
Tema: leve angústia e comédia
Boa leitura a todos :)
------------------------------------------------------------
Pov [Nome]

Desde mais cedo, quando comi o yakisoba não consigo mais sair da solidão, minhas dores estão muito mais frequentes e sinto como se não pudesse mais nem tocar em um mero hashi. Sei que minha mãe não gostaria que pensasse assim, mas não sei se aguentarei por tanto tempo. Faz alguns meses desde essa doença infeliz e já me sinto tão debilitado, comecei a emagrecer drasticamente e meu cabelo ainda cai mais, isso está me matando. Meu dia estava tão ruim, e só poderia piorar com o som, insuportável, da campainha.

Minhas roupas não estão das mais agradáveis, estava com um moletom surrado e uma calça muito larga, tudo bem que tudo estava ficando muito largo em mim, já estava emagrecendo involuntariamente e esse é só mais um dos sintomas sentidos pelo câncer. Minha autoestima está ficando muito baixa, meus cabelos caem, estou emagrecendo drasticamente e minha pele está ficando muito pálida, estou horrível. Voltando ao som da campainha fui atender a pessoa que estava tocando a campainha tão desesperadamente.

- Sim? - quando ele olha pra mim sinto ele se assustar e percebo um rubor em sua pele, leve mas ainda sim um rubor. Ouço ele sussurrar alguma coisa, mas que não é da minha conta.

- Então garoto, você conhece um vizinho alto, bem alto, com cabelos quase sempre presos e com cara de mal- Ele estava tentando zoar com a minha cara?

- Ah, não, acho que não. Eu nunca vi ninguém assim aqui - Se bem que a minha opinião não conta, quase nunca saio do meu apartamento.

- Então eu acho que é uma ótima chance de você conhecer agora, não? Se você quiser eu te levo pro apartamento dele e podemos bater um bom papo! - Esse cara é idiota ou o quê? Quem leva desconhecidos para o próprio apartamento ou o do colega, que seja.

- Uh, não obrigado. Eu prefiro ficar no meu apartamento, mas obrigado pelo convite. - Falo quase como um susurro, enfiando minhas mãos dentro do moletom que o esquentava do frio que fazia na cidade Tóquio, o inverno é cruel.

- Mas sabe, conhecer nova gente, fazer amizades com os vizinhos também é muito legal. - Como pode alguém ser tão animado? Bem, pela cara dele, ele não vai sair daqui até eu desistir, ainda bem que eu nunca fui alguém de desistir fácil. Por isso, fechei a porta na cara dele e tranquei ela.

Fui para o meu quarto e deitei na cama, eu fazia isso todos os dias, isso é tão repetitivo. Mas hoje tive um pensamento diferente, desde a morte da minha mãe estou sozinho, não tenho ninguém e quando finalmente alguém quer falar comigo eu fecho as portas pro mundo? Sei que é arriscado ir pra casa de alguém que você não conhece, mas já vivo nos riscos a muito tempo, preciso experimentar algo novo.

Se já passei má impressão ao albino, não posso fazer feio ao amigo dele, minha pele está tão pálida e horrível, preciso consertar isso. Minha mãe antes de partir deixou uma paleta de maquiagem, peguei algumas delas e desacreditado, fiz uma maquiagem que escondeu a palidez e trouxe vida ao meu rosto, estou pronto.

Tive sorte, o albino ainda estava lá. Conversei com ele e ele me levou, animadamente, até seu amigo e meu vizinho.

Pov Gojo

Yes! Ele aceitou, agora estamos andando de um lado e pro outro no prédio que é particularmente gigante atrás do andar 18, inferno de elevador que quebrou. Mas eu senti que ele estava realmente cansado, e eu preciso ter uma boa impressão, então só me abaixei e inclinei minhas costas

- sobe. - Eu falo e sinto ele ficar confuso, fofo.

Uma coisa que eu percebi é que ele era muito leve, muito leve. Mas tudo bem, assim seguimos, ainda faltava dez andares e eu estava bem carregando ele. Finalmente chegamos e eu toquei a campainha de novo, já falei que amo esse som?

- Gojo! - Ele grita, ah como amo ver Suguru irritado. - ué, quem é o moleque que tá atrás de você? - nesse momento eu coloco ele no chão.

- O nosso mais novo migo! Missão cumprida. - Geto me olha surpreso, aposto que ele pensou que eu não conseguiria.

O bonitinho mais novo me olha como se eu fosse um sem noção, coisa que eu já estou acreditando, mas quem liga? Quando vejo Suguru já está se apresentando ao nosso novo amigo.

- Geto Suguru. Você é? - Agora é a hora da verdade, o nome do bonitinho pálido.

- [Nome], [Nome] Ishida. - Bem que combina mesmo, o nome e o dono são realmente lindos.

- Sabe, eu sempre vejo você sozinho, então pensei em colocar o mais sem noção amigo para fazer nós conversarmos. - Geto fala de mim e me sinto orgulhoso, orgulhoso até perceber que eu era o sem noção!

- Ei! Sem noção mas um sem noção bonito. - Me acho na frente do menino mais novo. - Já que Geto não ofereceu, eu ofereço. Quer entrar? - Falo olhando pra Geto como se fosse uma competição.

- É, pode ser. - Ele é bem desanimadinho, mas ele tem eu! O famoso Gojo Satoru que irá fazer seus dias felizes. Sei que estou pegando intimidade muito rápido, afinal nem conheço o garoto, mas faz parte. A vida é só uma.

posso falar que passamos um bom tempo conversando, quer dizer, eu e Suguru. [Nome] é tão calado, me sinto mal por ele, não foi dessa vez que fiz uma nova amizade. Com esses acontecimentos eu penso, o que será que aconteceu com a vida dele? Pra ser tão quetinho, calado mas principalmente frio ou talvez possa ser só o jeito dele, né? De qualquer forma, parece meio estranho se aproximar dele conhecendo ele a muito pouco tempo, mas eu tenho que ajudar ele, sinto que tem algo errado.

Acabou que [Nome] foi pra seu apartamento em trinta minutos de conversa, eu e Geto se aproveitamos disso e fomos jogar um jogo qualquer de videogame. Mas senti um estrondo muito forte do lado de fora e não pude deixar de ficar preocupado, saí correndo do lado de fora e só vi [Nome] desmaiado nas escadas.
------------------------------------------------------------
Notas

Oi! Mil perdões por ter atrasado tanto! Mas saí de casa hoje e só consegui voltar esse horário. Outra coisa, amanhã irei viajar, então talvez entre em hiatus, mas para isso não acontecer irei deixar os capítulos prontos, de qualquer forma não prometo nada. Até amanhã! :)

1061 palavras.