Capítulo 30

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Era dia 2 de outubro quando cheguei ao meu destino.

Estocolmo era uma cidade que eu nunca tinha visitado antes, então tudo ali era novo para mim. Eu precisava cumprir o meu objetivo até o dia 4 no máximo, porque no início do dia 5 eu precisava estar no Qatar.

Eu tinha plena consciência de que a parada na Suécia iria fazer com que a minha viagem se tornasse muito mais cansativa do que precisava ser, mas eu precisava estar ali antes de ir para Lusail simplesmente porque eu tinha prometido para mim mesmo.

Reservei um carro na concessionária da Mercedes de Estocolmo antes mesmo de sair do Japão, porque a minha intenção era encontrar com Emma o quanto antes, já que a ida até lá era uma surpresa.

Entrei em contato com Even antes de alugar o carro e me certifiquei de que Emma não iria atentar contra a minha vida caso me visse, só por precaução. E de quebra Even disse que eu poderia ficar hospedado na casa deles.

Dirigi para longe do Aeroporto de Estocolmo-Arlanda e segui o gps que indicava o trajeto de cerca de trinta minutos até Solna, região de Estocolmo onde ficava o Instituto Karolinska e mais algumas universidades.
Foram quarenta e um quilômetros até chegar ao meu objetivo, e eu fiquei realmente surpreso quando cheguei lá.

Era um complexo enorme, com lindos prédios, alguns mais antigos, outros mais novos, mas com certeza eram todos lindos. Os mapas eram em inglês, mas as placas eram só no idioma oficial, o sueco.
Fiquei um pouco confuso com as palavras no início, até eu me acostumar, e depois comecei a associar algumas delas, então eu segui mais uma vez o mapa e busquei o diretório do instituto, onde encontrei um professor que falava inglês, assim como os outros.

Pedi por Emma e dei todas as informações que Even tinha me passado e que poderiam ser uteis para encontrá-la, e realmente foi bem rápido até acontecer.

– Quando chegar até os laboratórios alguém vai te indicar o caminho, se não, é só seguir as placas em cima das portas. Emma trabalha no laboratório 4, e você vai precisar que ela te autorize a entrar..., mas se vocês se conhecem... – O professor sorriu e estendeu a mão para outro cumprimento.

– Obrigada professor! Ótimo trabalho para o senhor. – Sorri depois de desfazer o aperto de mão e me afastei dele, então deixei o prédio do diretório e voltei para o estacionamento para pegar o carro novamente e seguir pelas ruas do instituto até o prédio dos laboratórios que ficava longe de onde eu estava, conforme as instruções que o professor havia dado.

Segui as ruas com a velocidade baixa e ocupei uma vaga de frente para o prédio antes de subir as escadas que davam acesso para o hall de entrada, onde eu vi mais placas que indicavam corredores, elevadores e escadas.

Chamei um dos elevadores e esperei até que ele chegasse, e em seguida entrei ali ao lado de uma senhora, que provavelmente era professora, ou qualquer coisa do tipo. Apertei o botão para o quinto andar e esperei em silêncio até que as portas se abriram e eu alcancei um novo corredor.

­– Um a nove para a esquerda, dez a vinte para a direita. Ok, esquerda então. – Falei a mim mesmo quando li as placas penduradas no teto de frente para o elevador.

Andei até a porta do laboratório de número 4 e vi pelo vidro um rapaz ocupando uma bancada em uma sala pequena, então bati na porta e esperei para ser atendido.

O rapaz me viu pelo vidro e abriu a porta com uma expressão confusa, e eu o imitei antes de sorrir. Olhei para o crachá e li o nome de Peter escrito.

– Olá, Peter. – Sorri novamente. – A doutora Hagen está? Eu gostaria de falar com ela...

– Olá – continuava me olhando curioso. – Ela está ocupada, não pode parar o que está fazendo...

Future Days parte 2 | Lewis Hamilton Onde histórias criam vida. Descubra agora