Capítulo 37

189 18 96
                                    

Eu estava de volta a Estocolmo há algumas semanas. A pesquisa foi devolvida de Oslo antes do previsto, então era a primeira semana de novembro e eu já estava no instituto, em cima de diversos neurônios mais uma vez.

Meu aniversário tinha passado e eu comemorei em casa com meus pais e irmãos. Nada além daquilo.
Lewis correu no Brasil naquele mesmo final de semana, e Deus sabe quanto eu queria estar lá com ele. Infelizmente o resultado do GP não foi o melhor para o meu namorado e meu amigo, mas eu estava feliz em vê-los correr lá.

Recebi as felicitações de aniversário enviadas por George, por Max, Lando e até mesmo por Charles. Lewis fez um post no Instagram e fez uma chamada de vídeo comigo, que me fez sorrir o tempo todo.

Fui para o laboratório na segunda-feira e passei o dia todo sozinha em minha mesa, alimentando neurônios e fazendo anotações sobre o desenvolvimento feito na Noruega.
Passava das 7 da noite quando Peter abriu a porta do laboratório e se despediu de mim com um sorriso.

Cocei os olhos e bocejei. Eu estava cansada e queria que a pesquisa finalmente acabasse, mas infelizmente nem tudo eram flores. Esfreguei os olhos mais uma vez e abri meu email no notebook que estava em cima da bancada de trabalho.

Corri os olhos por alguns e-mails insignificantes, como cupons de desconto da Sephora, anúncio de novos produtos na Dior e...

"De: Universidade de Cambridge
Assunto: Recolhimento de trabalho de pesquisa.

Olá dra. Emma C. H.
Comunicamos que iniciamos o recolhimento das pesquisas inscritas por nossos candidatos para o preenchimento da vaga para o corpo docente de professores e mestres em medicina. Aguardamos o arquivo do seu trabalho para que seja feita a análise. Se aprovado, voltaremos a entrar em contato para a entrevista presencial.

Att: Dra. Joanne Ripley, diretora do corpo docente de medicina."

– Beleza Emma, respira. – Fechei os olhos e respirei fundo. Eu sabia que aquele e-mail chegaria, eu estava há dias esperando por ele, mas logico que eu fiquei nervosa.

Fechei o notebook e o coloquei na mochila. Eu enviaria o arquivo assim que colocasse meus pés frios em casa. O ponto ali era enviar os dados da pesquisa, sobre o que ela se tratava e qual era minha função, e tudo já estava pronto.

Eram 07:40 quando eu decidi que era hora de ir embora, antes que eu acabasse dormindo ali. Andei pelo estacionamento ao lado do prédio dos laboratórios e apertei o longo sobretudo de couro preto contra o corpo para me proteger do frio. Errei os calçados quando coloquei um par de tênis nos pés, o que me fez correr até o carro enquanto eu fugia da leve chuva que começava a cair.

Liguei o ar-condicionado e o aquecedor de bancos do carro de Oliver e esperei o calor aquecer meus pés e meu corpo antes de sair dali. Esfreguei os joelhos e tirei o celular do bolso do casaco enquanto pensava em Lewis. Procurei o contado dele no Whatsapp que agora tinha um emoji de mãos que formavam um coração e escrevi uma mensagem curta.

"Olá, piloto! Chegou bem a Londres?
Estou com muita saudade.
Amo você
!"

Enviei a mensagem e em seguida meu celular vibrou e o contato de Oliver apareceu na tela, o que me fez deslizar o dedo e aceitar a chamada.

– Oi minha pequena! Como vai? – Ele tinha o tradicional sorriso na voz. – Ainda no laboratório?!

– Oi papai! Estou bem. Estou no estacionamento esperando meus pés descongelarem. Errei completamente a roupa hoje.

– Estou saindo agora do escritório e pensei em pedir algo para o jantar..., o que você quer, meu amor?

– Inventa alguma coisa, papai. Eu não consigo pensar em nada além de um pedaço de bolo...

Future Days parte 2 | Lewis Hamilton Onde histórias criam vida. Descubra agora