Capítulo 40

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Acordei cedo na segunda-feira e a primeira coisa que fiz foi abraçar Lewis e andar até a janela do quarto. Surpreendentemente, a neve esbranquiçava a paisagem da cidade, e eu duvidei do que estava vendo. Peguei o celular na cabeceira da cama e olhei a previsão do tempo, que indicava que a neve caia em Londres e em boa parte do restante do Reino Unido, e provavelmente no resto da Europa, sem previsão alguma de parar.

Onze de dezembro e nevava em Londres.

– Bom dia – a voz sonolenta sussurrou em meu ouvido enquanto apertava meu quadril contra o dele pelas costas. – Você está ansiosa, e isso não é bom.

– Bom dia – respondi antes de morder o lábio inferior e fechar os olhos na esperança de me acalmar um pouco. – Eu estou perto de um surto, Lew.

Ele segurou minha mão e andou de volta comigo para a cama, onde me abraçou e começou uma massagem em meus ombros que ajudou a diminuir a tensão. Recebi outro abraço e senti o estômago doer quando pensei na entrevista em Cambridge que aconteceria à tarde.

– O que acha de ir se arrumar? Depois vamos almoçar juntos e eu levo você até Cambridge – ele sorriu empolgado, e eu correspondi com um sorriso igual ao dele.

– Perfeito! Vou pensar em algo para vestir... – Encarei o closet e pensei um pouco, enquanto ouvia ele entrar no chuveiro.

Separei uma calça clara de alfaiataria, um suéter azul escuro com listras brancas e um casaco preto longo. Coloquei um cachecol caramelo no pescoço e um par de tênis brancos. Achei o suficiente. Não era sério demais, nem mesmo muito descontraído.

Encarei as peças de roupa mais uma vez e decidi que aquilo era suficiente, então peguei a toalha e fui para o chuveiro com Lewis.

A manhã se arrastou mais do que qualquer coisa, mas finalmente, depois de um almoço malsucedido de minha parte, onde eu praticamente não encostei na comida, nós estávamos indo para Cambridge.

Lewis queria me levar, mas eu preferi dirigir no lugar dele porque achei que ajudaria com a ansiedade.

A uma hora e trinta de viagem foi feita em uma hora e dez, e mesmo assim pareceu ter durado cinco, e quando finalmente chegamos eu estacionei o carro no lado de fora e encarei o prédio antes de sair do lugar para pegar minha mochila e a bolsa.

– Vejo você logo! – Me inclinei para um beijo e ele correspondeu, segurando a minha mão e saindo do carro.

– Boa sorte, e independentemente do resultado..., você é brilhante e eu acredito em você, princesa.

– Amo você.

– Eu amo você. – Outro beijo e então eu me virei para encarar o prédio e tomei coragem para subir as escadas para dentro.

Andei pelo corredor da universidade em direção ao auditório que haviam me indicado e tentei ignorar o nervosismo mais uma vez.

Pensei em meus pais, que estavam em Estocolmo organizando a mudança para Londres quando parei em frente a porta do auditório. Respirei fundo e girei a maçaneta das portas duplas e me deparei com o visual bonito do ambiente.

A grande sala tinha o formato de anfiteatro, toda feita de madeira e cores claras, que deixavam tudo muito confortável. Havia um palco lá embaixo, com um ótimo projetor e todos os equipamentos necessários para apresentações de trabalhos, aulas, projetos, pesquisas e o que mais fosse.

Engoli em seco e vi os professores e diretores da universidade, por quem eu seria avaliada e teria a resposta da vaga para o corpo docente. Respirei fundo e desci as escadas, onde eu fui recebida por Joanne Ripley, a doutora e diretora do corpo docente da universidade.

Future Days parte 2 | Lewis Hamilton Onde histórias criam vida. Descubra agora