NICO'S POV
Eu estava atrasado para me encontrar com Will Solace pela segunda vez em dois dias e isso não é o tipo de coisa que eu já me imaginei passando. Era humilhação demais até para o lado mais criativo da minha mente conceber. Mas isso era real, e sim, eu estava indo perder minha tarde livre antes de mais um dia de atividades extras para ir me inscrever nas atividades do verão antecipadamente porque o raiozinho de sol queria ser pontual em todas as malditas coisas que ele fazia. E por não saber controlar a droga dos meus "problemas de raiva" eu estava pagando o pato. É, que jeito bom de começar suas férias, Nico, parabéns.
Eu já sabia que esse verão seria estressante, mas Will Solace estava se superando, de verdade.
Muita gente achou que ontem seria pior, com nós dois sem supervisão nos banheiros outra vez, mas nossa briga pela manhã e a chance de sermos expulsos, drenou nossas energias de sequer pensar em brigar ou arrumar outra confusão. Além do mais, eu estava dolorido e irritado demais comigo mesmo para me envolver em outra dessas no mesmo dia. Quíron e senhor D. não se preocuparam com nossa obediêcia. Sabiam que tinham abalado nossas estruturas o suficiente.
Mas hoje já era outro dia, e essas energias estavam agora renovadas, e a cada passo que eu dava em direção a Casa Grande pensando na cama macia que eu deixei no Chalé 13 minhas forças se convertiam em pensar nas formas que eu poderia sufocar Will enquanto ele dormia e me livrar do corpo antes da manhã raiar. Ninguem sentiria falta mesmo...
— Atrasado outra vez, di Angelo. Você não tem um relógio, ou o que? — Nem sequer um "boa tarde" para parecer mininamente civilizado. Foi assim que Will Solace me recebeu quando o avistei parado na entrada da Casa Grande, de braços cruzados e cara fechada. Suspiro alto, me preparando para mais um tipo diversificado de tortura que ele com certeza pensou para mim, como se sua existência já não fosse tortura suficiente.
— Acredite se quiser, mas eu não fico nem um pouco ansioso de te ver, Solace. Se eu pudesse, eu definitiviamente adiaria o máximo possivel qualquer coisa que envolvesse estar com você no mesmo ambiente por mais que cinco segundos. — Declaro, assim que paro na sua frente, mas o loiro permanece impassível, me olhando de cima a baixo, como se eu fosse um enigma cofuso e irritante pra ele. Qual era a desse cara, afinal? Ele não tinha outra expressão fácil além do puro nojo e pena fingida?
— Caso sua memória seja tão curta quanto sua pontualidade, lembre-se que esse verão você não terá muita escolha enquanto a isso. — Will suspira, tão cansado com essa ideia quanto eu, e larga os braços ao redor do corpo. Indicando a entrada da Casa, a parte da secretária, com a cabeça, me olha com preguiça. Tudo naquele cara exalava uma energia de má vontade impressionante. Ele me superava nesse quesito. — Vamos logo com isso.
Me recuso a deixar ele com as rédeas dessa situação, então passo na sua frente ao mesmo tempo que ele tenta entrar, então acabamos nos esbarrando na porta, presos um no outro, enquanto nos encaramos, esperando quem cederia passagem primeiro. Como nenhum dos dois parece preparado para fazer isso, forçamos mais a passagem, até que uma voz de atrás de nós nos tira da bolha que tínhamos entrado.
— Tô sem tempo pra esperar os dois pombinhos pararem de brigar hoje, sinto muito. — É Clarisse la Rue quem fala, uma das monitoras e campistas mais antigas, e sua voz é tudo o que escutamos antes de seus braços fortes nos empurrarem porta adentro, os dois ao mesmo tempo. Então, estamos no chão, espatifados, enquanto ela passa por cima de nós evitando pisar em nossas mãos e cabeça. O que poderia ter sido o mínimo, mas vindo de Clarisse isso era muito, então devia ser valorizado sempre que acontecia.
— Clarisse! Meus deuses... — Escutamos a voz de Juníper, a secretaria do Acampamento, enquanto me levanto rapidamernte para evitar ficar em contato com Will mais do que seria necessário.
— Perdão, Juníper, mas eles me irritam as vezes. — Clarisse da de ombros como se isso fosse justificável e super compreensivo, e fala como se não estivéssemos ali. — Senhor D. já esta livre?
— Sua menininha impossivel... — Juníper suspira, mesmo que sua voz expresse um pouco de ternura e até compreensão, como se fossemos realmente irritantes. Ei? O Will com certeza, mas eu? Poxa, Juníper, esperava mais de você. — Mas sim, ele já lhe aguarda na sala dele. Pode ir.
— Obrigada, Jups. E boa sorte com esses dois! — Clarisse grita, quando está perto de virar o final do corredor em direção a sala do senhor D. e solta uma saudação para Juníper, que apenas ri e balança a cabeça para os lados, como se Clarisse a divertisse muito, o que era algo estranho de se pensar de alguém como Clarisse la Rue, mas eu não iria comentar isso.
— Essa Clarisse... Mas enfim. E vocês meninos, no que posso ajudar? — Juníper se dirige a nós, com seu sorriso simpático de sempre, e com algumas mechas do cabelo cacheado caindo pelo rosto, o que dava a ela um ar mais jovial do que sua idade verdadeira lhe permitia.
— Juju, vim me inscrever para as atividades desse ano. Você sabe que eu não perco tempo! — Will fala antes que eu tenha a chance, e resisto a tentação de franzir o cenho com o apelido. Ninguém chamava aquela mulher pelo nome naquele acampamento, ou o que? Acabou o respeito?
— Claro, Will, já imaginava. — Ela fala, e começa a digitar algo no computador a sua frente, mas sua voz volta para mim ao perguntar. — E você, Nico?
— Nós dois viemos, na verdade, nos inscrever para as atividades do ano. — Faço questão de corrigir e Juníper parece achar graça da reação de Will que foi revirar os olhos e virar a cabeça para o outro lado. Criança birrenta. — Você provovavelmente já sabe de nossa situação, onde somos obrigados a fazer tudo o que o outro fará nesse verão e ir a onde um vai, e toda aquela palhaçada.
— Tô sabendo sim. E estou bastante curiosa de saber até quando vocês vão aguentar isso sem tentar genuinamente matar um ao outro. Ansiosa, até. — Juníper comenta em meio ao risinho e ajeita os óculos de lentes redondas ao digitar no computador outra vez, antes de retornar sua atenção para nós. — E o que vocês gostariam de fazer esse ano?
— Aulas de violão.
— Aulas de bateria.
Will e eu falamos ao mesmo tempo, o que vem se tornando um hábito irritante nos últimos dias, e imediamente nos encaramos. Não havia chance disso dar certo e já começou mal.
— Ok... Mas acho que vocês precisam escolher um instrumento em comum. Enquanto pensam nisso, vou deixar aqui os dois inscritos em "Aula de música avançada", para decidirem com calma mais tarde, pode ser? — Agora, a secretaria parecia ansiosa para se afastar de nós dois, como se fossemos uma bomba prestes a explodir. — E quais seriam as outras?
— Luta livre.
— Surfe.
— Luta livre? Perdeu a noção?
— Eu não vou fazer surfe nem fudendo.
— Meus deuses... — Juníper fica nervosa, e ajeita os óculos ao olhar de um para o outro, confusa sobre quem ouvir. — Inscrevo vocês no que, então?
— Luta livre, Juníper, por favor. — Exclamo, ao passo que Will fala:
— Surfe, né Juju? — Will me encara irritado, se dando conta que isso não ia funcionar.
— Na dúvida, vou inscrever vocês nos dois. E as próximas?
Daí em diante, foi um caos.
Era pra ser uma tarefa simples, serio. Até porque so precisavamos escolher algumas atividades para praticar e orientar os campistas mais novos durante o verão, mas eu e Will eramos completamente diferentes. Ele queria fazer aula de poesia, enquanto eu apreciava passar minhas valiosas horas jogando xadrez, por motivos óbvios. Poesia dava dor de cabeça. Xadrez também mas pelo menos era uma dor de cabeça que envolvia pensar. Isso era bom.
A única atividade que entramos em consenso foi a oficina de arte nas cavernas de pintura do Oráculo de Delfos da Rachel. Fora isso, brigamos sobre tudo o que teríamos que fazer juntos esse verão, e a cada troca de xingamentos e briga, Juníper parecia a tempo de sumir na própria cadeira, digitando freneticamente, ansiosa para que fossemos embora.
No fim, acabamos escolhendo dez atividades pro verão, o que era um exagero, e quase não nos deixava com tempo livre, mas não é como se tivessemos vontade de abrir mão das nossas coisas favoritas pelo outro. E não estavamos nem um pouco com vontade de ser complacentes, e só não ficou pior porque a Juníper disse que não podíamos fazer todas as atividades existentes do acampamento em apenas um verão, então terminou assim:
Aulas de música avançada e as aulas de pintura nas cavernas, escolhemos juntos. Ai ficou quatro atividades para cada, e eu não abri mão da luta livre, muito menos Will esqueceu a ideia ridícula de fazer surfe. Ele também escolheu arco e flecha, primeiros socorros e jardinagem. Sim, eu seria obrigado a fazer jardinagem no verão, graças aquele idiota. Em contra partida, eu escolhi o adestramento de cachorros, esgrima e xadrez, porque eu me negava a ter que passar quase todas as minhas horas ao ar livre, sem proteção ou fazer algo útil. Eu ia pegar uma insolação daquele jeito.
No final, conseguimos fazer nossas grades de aulas e monitorias do verão, e como iriamos sobreviver aquelas atividades quase sem pausa de descanso não sabíamos, mas foi o melhor que a Juníper conseguiu fazer por nós sem que brigássemos mais ainda, e eu já estava começando a ficar com pena da secretaria a cada cara de susto que ela fazia quando falávamos.
— Sinceramente, ainda não acredito que meu verão será preenchido por "aulas de adestramento para cachorros" e "aulas de xadrez". Isso é inconcebivel. — Will reclama, enquanto olha para sua lista de aulas, completamente indignado. Porque pra mim isso era o paraíso né? Será que pra ele era realmente tão difícil pensar um palmo além do próprio umbigo quanto eu achava que era?
— Ah, Will, claro! Porque sempre foi o meu sonho fazer jardinagem e surfe, você adivinhou mesmo. Ainda mais na sua compainha, durante três incriveis e longos meses. Sério. — Sou o mais irônico que consigo, e isso faz o garoto revirar os olhos e cruzar os braços, com aquela expressão de nojo e superioridade que eu estava começando a desconfiar que era exclusiva para mim, depois do dialogo super sorridente e radiante que ele e Juníper tiveram.
— Talvez isso ajude você a pegar uma corzinha nessa pele pálida, Nico. Ta necessitando.
— Espero que as aulas de luta livre ajudem você a aprender a bater, solzinho. Tá necessitando. — Repito seu movimento de cruzar os braços e vejo quando sua boca treme de irritação, e ele avança um passo, me encrando furiosamente. Como era fácil provocar esse idiota. Passava verão em verão e isso não mudava. Ainda inflamável, como sempre.
— Sua cara diz o contrario. Esqueceu de ontem? — Ele estava louco para que eu avançasse nele, ali mesmo, no meio da secretaria, ao passo de que ele se aproveitaria disso para que eu fosse expulso e ele saíssem como um anjo. Mesmo que não fosse muito melhor do que um demônio sujo, com suas mentiras e trapaças. Eu nunca esqueci do que o que ele fez comigo quando entrei no camp. Nunca.
— Isso aqui? — Aponto para um curativo na sobrancelha, que eu tinha quase certeza que realmente havia sido causado por um dos socos de Will, e solto uma risada irônica. — Will, eu tenho certeza que boa parte desses machucados foi graças a queda. Você não teria forças para metade disso. Ainda é fraco. Ou já conseguiu sair da casa do papai terrível? — Golpe sujo, eu sei. Golpe sujo e muito baixo, mesmo que fosse susurrado, para que so ele ouvisse, eu também fui o único que percebi quando todo o seu corpo tremeu, convulsinando de raiva. A casa dele e o pai dele eram seu ponto fraco, por algum motivo que eu ainda não sabia direito. E mesmo que eu não fosse fã de jogos sujos como ele, não perderia uma oportunidade dele ser expulso.
Will ia explodir ali mesmo. Ele iria quebrar a minha cara no chão de madeira da secretaria da Casa Grande, me fazer sangrar e aceitar ser expulso do Acampamento para sempre, se isso significasse que ele faria eu engolir minhas últimas palavras.
Ele respira e expira uma vez, e o mundo fica em câmera lenta para mim, aguardando seus próximos movimentos. Quase consigo sentir o vento sibiliar até meu rosto quando seu punho levanta, mas não chega a me acertar, pois uma voz irrompe pelo corredor, travando Solace no caminho e salvando minha pele e rosto de outros socos.
Solto a respiração que eu nem sabia que estava prendendo e agradeço a todos os deuses e entidades possiveis que tenha mandado Rachel Elizabeth Dare ao meu salvamento naquele momento, e provavelmtne ao de Will também.
— Meninos! Que saudade! — Rachel vem em nossa direção como um raio, com seus cachos ruivos voando em todas as direções, e passa os braços ao redor dos nossos pescoços. Ficamos rígidos, ainda pensando no que quase aconteceu agora pouco, mas o susurro preocupado de nossa amiga em nossos ouvidos faz nossa posição mudar. — Acho melhor vocês me abraçarem de volta e fingirem que estavam num papo muito bom ao invés de quase se matando, pois o Quiron vai aparecer em dois minutos. — E essa é a deixa perfeita para que eu e Will coloquemos as mãos nas costas de Rachel e a abraçemos, meio desconfortáveis, mas sem muita alternativa já que realmente dava para ouvir o barulho da cadeira de rodas de Quiron virando o corredor.
— Rachel! Você tá bem? Tá fazendo o que por aqui? — Will é bem mais rápido do que eu para mudar o clima do ambiente e abre seu melhor sorriso falso, para fingir que estava tudo certo, enquanto eu ainda levo algum tempo para assimilar, mas logo levo uma cotovelada de Rachel para mudar a cara, assim que Quiron aparece na entrada da secretaria.
— Eu tô ótima. Estava numa reunião com Quiron. E vocês? — Rachel finge que não percebeu a presença de nosso diretor logo atrás dela para manter o teatrinho por mais tempo e parecer mais real. Para isso, ela faz a pergunta olhando para mim, esperando que eu responda.
— Viemos nos inscrever para as atividades do verão. Sabe como é, não podemos perder tempo. — Essa última parte é bem irônica, e olho para Will, que se controlava para não revirar os olhos ou me mandar tomar no cu em voz alta. Era difícil saber qual opção ele mais queria agora. Também tinha aquela de me dar um soco e ser expulso, então ele realmente estava dividido.
— Que cena linda! É bom que já estejam reunidos, pois temos uma noticia para dar a vocês dois, não é mesmo senhorita Dare? — Quiron exclama, se revelando e se aproximando de nós.
— Com certeza, Quiron. Acho que eles vão amar saber disso. — O sorriso de Rachel tremia mais que os olhos de Will com tique de raiva, então eu tendia a achar que não, não íriamos amar tanto assim aquela noticia. Se nem Rachel amou, e aquela garota amava tudo, das ideias mais loucas as mais simples, eu duvidava que eu e Will fossemos sequer gostar disso, o que me fazia esperar o pior.
— Espero que sim! Meninos, vejo que ja se inscreveram para as suas atividades duplas para o verão! — Quiron exclama, olhando para nossas grades extensas, em nossas mãos. Ele fala "duplas" como se fosse uma condição normal, e não uma exigência maluca e exclusiva para nós dois. — Uhul, parce que esse ano a senhorita Dare vai ter um trabalhinho a mais, não é mesmo?
— Como assim, trabalhinho a mais? — Pergunto nervoso, e de repente me lembro de algo que um dos meus amigos comentou e me deixou cucado. Ninguém iria supervisionar nossas atividades perigosas com ameaças de morte constante durante o verão? Sabíamos que não seria os professores, já que eles não teriam tempo para isso e muito menos os diretores, então só sobravam monitores e veteranos, mas quem seria louco de aceitar isso?
— A senhorita não os contou? — Quiron se volta pra Rachel, confuso, e a ruiva apens da de ombros, impotente. — Bom, de qualquer maneira, não há mais motivos para esconder isso. Garotos, a senhorita Dare será a supervisionadora de vocês durante esse verão. Ela os acompanhará nas atividades que considerarmos "perigosas", para a integridade física de ambos. — Quiron faz aspas com os dedos quando fala perigosas e acho que ele não entendeu ainda como usa elas. — E claro,
para conferir se vocês não estão tentando matar um ao outro no processo! Isso é muito importante.
— Rachel? Você aceitou esse trabalho? Quantos milhões estão te pagando? — Will questiona, dando voz aos meus pensamentos, enquanto Rachel apenas sorri, como se não fosse nada demais.
— Nada seu bobão. Eu aceitei porque gosto de vocês dois, igualmente. E porque era a única monitora corajosa o suficiente pra isso. Ninguém tem paciência pra vocês, se é que vocês me entendem. — Ela da de ombros como se pedisse desculpas, mas mesmo assim ela aceitou esse trabalho. Não era obrigação dela, e nenhum de nós pediu por isso, mas mesmo assim ela quis nos ajudar a não sermos expulsos do acampamento. Era por isso que amava aquela garota, tinha como não amá-la?
— Você é um anjo na terra, Beth. De verdade. — Sou sincera e a abraço de lado, arrancando um riso tímido da minha amiga. Ela não estava acostumada com minhas demonstrações de afeto, mas as valorizava sempre que acontecia. Funcionávamos bem como amigos, sem muitas exigências e isso para mim era mais do que suficiente.
— "Beth"? Sério? — Will franze as sobrancelhas pronto para fazer algum comentário irônico sobre o apelido que vai definitivamente me tirar do sério. Aperto o ombro de Rachel e ela se lembra que nossos ânimos estavam a flor da pele a alguns minutos, então resolve mudar o foco da nossa atenção antes que eles voltem a pipocar.
— Quiron, acho que já vou mostrar aos meninos algumas daquelas mudanças que conversamos, o que você acha? — Rachel fala e discretamente sai do meu abraço. Provavelmente apertei minha amiga um pouco demais, mas ela não parece preocupada com isso, pois sorri de maneira tranquilizante pra mim.
— Fica a vontade, senhorita Dare! Eles são seus esse ano! Boa sorte! — Quiron se despede de Rachel e acena para nos enquanto volta para sua sala.
Porque hoje as pessoas estavam desejando sorte para quem tivesse que ficar conosco? Estávamos parecendo duas bombas relógio com aviso de "prestes a explodir" colados na testa, só pode.
— Agora, você dois vão para seus chalés buscar suas coisas. — Rachel fala, empurrando nos dois delicadamente para fora da secretaria. — Depois, encontro com vocês na porta do Chalé 20, perto dos chalés dos monitores, tudo bem? 15 minutos. Tchau! — Rachel da as ordens sem esperar que respondamos e sai andando em direção a suas cavernas de pintura. Will e eu nos encaramos, confusos. Tinham desejado sorte para Rachel nesse verão, mas talvez quem fosse precisar seríamos nós.
— Ela vai colocar a gente no bolso. — Will fala, enquanto começa a caminhar em direção aos chalés. Eu adoraria deixar ele falando sozinho, mas estou indo para a mesma direção.
— Ela já colocou, caso não tenha percebido.
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last summer - solangelo
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