The Last Summer - Hinny

cap. 29

Harry Potter
🎧Enchanted - Taylor Swift

"-A gente o quê?"

O que prosseguiu essa questão nada me agrada, mas infelizmente aconteceu. Levei um soco do Ron, um sermão do Gui e um: "Meu Deus! Ginny encontrou alguém com a sanidade mental em dia!" do Carlinhos. E também fui alvo de piadas e risos de todos que eu imaginava serem meus amigos, - Hermione, Luna e Neville, a propósito, eu vou lembrar disso!

Foi difícil explicar tudo sem que eu parecesse um babaca. Tive que falar que eu estava absolutamente errado em afirmar que estávamos se "pegando", banquei um dos últimos românticos do mundo e prometi que se em algum momento ela desejasse retribuir meus sentimentos, - eu seria o melhor, o melhor de todos.

Não que não seja verdade, eu poderia me esforçar caso Ginny Weasley quisesse me dar uma chance. Porra, é -Ginny Weasley-, entende? Mas apesar disso, não sou tão extremamente desesperado quanto quis aparentar - eu acho, ao menos.

-Beleza. Eu vou engolir isso, só por enquanto, já que precisamos de um favor seu. - Ron fala, depois de deixar meu olho novamente prejudicado e chamar atenção de mais uns doze velhinhos.

-É por isso que estamos aqui, na verdade. - Gui diz, olhando para mim. - Ron falou que em algum momento você comentou sobre ter uma casa para si mesmo, não é?

Meneio a cabeça, concordando e balbuciando um "Pertencia aos meus pais".

-Certo, tudo bem. Então, também imagino que saiba que não moramos em Seattle, e Ginny terá alta amanhã, provavelmente...

-Deixo vocês ficarem lá em casa, todos! Podem usar minhas coisas, fazer o que bem desejarem, só adianto que comida congelada é a única coisa que eu tenho. - Afirmo, ansioso demais para fazer algo que tirasse a atenção do fato de que beijei a irmã deles. - Meus padrinhos moram na casa ao lado e podem fornecer tudo, absolutamente tudo.

Sirius me mataria se soubesse o quanto estou prometendo. Preciso ligar para ele e explicar tudo ao estilo batalha de rap, sendo claro e rápido ao mesmo tempo.

-Ei, você não vai ficar por lá também? Já que, bem, está falando que seus tios ou sei lá o que vão nos ajudar? - Carlinhos pergunta.

-Vão querer me matar se eu disser o que planejo fazer, mas a verdade é que vou dormir aqui. - Falo e suas expressões me avisam previamente o quanto não gostam do que digo, então decido me retratar. - Longe da Ginny, muito longe, pode até ser aqui mesmo. Só quero que entendam que eu me sinto culpado por não ter feito mais, e vou ficar por aqui porque...

-Tá, tá, a gente entende. - Gui, imagino que já sabendo a quantidade de coisas que eu digo quando estou nervoso, diz. - Está se sentindo insuficiente e quer recompensar, típico. Só vamos aceitar porque talvez convença mamãe de que não precisa ficar a noite toda sem dormir.

-Nós vamos aceitar? - Ron pergunta, ainda revoltado.

-A gente vai, com certeza. - Carlinhos bate discretamente nas costas de Ron e volta a olhar para mim. - A casa é perto daqui? Passa a localização, por favor.

Digo a ele que em breve vou passar e ligo para Sirius logo em seguida. Conto tudo em uma ligação, com detalhes não tão detalhados, e depois escrevo uma longa mensagem reafirmando todas as coisas que possivelmente pareciam uma loucura. Não me concentro em sua reação durante a chamada, mas é impossível ignorar a resposta na caixa de texto: "Ah, tudo ótimo! Bom saber que está caidinho por uma garota que tem uma família gigante e CURIOSAMENTE CAIU TAMBÉM, 'tá com um traumatismo craniano e em um hospital que fica a cinco quilômetros de distância de casa, onde você acabou de decidir que vai passar a noite - e preferiu ceder sua casa para umas oito pessoas que pertencem à família dela. Adoro essa sua vida de adolescente, cara 🥰🥰🥰🥰"