~ Adam pov
Finalmente chegamos em Florida.
_ Galera vamos parar no próximo posto_ avisou meu pai pelo rádio.
Logo avistei o posto de gasolina, todos estacionamos lá.
_ Aí que fominha!_ Carl apareceu do meu lado esfregando as têmporas_ e sono também_ concordei com a cabeça.
_ Gente, fiquei sabendo que depois de uns 2km iremos encontrar uma lanchonete, o moço aqui do posto disse que eles ainda devem estar atendendo_ meu pai comunicou todos.
_ Tudo que eu quero é dormir _ vovó falou subindo com um pouco de dificuldade em sua moto.
_ Vamos então?_ meu pai perguntou.
E assim fizemos, pegamos novamente estrada e logo chegamos no estacionamento da lanchonete.
_ Essa moto me é familiar_ Pery comentou.
_ Não é a Eva?_ Tom perguntou indo averiguar a moto.
Eu estava cansado de mais e precisando ir ao banheiro, avistei um banheiro do lado de fora da lanchonete e fui até lá.
Assim que volto, me deparo com todos do meu grupo chorando e abraçando uma garota, uma garota estranha, ela não parecia muito simpatizada com eles, de onde eles conhecem ela?
Eu estava olhando para a garota quando vi que os olhos da mesma se direcionaram para mim, me virei de costas rapidamente, eu tava com vergonha de ser pego olhando pra ela.
Não demorou muito para que um moço aparecesse chamando o nome dela, Yume, um nome bonito, igual ela...
Ela realmente era bonita, agora como ela não estava mais olhando pra mim, pude voltar olhar pra ela, ela não era baixa nem alta, tinha cabelos castanhos escuro que estavam amarrados em um rabo de cavalo, em sua cabeça tinha um boné com o nome da lanchonete e ela usava o uniforme igual do moço que chamou ela, mas o que mais me chamou atenção nela foi seu sorriso, ela tinha covinhas fofas.
Sai do meu transe sendo chamado por meu pai, ele estava com cara de choro, não perguntei o por que, nem escutei a conversa... Nem a voz dela...quem é ela?.
_ Vamos?_ meu pai me chamou e antes que eu subisse em minha moto olhei novamente na direção da garota, ela estava rindo com o cara que veio chamar ela antes, me senti enciumado, não sei por que.
_ Pai vocês conhecem ela de onde?
_ Ela é sobrinha do Adão_ meu pai fez uma cara triste e logo deu partida na moto, tinha alguma coisa aí com esse tal de Adão, será que ele morreu?, todos estavam chorando e o assunto parecia ser sobre ele.
~Quebra de tempo~
_ Finalmente em casa_ vovó disse tirando os sapatos e entrando em um dos trailers.
Todos fizeram o mesmo, menos eu, eu não estava afim de dormir.
Peguei um baseado na bolsa e comecei andar pelo lugar, era um lugar estranho, estava escuro, todos os trailers estavam organizados como casas, tinham várias árvores em volta de todo o lugar, e parecia fazer mais frio aqui do que no resto da cidade, era um lugar bizarro.
Encontrei uma pedra perto de um dos últimos trailers, ele parecia estar vazio, então não me importei de talvez incomodar um vizinho.
Me sentei na pedra e comecei a fumar meu baseado, apenas aproveitando a brisa, de todas as formas, ri do meu próprio pensamento e de pois me arrependi de ter rido dele, ainda em pensamento, o que resultou em me fazer ficar com vergonha dos meus próprios pensamentos, ninguém viu o que eu pensei, mas eu fiquei com vergonha de rir do meu próprio pensamento.
Eu estava nesse dilema todo até que escuto o barulho de uma moto, mas que caralho achei que ninguém morava aqui nos últimos trailers. Em reflexo me escondi atrás da pedra, não sei por que fiz isso, não estava fazendo nada de tão errado assim.
_ Ah, que bom!!
Alguém deu um grito, me levantei um pouco para ver quem era e, era a garota de mais cedo, o que ela faz aqui? Ela mora aqui?.
_ Que bom que eu guardei meus sapatos pra dentro_ a garota disse.
Ela é louca? Está falando sozinha do nada, ou eu estou tão chapado que estou imaginando ela falando, será que ela tá aqui mesmo? Que droga tô bem não!. Me dei um tapa na cara, o que resultou em um barulho.
_ Que isso?_ Yume perguntou e pude perceber que sua voz estava mais próxima.
Droga, droga, e agora?
_ Que isso?_ ela perguntou aparecendo atrás de mim, com as mãos na cintura, ela tinha um olhar assustador.
_ Então é você o ladrão de sapatos?_ ela perguntou se abaixando.
_ Eu? Eu não!
_ Sim, você sim_ ela apontou pra mim.
_ Mandaram no grupo do bairro, que um homem alto dos cabelos compridos estava rondando essas áreas, roubando sapatos, e você está coincidentemente aqui, escondido, perto de onde o viram da última vez, então só pode ser você_ ela segurou meu colarinho.
_ Eu juro que não roubo sapatos.
_ É, fala isso pra polícia então, dessa vez você não escapa espertinho_ ela me levantou a força.
_ Pera, pera, espera caralho, eu não roubei nada não, eu juro.
Ela me puxou até sua casa me tacando no sofá com toda brutalidade possível. Eu não sei por que não me debati antes, acho que perdi minhas forças, o baseado acabou comigo.
_ Se você tentar fugir eu te mato, seu ladrão de merda_ ela pegou um bastão que estava atrás da porta.
_ Eu não vou fazer nenhum movimento, juro_ levantei meus braços em rendimento.
_ Acho bom_ ela apontou o bastão pra mim.
Eu sei que não era momento para pensar nisso, mas ela também fica linda com cara de brava.