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Boa leitura <3

(...)



O receio de ficar sozinho com Khaotung pareceu tornar-se maior do que o desejo que sentia por ele. First sabia que era incapaz de fazer seu corpo não reacionar caso o rapaz o tocasse minimamente.

Não era saudável, ele tinha completa noção disso. Havia se tornado uma maldita obsessão sem sentido, que ele sequer sabia o porquê havia começado.

Talvez a tatuagem tenha o chamado atenção demais, ou quem sabe a voz quase sempre manhosa.

Algo em Khaotung parecia único o suficiente para First não ser capaz de esquece-lo.

Certo. Ele já havia entendido que não conseguiria tirá-lo da cabeça, era claro, afinal, passou grande parte de seu dia tentando ignorar que ainda estava completamente sedento por ele.

Ignorou também as repetidas mensagens da mulher. Ele não queria lidar com o fato de que transar com ela não retirou nem por um segundo o surfista de sua mente. Era injusto e ele sentia-se sujo por tê-la usado, culpava seu desespero, ainda que soubesse que isso não era de forma alguma uma desculpa adequada.

Ele não queria ser esse tipo de cara. Não mais. Transar por transar não parecia mais tão bom quanto lembrava-se e não valia a pena o trabalho desgastante para não parecer um desesperado cheio de tesão, sendo que era exatamente isso que ele era.

Estava quase convicto de que passaria o resto de sua vida em uma seca tortuosa e humilhante. Ao menos até encontrar alguém que pudesse transar por mais do que só aliviar a excitação. E pensar sobre isso, no final, sempre levava-o à Khaotung, mesmo que ele tentasse evitar.

Estar indo até a casa dele apenas fritava mais seu cérebro que travava uma batalha absurda entre "deseja-lo" e "ignora-lo". Era óbvio que aquilo estava deixando-o quase maluco, e o fato de ele tê-lo ligado repentinamente para reforçar o convite de ida até lá apenas deixava tudo mais difícil.

Lembrava-se das palavras dele direcionadas à Sah, e isso quase sempre fazia-o arrepiar-se.

Ele queria realmente ser "pai" de Sah e Haru? Ele estava falando sério ou era uma brincadeira?

E porquê aquilo importava tanto? Ele poderia simplesmente ignorar a fala, mas não conseguia removê-la de sua mente.

Gostaria de fingir que ele nunca havia cruzado seu caminho, era exatamente por isso que a parte racional de si implorava, mas First não conseguiria afastar-se sabendo do apreço que seus filhos tinham por ele.

A culpa era inteiramente sua por estar divagando sobre algo que existia apenas em sua mente, Khaotung e as crianças não tinham nada a ver com sua perturbação.

Mas definitivamente o rapaz não facilitava, de forma alguma, o sumisso de seus pensamentos.

Vê-lo abrir o portão vestindo apenas uma bermuda curta o suficiente para exibir a tatuagem na coxa fez First travar por alguns segundos.

Aquilo só poderia ter sido de propósito. Não que fosse incomum o surfista estar sempre meio nu, mas agora parecia mais do que só um tronco livre.

Khaotung estava o enlouquecendo e talvez soubesse disso. Caso contrário não olharia para si de maneira tão diferente do costumeiro.

Os olhos pequenos e cerrados o encaravam  como se soubesse exatamente o que ele pensava, e isso fez seu coração acelerar-se e um pequeno desespero invadir seu corpo.

Can I be your father too?Onde histórias criam vida. Descubra agora