Família

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Oie :)

Demorei mas voltei, não vou abandonar essa fic, juro kkkkk 🤞🏻

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

(...)

Deitado sobre o peitoral magro e frio, Khaotung sentia seus olhos reluzirem. Talvez das lágrimas que antecediam o momento. Ou quem sabe de admiração por aquele que agora fitava.

Era confortável. Aconchegante. Estar entre os braços daquele que estava apaixonado fazia-o sentir-se completo, como se não tivesse passado por coisas terríveis.

O cheiro de colônia barata e suor se envolviam em meio aos corpos colados que se enrolavam aos lençóis. Um sorriso pequeno estendeu-se em seus lábios, que no próximo segundo tocaram delicadamente a pele úmida e corada do torso de First.

Talvez aquele fosse o melhor momento de sua vida. Quem sabe aquela fosse a melhor visão que seus olhos admirariam pelo resto de sua existência.

First com os cabelos caídos sobre o rosto ruborizado, as bochechas quentes e os lábios carregando o sorriso mais belo do mundo, tendo toda a atenção depositada sobre si. Era notável o brilho dos olhos grandes e escuros que o encaravam com uma paixão latejante.

A mesma paixão que agora fazia seu coração disparar dentro do peito.

- Bom dia - Khaotung sussurrou, num breve sorriso que antecedeu um selar delicado.

- Bom dia, meu amor - foi respondido, fazendo o hálito fresco invadir seu espaço - Como está se sentindo hoje, muito enjoo ainda? - o que o acomodava interrogou, deixando-o confuso, sem entender.

Enjoo? Quando ele havia estado enjoado?

Ele não lembrava-se de enjoos o acometerem anteriormente. Na realidade, sequer conseguia se lembrar onde estava antes de estar ali.

Seus labios se separaram na intenção de questionar, mas de sua garganta nada saiu quando sentiu a mão fria de First tocar sua barriga e a acariciar, como se houvesse algo importante ali.

E óbvio. Ele olhou de imediato.

Aquilo era.. uma barriga de grávida? E.. peitos? Peitos femininos?

Em desespero ele voltou a observar First que ainda olhava-o com um sorriso. Mas agora, havia algo estranho. First não parecia mais o mesmo que ele havia visto há poucos segundos.

- Você está bem querida? Como está nosso bebê? - a voz ecoou, fazendo o tão falado enjoo tornar-se presente.

Ele levantou-se rapidamente, sentindo o vomito entalado em sua garganta. A confusão nítida em sua cabeça fazia seu coração bater descompassadamente dentro de seu peito, causando suor excessivo junto à náuseas que o fizeram fechar os olhos.

E quando os abriu, uma luz diferente junto à uma dor dilacerante fizeram-se presentes. Haviam médicos em sua volta enquanto sua barriga era pressionada com força por sua própria mãe.

Ele gritava em desespero, tentava sair daquele local, mas era em vão. Suas mãos presas o impediam de se mover, e sua voz sumiu, dando lugar à afirmações severas vindas da mulher.

- Espero que meu neto não seja um viado igual a você - ela repetia, assustadoramente alto misturando-se com a voz de First que dizia-o para ser forte porquê faltava pouco para aquele inferno acabar.

Mas, diferente do que Khaotung achava, ele sequer era ele mesmo. Porquê o nome que saia da boca de First não era o dele.

"Aguente firme Ploy, falta pouco, meu amor"

Can I be your father too?Onde histórias criam vida. Descubra agora