Nós não somos iguais

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Oie :)

Desculpa a demora pra postar essa, com dificuldade pra desenvolver pq sinto que fica vago ????? loucuras da minha cabeça kkkk

CAP grande pra compensar a demora :) Espero que gostem <3

Votem e comentem 🤩

Boa leitura <3

E me perdoem se ficou confuso ou cansativo, não tenho costume de escrever capítulos tão longos 😩

(...)



First sentia seu coração bater forte dentro do peito. O estômago embrulhou-se e seus olhos rapidamente desviaram-se para Sah.

Como sua filha sentia-se agora estando diante da mulher que deveria ama-la incondicionalmente? Como poderia encarar a situação sem parecer rude na frente de seus filhos?

Se ele já sentia-se confuso em reencontra-la, imaginava o quão difícil estava sendo para sua filha ter que estar cara à cara com sua genitora.

Ele não sabia dizer o que era pior. Reencontrar sua ex mulher, ver sua filha com os olhos brilhando ao revê-la ou descobrir que o rapaz que tanto havia gostado um dia fôra seu cunhado.

Ele não queria acreditar que suspeitava estar interessado no irmão de sua ex mulher. Já era estranho estar criando cenários com um homem sendo que há anos não sentia-se assim, e descobrir que um dia ele fôra parte de sua família tornou tudo ainda mais bizarro.

Se ele tinha alguma esperança de que poderia livrar-se de suas amarras heteronormativas, elas deixaram de existir no segundo em que descobriu que o rapaz era verdadeiramente tio de seus próprios filhos.

Não era por ele ser um homem que dividia o mesmo sangue que seus filhos, mas sim por ele ser da mesma família de Phailin. Não sentia-se confortável o suficiente para confiar em alguém da mesma linhagem.

Era desesperador estar diante de sua ex mulher, e, por alguns segundos First desejou ser um adolescente para que pudesse sair correndo da situação sem parecer completamente maluco.

Sua vontade era realmente essa. Evaporar, sumir, fugir.

Ele não queria ficar envolto em um clima bizarramente tenso e desconfortável.

Ver sua filha chamá-la de "mamãe" apenas piorou o que já parecia ser péssimo o suficiente. Não queria ver Sah ser rejeitada pela segunda vez, não queria que sua filha chorasse e se culpasse por ter uma mãe terrível.

Encarou a mulher tentando não demonstrar o abalo que agora sentia. Ao menos não eram sentimentos amorosos e sim uma raiva descomunal. Odiar ela certamente era melhor do que ainda sentir afeto após tudo.

Ele não gostava de odiar ninguém, isso não fazia jus ao que queria mostrar aos seus filhos, mas não conseguia sentir nada além disso pela mulher que um dia "amou".

Ele sabia que jamais seria capaz de perdoá-la. Não por ela tê-lo deixado. Não por ela ter acabado um relacionamento de anos e ter jogado tudo fora.

Mas sim porquê ela havia ferido o seu bem mais precioso. Ela havia deixado um buraco no coração de Sah, havia deixado-a sozinha no momento que ela mais precisava.

Havia deixado-a confusa, questionando-se sobre o que havia feito para que sua mãe não à amasse mais. E talvez soasse imbecil, mas First não deixaria a mulher retornar para a vida de sua filha.

Can I be your father too?Onde histórias criam vida. Descubra agora