01| aquele sinal verde, eu o quero.

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"Faço minha maquiagem no carro de outra pessoa, nós pedimos bebidas diferentes nos mesmos bares

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"Faço minha maquiagem no carro de outra pessoa, nós pedimos bebidas diferentes nos mesmos bares. Sei sobre o que você fez e quero gritar a verdade, a sua garota, ela acha que você ama a praia, mas você é um maldito mentiroso."

Verona Klausen só tinha um vestido rosa.

Não foi tão caro, ao menos ela gostava de pensar assim, havia ganhado no seu aniversário de vinte e sete anos, Max o comprou em alguma loja daquelas de luxo e ela não soube dizer não para o presente. Como publicitária, ela não precisava viajar para todas as etapas da Fórmula 1, mas como torcedora da Red Bull Racing, ela aproveitava um pouco demais os privilégios que seu trabalho oferecia, claro que ser amiga do tricampeão mundial ajudava um pouco. Naquele momento, estava se maquiando no banco traseiro do carro dele.

Checo havia vencido em Mônaco e, obviamente, daria uma festa para comemorar tal conquista. Carlos Sainz e Max Verstappen estavam no pódio respectivamente, de início não concordaram com o pensamento do mexicano, mas não tardaram a mudar de ideia. Verona estava um pouco atrasada, fora convidada pelo holandês minutos antes de sair do hotel e isso a deixou levemente irritada, odiava se atrasar.

Mônaco não era exatamente seu ponto de conforto, esteve na cidade apenas outras duas vezes, ambas para assistir o Grande Prêmio de Monte Carlo, vencidos pela Red Bull Racing. Há quatro anos a jovem residia em Londres e foi transferida da sede austríaca para o ramo automobilístico. Embora ainda não fosse a líder do departamento nem tivesse o cargo mais alto, seu sonho era trabalhar no mesmo lugar em que Sebastian Vettel trabalhou — seu ídolo.

Não demorou para que se aproximasse de Max Verstappen, eles combinavam, suas personalidades eram deveras parecidas e por mais que negassem às vezes, eram parecidos em tantos ramos que não poderiam nomear. Por isso, estava sentada no carro dele, cantarolando suas músicas e rindo de suas piadas divertidinhas. Max estava apreensivo, era a primeira vez que Carlos Sainz e Verona Klausen compartilhavam a mesma festa depois de todo o caos do rompimento.

Não foi exatamente um rompimento, eles não chegaram a ter uma relação, mas era assim que o piloto gostava de nomear. Os dois se conheceram na casa de Max, desde o instante em que colocaram os olhos um no outro, não souberam como tirar e isso foi um problema dos grandes. Passaram as três semanas do summer break na Itália, não chegaram a contar isso para ninguém, mas fotos foram vazadas de uma maneira impossível de evitar.

Todavia, da mesma maneira que começou tudo rapidamente, terminou no mesmo estilo. Carlos havia partido o coração dela em milhares de pedacinhos ao aparecer no Grande Prêmio de São Paulo com uma brasileira a tiracolo. Verona chorou por uma semana, estava apaixonada e não sabia o que fazer com toda aquela situação, nem com os sentimentos em seu peito. Isso tudo aconteceu há dois anos, desde então, falar sobre o espanhol perto dela era garantia de receber uma cara fechada.

Verona não suportava a ideia de ouvir falar sobre Carlos, por isso, Max mentiu sobre a ida dele à festa. Disse a ela que não tinha certeza sobre a ida do espanhol, ele tinha certeza, mas queria aproveitar seu pódio com a amiga do lado e isso necessitava de uma mentira, mesmo que pequena. Ela guardou o batom na bolsa e a fechou, olhou uma última vez para o espelho e sorriu, estava se sentindo bonita e isso era tudo o que precisava para conseguir aproveitar sua noite.

Melodrama| Carlos Sainz.Onde histórias criam vida. Descubra agora