04| sua amada paixão psicopata.

393 42 32
                                    

"Bem, o verão nos escorregou para baixo da língua, nossos dias e noites são perfumados com obsessão

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Bem, o verão nos escorregou para baixo da língua, nossos dias e noites são perfumados com obsessão. Metade do meu guarda-roupa está no chão do seu quarto, use nossos olhos, jogue nossas mãos ao mar. Sou sua amada paixão psicopata, bebo seus movimentos, mas ainda assim não me canso. Penso demais no seu uso de pontuação, não é minha culpa, é apenas uma coisa que minha mente faz. Uma adrenalina no começo, sou pega por um minuto, meu amor, você é o único culpado pelo que está fazendo."

Os problemas começaram no último mês.

Verona e Carlos eram diferentes em diversos aspectos, sabiam disso e durante muito tempo foi fácil relevar e seguir em frente. As brigas eram por motivos distintos, quase todas elas terminaram em sexo, mas algumas não continuaram dessa maneira. Verona estava um tanto irritada no último mês, seu trabalho começou a exigir muito mais de si desde a promoção de cargo, no início, eles ficaram felizes com a novidade, contudo, esse estado não durou muito tempo. A pressão do trabalho aumentou e, com isso, as discussões também.

Tudo a irritava, desde uma pequena bagunça em sua casa até chegar nos pequenos atrasos do namorado. Verô ficou extremamente aliviada quando Carlos decidiu ficar uma semana fora de casa e viajou para a Arábia Saudita acompanhar o pai na prova de rally mais longa do mundo, a Dakar. Essa semana foi boa para que refletissem sobre suas diferenças, a cada novo dia eles sentiam ainda mais falta um do outro, Klausen percebeu estar jogando sobre os ombros dele uma responsabilidade que não deveria, estava depositando toda a sua vida nele e isso não era justo.

Antes de se tornarem um casal, eles ainda eram pessoas singulares e isso não deveria mudar. Verona estava estressada por pequenos incidentes, como Carlos perder o cartão do quarto hotel, e todas às vezes que Carlos chegava atrasado para o jantar. Ela ficava irritada com as notícias de que ele estava saindo com outras mulheres, mesmo que fossem mentiras, e sentia-se incomodada por ainda não ter conhecido a família dele a fundo, tendo visto apenas uma vez. Pequenas coisas, mas que a atingiam de verdade.

Naquela tarde, estava brava por ele não tê-la ido buscar no trabalho, como havia prometido. Ligou para o moreno treze vezes, não foi atendida em nenhuma das chamadas, precisou chamar um carro de aplicativo e já imaginava o motivo pelo qual ele não foi buscá-la, Real Madrid estava jogando pela Champions League. Estava furiosa, além de ter sido esquecida, ainda havia pego chuva saindo da fábrica, seu cabelo e suas roupas estavam molhados, deu sorte de proteger sua bolsa com o notebook e documentos que carregava.

Quando chegou em casa e entrou na sala, percebeu a mesa de centro com garrafas de cerveja, o namorado sentado no sofá, a camisa do Real Madrid no peito e um sorriso de quem havia acabado de vencer um campeonato. No entanto, era apenas um jogo do mata-mata. Nunca se sentiu tão decepcionada com alguém na vida, nem mesmo o primeiro término foi tão exaustivo, estava cansada desse tipo de vacilo, Carlos percebeu o erro no mesmo momento que viu o olhar furioso dela.

Melodrama| Carlos Sainz.Onde histórias criam vida. Descubra agora