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Illinois, Chicago.

Enquanto Violet descansava, aproveitei para tomar um banho gelado e organizar as roupas que estavam espalhadas pela casa. Deixei as dela cuidadosamente dobradas próximo à cama, ao lado de uma pílula do dia seguinte.

Ela compreende a necessidade de tomar a pílula; não é tola. Eu simplesmente não quero assumir a responsabilidade por mais uma vida desperdiçada por minha causa.

Novamente.

Com cuidado, sentei-me na ponta da cama, peguei meu celular e encarei a mensagem de Madeline.

Madeline: Uma pergunta, se ela não tivesse optado pelo aborto, você se sentiria culpado pela vida dela estar comprometida com a responsabilidade de uma criança?

Cá estávamos nós novamente, na mesma conversa que tivemos há alguns anos, ou sempre que Lien joga isso na minha cara.

Zayn: Eu não quero ser pai. Não quero ter a responsabilidade de ter um filho, não mesmo. Prefiro morrer sem deixar herdeiros ou coisa parecida, assim como falei quando ela abortou. Mas se ela não tivesse feito isso, se não tivesse escolhido a pior forma, eu teria sido um amigo para ela e um pai para o bebê. Teria cuidado dele ou dela e teria tido a responsabilidade que meu pai teve comigo e com meu irmão, mesmo odiando a ideia de ter um filho, mesmo odiando a ideia de ter alguém me chamando de pai.

Madeline: Lembro que você disse que poderia até melhorar sua vida... mudou de ideia?

Poderia? Eu não sei. Eu já estou enterrado em uma merda do caralho.

Zayn: Não. Uma criança pode melhorar a vida de alguém, mas a minha é meio impossível. Eu não queria e não quero um filho. Como eu disse, prefiro morrer sozinho do que deixar herdeiros.

Madeline: É por isso que somos parecidos, você e eu. Não queremos filhos, não queremos nos casar e nos prender a alguém. Por isso que eu amo você. Mas manda a real para essa mulher que diz que você foi o culpado.

Maldito Desejo | + 18 Onde histórias criam vida. Descubra agora