Eu soube no momento em que o beijei pela primeira vez que ele me condenaria, que eu me arrastaria através de vidros quebrados por ele. Eu só não tinha certeza se ele ficaria o tempo suficiente para retirar os pedaços entalhados.
Nunca imaginei que...
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A postura de Riddle estava rígida e tensa quando ele destrancou a porta e seu aperto em sua varinha aumentou quando ele a abriu. Fiquei alguns metros atrás dele, espiando por cima de seu ombro com minha adaga ainda na mão.
Para minha surpresa e consternação, a pessoa que estava ali era... Larissa. Ela olhou para o bruxo na minha frente com uma expressão satisfeita antes de perceber que eu estava atrás dele, e seus olhos brilharam para minhas pernas nuas. Eu não tinha dúvidas de que essa situação parecia sugestiva, mas não consegui me incomodar porque a expressão de Larissa ficou tão azeda que fiquei surpresa por ela não ter gritado de frustração.
"O que você quer?", Riddle perguntou com uma expressão confusa, e a expressão da garota caiu com a falta de calor em seu tom.
Ela limpou a garganta antes de responder. "Eu só queria informar que o jantar está sendo servido."
"Ótimo. Estaremos lá em breve", ele disse secamente e fechou a porta sem esperar por uma resposta. Tentei abafar minha risada quando ele se virou para olhar para mim com um olhar exasperado. Ele ficou lá por um momento, me dando uma olhada antes de suspirar e caminhar em direção à sua nova poltrona favorita e se sentar. "Vista-se, Laurent", ele ordenou antes de pegar seu livro e continuar de onde parou, fingindo como se nada tivesse acontecido.
"Você é um vovô", eu bufei, mas ainda assim fui até o quarto e fechei a porta.
Abrindo meu malão, tirei um vestido casual azul meia-noite. Descartei a toalha e rapidamente sequei meu cabelo antes de puxar o vestido macio pela cabeça. Eu adorava a sensação do tecido sedoso contra minha pele. Ajustando a parte inferior do vestido, comecei a amarrar os cordões nas costas e xinguei interiormente quando percebi que minhas mãos não conseguiam chegar mais alto.
"Por que você está demorando tanto?", uma voz irritada falou de repente e eu gritei de surpresa. Voldy de alguma forma conseguiu entrar na sala sem que eu percebesse ou ouvisse. Cerrei os dentes de aborrecimento e não respondi; em vez disso, continuei a lutar com os cordões da parte de trás do meu vestido.
Eu estava prestes a engolir meu orgulho e pedir-lhe que me ajudasse quando senti dedos frios afastando minhas mãos. Ele pegou as cordas e começou a amarrá-las. Ele não apertou tanto quanto deveria, porém, não me importei, pois tornava muito mais fácil respirar e comer quando estava mais solto. Enquanto seus dedos trabalhavam, era difícil não me concentrar na maneira como sua respiração soprava em meu pescoço, no cheiro viciante de tabaco misturado com baunilha de repente me envolveu.
Algo vertiginoso estava mudando entre nós e eu não tinha certeza se isso era bom.
Engoli o nó na garganta quando ele anunciou que havia terminado e me virei. Ele estava enraizado para o seu lugar, e desta vez a proximidade não foi inesperada. Seus olhos estavam fixos nos meus e eu separei meus lábios para falar, mas nada saiu da minha boca porque tudo que eu conseguia focar era no jeito que ele olhou para mim como se fosse a primeira vez que ele realmente me viu. E então, de repente, como se tivesse sido atingido por um invisível força, ele cerrou a mandíbula e se afastou, quebrando o momento frágil. Ele não olhou para trás enquanto virou-se e saiu da sala e levei um momento antes de segui-lo.
