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C A P Í T U L O  T R I N T A  E  Q U A T R O

C A P Í T U L O  T R I N T A  E  Q U A T R O

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Quando senti minha consciência retornar, abri meus olhos vagamente, piscando para afastar as manchas escuras que ameaçavam turvar minha visão. Senti uma dor surda na nuca e percebi que de alguma forma havia desmaiado antes. A primeira coisa que pude registrar foi a cama espaçosa onde eu estava deitada, e ela era tão macia debaixo de mim que quase me aninhei nela. Mas meu cérebro pareceu se recuperar lentamente e, com um sobressalto, percebi que estava em uma sala desconhecida, com apenas algumas velas tremeluzindo para iluminar o espaço pintado de esmeralda. Foi só então que me lembrei do que havia acontecido.

Meus olhos viajaram para a direita e fiquei surpresa ao ver Tom sentado em uma cadeira ao lado da minha cama, um dedo acariciando languidamente seu lábio inferior. Seu olhar inabalável estava voltado para mim, como se tivesse medo de que se ele deixasse seus olhos se desviarem, eu escorregaria de volta para os braços escuros da inconsciência.

"Onde estamos?", minha voz rouca quebrou o silêncio entre nós, o crepitar distante da lareira preenchendo o silêncio da sala.

O movimento do dedo contra o lábio parou com o som da minha voz. "Em algum lugar onde ninguém possa nos encontrar", ele garantiu, passando a mão pelos cabelos no que eu poderia supor ser exaustão.

Suas palavras, em vez de permitirem que meu corpo relaxasse de alívio, tomaram conta de mim como um balde cheio de gelo jogado sobre minha cabeça. Apesar do protesto dos meus músculos, endireitei-me alarmada. "Merda. Aevuma. Ela vai me encontrar. Ela vem me ver todos os dias no meu quarto, e quando ela ver que eu fui embora...", eu parei, sem precisar terminar a frase. Estava claro que ela iria me caçar até o fim do universo para ter certeza de que eu estava acertando as coisas. E que eu estava seguro.

Tom praguejou baixinho. "Quanto tempo você tem até que ela venha te procurar?"

"Dois, talvez três dias no máximo. Seus poderes estão diminuindo, mas agora com minha magia, ela poderia reunir força suficiente para me aceitar de volta."

"O que diabos você quer dizer com sua magia?"

O tom exigente em sua pergunta me fez hesitar, mordendo meu lábio inferior enquanto minha mente travava um debate sobre se eu poderia contar a ele ou não. No final, decidi que não me importava mais o suficiente para guardar segredos. "O que aconteceu entre nós na câmara secreta da Sonserina... Desviou a linha do tempo. Agora, em vez de um fluxo singular, existem múltiplas realidades que destroem a ordem do universo."

"E?", ele sibilou, gesticulando para que eu explicasse.

"Aevuma, quem você conheceu é quem controla a linha do tempo. Há também Verita que mantém a linha do tempo em uma realidade. Já que não restam mais Megistani, é somente com meu poder que elas podem restaurar o tempo fluxo."

THE DEVIL IN DISGUISE | T.M.R. - PortuguêsOnde histórias criam vida. Descubra agora