Eu soube no momento em que o beijei pela primeira vez que ele me condenaria, que eu me arrastaria através de vidros quebrados por ele. Eu só não tinha certeza se ele ficaria o tempo suficiente para retirar os pedaços entalhados.
Nunca imaginei que...
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"Legilimens!"
"Vamos, moya dorogaya¹. Você é a guardiã da chama. Canalize-a de dentro de você, traga-a à superfície!"
Eu estava numa varanda com vista para uma floresta em algum lugar da Rússia. Minha atenção estava focada na floresta abaixo de mim, e me senti me esforçando para trazer meu poder à superfície.
Logo percebi que essa era a minha lembrança quando mostrei minhas habilidades pela primeira vez para o homem localizado atrás de mim, suas unhas cravando dolorosamente em meu ombro enquanto ele continuava me encorajando a trabalhar.
Ele se abaixou lentamente, seu hálito desagradável soprando em minha orelha. "Você é uma descendente de Merlin, pelo amor de Deus! Aja como tal! Mostre-me do que você é capaz", ele sibilou, e eu tive que sufocar as lágrimas por causa do quão doloroso seu aperto estava se tornando. "Eu olho para você e só vejo uma menininha patética que não merece o presente que lhe foi concedido. Você é indigna!" Estremeci quando ele me empurrou para frente, em direção à beira da varanda. A essa altura, meu sangue fervia de raiva e suas palavras foram suficientes para me provocar.
Eu me virei e olhei fixamente para o homem que estava me torturando mentalmente durante todos aqueles anos. Senti o ódio, a fúria que gradualmente subia pelo meu corpo enquanto eu lembrava de todos os motivos pelos quais o odiava, por que odiava a pessoa que roubou minha infância de mim.
Fechei os olhos, muito sobrecarregada com todas as emoções. E quando os abri novamente o homem estava sorrindo. Seus olhos brilhavam enquanto ele ria loucamente, mas percebi que ele nem estava olhando para mim. Ele estava olhando para algo atrás de mim alegremente, fazendo-me virar lentamente.
A visão diante de mim era assustadora, mas gratificante ao mesmo tempo. Porque eu tinha colocado toda a floresta em fogo.
A memória começou a mudar e a desaparecer fora de foco. Senti Riddle vasculhar minha cabeça, tentando encontrar algo específico que ele estava procurando e com todas as minhas forças, tentei afastá-lo da minha mente. Mas não importa quantas vezes eu tentei reconstruir meus muros, ele continuou derrubando-os. Minhas defesas enfraqueceram de alguma forma. Mas eu sabia que não poderia desistir. Eu não poderia deixar Riddle ver o futuro Dumbledore ou qualquer coisa que se referisse a ele e à missão.
Meu corpo estava ficando exausto com toda a energia que eu estava exercendo tentando proteger minha mente, fazendo-me perceber que seria impossível lutar contra Riddle.
Tudo bem. Se eu não conseguisse dominá-lo mentalmente, ainda poderia causar danos ao seu eu físico.
Eu coloquei fogo em meu entorno.
E assim, ele foi banido da minha cabeça.
Eu engasguei quando abri os olhos, ofegando pesadamente enquanto me sentava no chão. Eu olhei para cima e vi Riddle caído contra uma árvore, lançando Aquamenti repetidamente. Minha explosão de energia deve tê-lo jogado contra a árvore já que havia sangue escorrendo pelo lado de seu rosto.
