Eu soube no momento em que o beijei pela primeira vez que ele me condenaria, que eu me arrastaria através de vidros quebrados por ele. Eu só não tinha certeza se ele ficaria o tempo suficiente para retirar os pedaços entalhados.
Nunca imaginei que...
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A lealdade era uma coisa inconstante. Poderia ser conquistado através de múltiplas condições e circunstâncias, mas era devastadoramente fácil de perder. Alguns consideraram que isso veio na forma de amizade, amor ou confiança ou... Eu poderia continuar por toda a eternidade.
No entanto, minha lealdade veio na forma de interesse próprio. Bem, quem eu estava enganando? Essa foi apenas a minha maneira elegante de dizer que era egoísta.
Talvez um dia eu me arrependesse, mas provavelmente não, já que o arrependimento era um sentimento que só recentemente conheci.
E eu sabia que essas minhas reflexões internas existiam apenas para que eu pudesse justificar minhas ações egoístas.
'Ela entenderia meu raciocínio', repetia para mim mesma enquanto colocava o bilhete com a caligrafia transfigurada entre as páginas do livro de Walburga. Foi cruel da minha parte despertar falsas esperanças na garota com o pequeno pedaço de pergaminho que ela encontraria em breve. E foi especialmente cruel da minha parte prepará-la para o constrangimento e o desgosto que inevitavelmente se seguiriam depois que ela lesse e agisse de acordo.
Coloquei o livro de volta na bolsa dela com cuidado antes de sair do dormitório sem deixar rastros. Fui em direção ao Salão Principal para colocar comida em meu sistema. E para ver se meu plano estava funcionando como deveria.
Ouvi o eco de sapatos batendo no chão antes de sentir uma nova presença ao meu lado. "Bom dia, Av!", sua voz estava tão animada como sempre quando ela entrelaçou seu braço com o meu. Visha estava brilhando de excitação, seus olhos brilhando de travessura enquanto ela olhava para o corredor à nossa frente.
"Bom dia, V", cumprimentei-a com menos entusiasmo, pois não consegui igualar o nível de sua emoção. Isso não passou despercebido pela garota e pude vê-la franzir um pouco a testa pelo canto do olho.
"Se isso é sobre Black, eu lhe garanto, você não deveria se sentir tão mal por isso. Ela é uma pessoa horrível", ela tentou raciocinar. "Você sabe até que ponto ela chega para intimidar jovens nascidos trouxas?" Quando ela se deparou com o silêncio, ela suspirou exasperada. "Você sabia que há uma segundanista da Corvinal que constantemente se tranca no banheiro feminino porque tem medo do que sua querida amiga Walburga Black e Olive Hornby podem fazer com ela? Eu sempre a encontro chorando no box durante minhas patrulhas de monitor. E ela é apenas uma das muitas vítimas."
Fechei os olhos em frustração. Eu não queria ouvir mais nada disso. "Olha, Visha. Agradeço por você tentar me fazer sentir melhor sobre isso, mas Wal e eu somos amigas. Ela tem sido uma boa amiga para mim desde que cheguei aqui."
Senti a bruxa desembaraçar nossos braços. "E daí? Você sabe que ela só é boa para você por causa de sua linhagem poderosa? Você é descendente de Merlin, é claro, ela fez amizade com você! Sem falar que ela tem notado a atenção que Riddle continua lhe dando continuamente, sem que você peça. Ela vem perseguindo-o há anos, e ele nem sequer olhou duas vezes em sua direção." Ela parou em seus passos respirar fundo e sua voz vacilou enquanto ela falava mais uma vez. "Você realmente se importa com esse tipo de pessoa?", seu tom acusador me atingiu e eu tive que parar também para poder olhar para ela.
